Crescimento do transporte aéreo de cargas movimenta mercado e destaca importância do seguro
A expansão do transporte aéreo de cargas tem movimentado de forma expressiva o mercado global. A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) projeta um crescimento de 6% no volume de carga aérea mundial até 2025. Esse avanço, além de impulsionar o comércio internacional, gera impactos diretos sobre o setor de seguros, que precisa se adaptar ao aumento da exposição a riscos relacionados ao transporte de bens de alto valor, perecíveis ou sensíveis.
Segundo Rogério Bruch, Diretor Comercial da Fetransporte Brasil, esse cenário demanda proteções mais específicas, além de processos mais ágeis e suporte técnico especializado. O especialista ressalta ainda que o crescimento do setor também reflete diretamente no potencial econômico do seguro de carga aérea. “Estima-se que este segmento no mercado global está avaliado em US$ 8,05 bilhões em 2025, representando cerca de 26,4% do mercado de seguro de carga”, afirma.
Atualmente, as coberturas mais comuns para esse tipo de transporte se dividem em duas categorias, que devem ser escolhidas conforme o perfil do segurado. Para o embarcador, a opção mais indicada é a cobertura All Risks, que abrange perdas parciais, incidentes durante as operações de carga e descarga, roubo, furto e acidentes com a aeronave. Já para o transportador, a cobertura adequada é a Responsabilidade Civil do Transportador Aéreo – Carga (RCTA-C), obrigatória para empresas autorizadas e que cobre colisões, incêndios e quedas ocorridas durante o transporte.
Apesar do crescimento observado no ramo, a regulação de sinistros ainda representa um grande desafio para o setor. Segundo Bruch, em 2023, as perdas seguradas cresceram cerca de 14%, impulsionadas por disrupções na cadeia logística e pelo alto valor das cargas transportadas. Grande parte dessas perdas está associada a cargas refrigeradas, especialmente por desvios térmicos durante longos períodos de espera em aeroportos. Esse tipo de ocorrência foi responsável por 35% dos sinistros relacionados a esse tipo de carga, impactando significativamente os índices de perdas das seguradoras.
“Outro ponto de atenção são os incidentes envolvendo baterias de íon-lítio, que representaram 18% dos sinistros considerados graves no período”, complementa o especialista.
Nesse contexto de expansão e complexidade crescente, o papel do corretor de seguros torna-se ainda mais estratégico. Além de orientar os clientes sobre os riscos específicos do transporte aéreo de cargas, o corretor pode atuar como elo entre as necessidades operacionais das empresas e as soluções oferecidas pelas seguradoras. “O mercado demanda coberturas especializadas, processos de sinistros mais eficientes e a atuação estratégica dos corretores é um pilar essencial para mitigar riscos e acompanhar a dinâmica do comércio global”, conclui Bruch.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>