Saúde mental no trabalho e finanças pessoais: lições do Setembro Amarelo
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Ansiedade, dívidas e pressão profissional andam de mãos dadas e revelam a urgência de cuidados integrados com a saúde mental e financeira dos trabalhadores
O mês de setembro é um momento de reflexão sobre saúde mental. A campanha “Setembro Amarelo”, criada em 2025, visa ampliar o diálogo sobre cuidado emocional, prevenção de morte autoinfligida e qualidade de vida. Hoje, além do cuidado emocional, o período também abre espaço para empresas e profissionais refletirem sobre o impacto do bem-estar financeiro e do equilíbrio no trabalho na saúde mental.
Segundo levantamento da CNDL/SPC Brasil, 80% dos endividados em atraso relatam impacto na saúde física ou mental por causa das dívidas. O seguro de vida funciona como uma rede de proteção, ajudando no planejamento financeiro e trazendo paz de espírito tanto para o segurado quanto para a família em momentos de incertezas. Para Rafael Cló, CEO da Azos, insurtech especializada em seguro de vida, saúde mental e bem-estar financeiro caminham lado a lado. “O medo de não conseguir arcar com despesas em um momento de perda, doença grave ou invalidez pode ser um gatilho de estresse e ansiedade. Os seguros de vida entram justamente para aliviar esse peso, garantindo que as famílias possam atravessar os momentos difíceis com mais segurança e tranquilidade ”, conclui o executivo.
Para a psicologia, situação financeira e saúde mental muitas vezes andam lado a lado. O Dr. Guilherme explica: “A pressão financeira e a saúde mental são assuntos que estão intimamente relacionados no dia a dia das pessoas. A gente pode dizer que a pressão financeira é, inclusive, considerada um fator de risco para a saúde mental. Problemas com dinheiro, por exemplo, podem causar ou agravar transtornos, como ansiedade e depressão. Problemas de saúde mental também podem levar a decisões financeiras ruins. O estresse ligado às questões financeiras geralmente afeta o sono, o humor, a capacidade de concentração e de tomar decisões. É muito comum também que, por conta disso, a pessoa enfrente baixa autoestima, irritabilidade e até problemas de saúde física.”
Educação e o impacto da saúde emocional
Na educação, a saúde mental também desempenha um papel crucial. Um mapeamento desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo apontou que dois de cada três estudantes do 5º e 9º ano do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio da rede estadual relatam sintomas de depressão e ansiedade, acarretando em dificuldade de concentração, queda no desempenho escolar e risco elevado de evasão. Os professores e educadores, por sua vez, estão entre os profissionais mais vulneráveis ao estresse e à exaustão, especialmente diante da sobrecarga de trabalho e da pressão por resultados. No Brasil, mais de 21% dos professores avaliam sua saúde mental como ruim ou muito ruim. Os principais sintomas incluem ansiedade (60,1%), cansaço excessivo (48,1%) e problemas de sono (41,1%), além de desmotivação (55%) e sobrecarga de trabalho (49%).
Andrew Will, CEO da plataforma de ensino de idiomas Promova, afirma: “Saúde mental não é apenas lidar com crises, mas também criar as condições certas para que jovens e adultos aprendam, se reinventem e cresçam profissionalmente. Uma mente sobrecarregada enfrenta barreiras ao tentar absorver novos conhecimentos, tomar decisões e identificar oportunidades. Em um mercado em constante transformação, investir em saúde mental é investir em empregabilidade. Pessoas emocionalmente equilibradas têm mais capacidade de se adaptar, desenvolver novas habilidades e construir uma trajetória profissional mais sustentável.” Na Promova, a inclusão no aprendizado é extremamente importante. O CEO aponta: “inclusão no aprendizado também é sobre bem-estar mental. Nós desenvolvemos recursos como o Modo Dislexia e opções acessíveis para TDAH, como ruído branco para foco — porque Aprender exige tanto foco quanto motivação e, quando as pessoas sentem apoiadas, desbloqueiam não apenas habilidades linguísticas mas também uma maior confiança em seu futuro."
