Liderança visionária: como hospitais estão adotando a transformação digital
*por Simone Vicente, CEO da FIDI
Na saúde pública e hospitalar, os desafios enfrentados como estruturas complexas, orçamentos restritos, tecnologias emergentes e a pressão constante por eficiência e qualidade, rodeiam os líderes e as gestões. No entanto, diante desses desafios, também reside a maior oportunidade da nossa geração: ampliar os serviços de saúde com base na inteligência, nos dados e nas pessoas.
A transformação digital deixou de ser um conceito abstrato, mas sua implementação não pode ser apenas tecnológica, precisa ser estratégica, sustentável e humana. Não adianta implantar sistemas modernos se não houver clareza sobre seu propósito, capacitação das equipes e integração entre os elos de atendimento. A tecnologia, por si só, não resolve desigualdades, por isso, precisa ser guiada por valores como equidade, acesso e eficiência.
A digitalização na saúde começa pelas pessoas e pelos profissionais que operam as tecnologias, pelos gestores que tomam decisões difíceis, pelas lideranças que precisam inspirar confiança mesmo diante da incerteza. Ao criar ambientes onde o conhecimento circule, onde o erro seja aprendizado e onde o futuro seja construído com planejamento e inclusão, é o caminho para uma liderança visionária.
O papel do líder na transformação digital
Nesse contexto, o papel do líder e do gestor hospitalar precisa ser um agente de mudança, alguém capaz de enxergar além do dia a dia e de preparar sua instituição para um futuro em constante transformação. Isso exige quebrar paradigmas, manter escuta ativa e estabelecer uma liderança que inspire.
Na FIDI, seguimos plantando e colhendo frutos de uma liderança visionária por meio dos resultados expressivos que alcançamos. Realizamos 5 milhões de diagnósticos de imagem por ano, 14 mil laudos por dia e estamos presentes em mais de 90 unidades de saúde, que representam mais de 12% dos diagnósticos por imagem realizados pelo SUS.
A tão temida e aliada IA tem nos ajudado nas evoluções necessárias e conquistas para o paciente. Para terem ideia uma das IAs implantadas vem reduzindo em 90% o tempo de revelação de diagnóstico; o que nos leva a investir cada vez mais em tecnologia. Tudo isso reforça a inteligência institucional que aplicamos por meio de estratégias que visam melhorias na saúde.
A transformação digital é real quando está acompanhada de uma transformação cultural. Além do avanço tecnológico, a saúde precisa, acima de tudo, de liderança com propósito, e que este seja o nosso compromisso com o presente e com as próximas gerações.
*Simone Vicente, CEO da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI).
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