11 de setembro: atentado que transformou o mercado segurador global
Episódio redefiniu a forma como seguradoras e resseguradoras passaram a avaliar riscos catastróficos
O atentado de 11 de setembro de 2001 completa 24 anos e continua sendo um dos eventos mais onerosos e transformadores da história do setor de seguros. Os ataques terroristas que destruíram as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, mataram quase 3 mil pessoas e geraram perdas seguradas de US$ 40 bilhões (cerca de US$ 59 bilhões em valores de 2024)
Além do impacto humano e econômico, o episódio redefiniu a forma como seguradoras e resseguradoras passaram a avaliar riscos catastróficos não-naturais
11/9: o impacto imediato no mercado de seguros
Dois aviões atingiram as Torres Gêmeas e um terceiro atingiu o Pentágono em Washington, matando 184 pessoas. Um quarto voo caiu em Shanksville (Pensilvânia), vitimando 40 passageiros e tripulantes.
O choque econômico foi global: empresas paralisadas, investidores inseguros e retração da economia mundial. No mercado segurador, os efeitos foram imediatos:
Exclusão do risco terrorismo da maioria das apólices
Alta expressiva nos preços de coberturas em ramos como Propriedade, Aviação e Vida
Perdas bilionárias para resseguradoras, obrigadas a rever modelos de risco
Adoção de estratégias mais rigorosas de subscrição e capitalização
Reação global ao 11 de setembro e novas práticas
O 11 de setembro inaugurou uma nova era para o setor, marcada por:
Separação formal do risco terrorismo das apólices tradicionais de property
Crescimento de instrumentos alternativos como Insurance-Linked Securities (ILS) e sidecars
Maior presença de parcerias público-privadas para lidar com riscos sistêmicos (terrorismo, pandemias e clima)
Disciplina mais rigorosa na gestão de capital e subscrição técnica
No Brasil, a Revista de Seguros (edição 819, jul/set de 2002) destacou que, um ano após os atentados, ramos como Cascos (Marítimos e Aeronáuticos), Transportes e Riscos de Petróleo ainda sofriam com renovações até 60% mais caras. A previsão era de um “ciclo duro” no mercado segurador, que duraria ao menos três anos.
Legados permanentes do 11/9
O atentado deixou lições que moldam até hoje o setor segurador global:
Antecipação mais robusta de riscos catastróficos
Judicialização mais complexa, envolvendo disputas sobre coberturas e responsabilidades
Consolidação de mercados alternativos como Bermudas, usados para capitalização
Reforço do papel das seguradoras como agentes de estabilidade em crises globais
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