Terapia com ChatGPT: riscos e limitações explicados
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Por Lívia Barreto, psicóloga e Head da Mental One
Com a popularização da inteligência artificial, ferramentas como o ChatGPT passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas. Elas ajudam a organizar tarefas, escrever textos, esclarecer dúvidas e até simular conversas. No entanto, uma tendência preocupante tem chamado a atenção de especialistas: algumas pessoas estão tentando substituir a terapia psicológica por interações com robôs de conversação.
É sobre esse tema que Lívia Barreto, psicóloga e Head da Mental One, traz uma reflexão importante, explicando os riscos dessa prática e a diferença entre o suporte oferecido pela tecnologia e o cuidado especializado de um profissional de saúde mental.
A diferença entre suporte e tratamento
Embora a IA possa oferecer informações, reflexões ou até um espaço momentâneo de desabafo, ela não substitui o trabalho de um psicólogo. A terapia é um processo clínico e relacional, que envolve escuta qualificada, diagnóstico, técnicas baseadas em evidências e acompanhamento contínuo.
Um modelo de linguagem como o ChatGPT não tem capacidade de avaliar contextos clínicos, interpretar sinais subjetivos ou oferecer intervenções terapêuticas adequadas. Ele pode até gerar respostas acolhedoras, mas não consegue substituir a profundidade, a ética e a responsabilidade de um profissional de saúde mental.
Além disso, é importante destacar que o ChatGPT foi programado para dar “respostas que queremos ouvir”. Isso significa que, muitas vezes, ele pode acabar validando comportamentos ou pensamentos que precisariam ser questionados e transformados. Na terapia, existe o que chamamos de confronto empático: o psicólogo aponta padrões disfuncionais e aspectos que precisam mudar, mas de forma acolhedora e respeitosa. A IA não tem essa capacidade — o que pode levar a uma perpetuação de comportamentos prejudiciais.
Outro ponto é que o chat não capta expressões faciais, não interpreta entrelinhas nem os sinais não verbais que os pacientes emitem durante a sessão — elementos fundamentais para o processo terapêutico.
Os riscos de trocar terapia por IA
Optar por conversar apenas com uma inteligência artificial em vez de buscar acompanhamento especializado pode trazer riscos sérios:
• Falsas percepções de cuidado: a pessoa pode acreditar que está em tratamento quando, na verdade, não está.
• Ausência de responsabilidade profissional: a IA não responde legalmente ou eticamente por conselhos dados.
• Risco em crises: em situações graves, como pensamentos suicidas, a ferramenta não pode intervir de forma adequada e segura.
• Superficialidade no acolhimento: falta de profundidade para lidar com traumas, padrões emocionais e histórias pessoais complexas.
O papel saudável da tecnologia
Isso não significa que ferramentas de IA não possam contribuir. Elas podem apoiar o processo terapêutico de forma complementar, ajudando no autoconhecimento, na organização de pensamentos ou no acesso a informações sobre saúde mental. O ponto central é compreender seus limites e não tratá-las como substitutos da psicoterapia.
O caminho seguro
A saúde mental é um tema sério, que exige cuidado profissional, ética e responsabilidade. A tecnologia pode ser uma aliada, mas nunca um substituto.
Na Mental One, acreditamos que terapia é um espaço humano, único e insubstituível. Usar inteligência artificial como ferramenta complementar pode fazer sentido, mas o acompanhamento terapêutico só pode ser conduzido por profissionais capacitados.
Lívia Barreto, psicóloga e head da Mental One,
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