Crianças, adolescentes e o acolhimento escolar
Quando falamos em crianças e adolescentes, a saúde mental é determinante para o aprendizado. Claudia Peruccini, Gerente Pedagógica da rede de idiomas e escolas bilíngue Red Balloon, afirma que ansiedade e estresse podem comprometer a concentração, a autoestima e até a socialização, afetando diretamente o desenvolvimento escolar. De acordo com a executiva, “a escola precisa ser um espaço de acolhimento. Quando oferecemos um ambiente seguro e estimulante, ajudamos os alunos a se expressarem melhor, aprenderem com mais prazer e desenvolverem habilidades socioemocionais para a vida.” A CEO complementa: “educar é também apoiar o desenvolvimento integral. Ao cuidar da saúde mental de crianças e adolescentes, estamos ajudando a formar adultos mais confiantes, resilientes e preparados para os desafios do futuro.”
Nas escolas, é de extrema importância a criação e manutenção de um ecossistema saudável tanto para os alunos quanto para os professores. O Dr. Guilherme Cavalcanti, psicólogo parceiro da SegMedic, uma rede de clínicas ambulatoriais do Rio de Janeiro, relata: “É comum aparecer no consultório quadros de professores que, por conta do excesso de exposição a situações de estresse no trabalho, acabam adoecendo e precisando de licença médica. Os transtornos mentais mais comuns nesses casos são ansiedade, depressão e burnout. Vale dizer também que a pressão para cumprir metas, a exigência de desempenho para cuidar de turmas com alto número de alunos, a própria complexidade do trabalho, altas cargas horárias, pode afetar a motivação e a satisfação desses profissionais.”
O papel das empresas e organizações
Diante desse cenário, especialistas reforçam que o bem-estar emocional não pode ser analisado de forma isolada e o ambiente deve ser levado em consideração. Para Ricardo Queiroz, CEO da Flora Insights - plataforma digital especializada e pioneira no diagnóstico e gestão de riscos psicossociais ocupacionais -, saúde emocional e financeira também estão intimamente ligadas. “Um colaborador sob pressão financeira tende a apresentar maior desgaste emocional, enquanto o esgotamento psicológico pode levar a decisões financeiras prejudiciais. Quando as empresas compreendem essa integração e cuidam dessas duas dimensões de forma conjunta, conseguem prevenir riscos psicossociais, fortalecer o engajamento, reduzir a rotatividade e aumentar a produtividade. Esse olhar integral transforma o cuidado em uma estratégia real de competitividade e sustentabilidade organizacional, afirma.
O Dr. Guilherme também diz que um ambiente de trabalho que ajuda a promover a saúde mental dos colaboradores fornece, entre outras coisas, flexibilidade de horário, trabalho remoto, oportunidades de desenvolvimento, autonomia, boa comunicação, cultura que valorize a saúde mental, equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, apoio emocional, ou seja, oferece condições de trabalho adequadas e seguras. Por outro lado, ele também ressalta que o ambiente de trabalho contribui para o agravamento da saúde mental quando apresenta fatores de risco psicossociais. Os exemplos mais comuns são: sobrecarga de trabalho, pressão excessiva, assédio das mais variadas formas, má liderança, ambiente estressante e/ou tóxico, falta de apoio aos colaboradores, através de suporte e até mesmo reconhecimento.
Um olhar integral para a saúde
A relação entre saúde mental e as diferentes áreas da vida, como educação, carreira e finanças é cada vez mais evidente. Estresse, dívidas, sobrecarga de trabalho e falta de apoio no ambiente escolar ou corporativo não podem ser analisados isoladamente. O Setembro Amarelo reforça a urgência de abordagens integradas: criar ecossistemas que protejam a mente, ofereçam equilíbrio financeiro e promovam bem-estar contínuo. Mais do que um mês de conscientização, é um chamado para empresas, escolas e sociedade investirem em uma cultura de cuidado integral — condição essencial para o desenvolvimento humano, profissional e social.
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