Café com Agro Discute ESG, Seguros e Diversidade Racial no Agronegócio Brasileiro
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Sompo
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Especialistas e líderes do setor se reuniram em São Paulo, no evento “Café com Agro – ESG: Sustentabilidade no Negócio”, promovido pela Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial em parceria com a Sompo, para debater os principais desafios e tendências do agronegócio brasileiro. O encontro destacou o papel dos seguros, a importância da sustentabilidade e a centralidade da diversidade racial para o futuro do setor.
Durante a abertura, Raphael Vicente, diretor-geral da Iniciativa Empresarial, ressaltou a evolução das ações afirmativas no Brasil e o impacto da inclusão racial no mercado de trabalho. “A diversidade não é apenas uma questão social, mas estratégica para o negócio e para o desenvolvimento sustentável do país. Para uma empresa ser minimamente sustentável, ela precisa olhar para as pessoas e todas as suas individualidades”, afirmou Vicente.
O painel contou com a participação de José Ricardo Paulino, Diretor de Estratégia e Transformação da Sompo, que destacou a relevância do agronegócio para a economia nacional. “O agronegócio responde por um quarto da economia brasileira e por 30% dos empregos diretos e indiretos. O seguro rural é uma ferramenta estratégica para garantir a perenidade dos negócios, especialmente para pequenos e médios produtores, que enfrentam desafios de liquidez e acesso ao crédito”, explicou Paulino. Ele também enfatizou o compromisso da Sompo com a agenda ESG: “ESG faz parte do nosso planejamento estratégico, com metas e indicadores acompanhados pelo Comitê Executivo e Conselho de Administração. Participamos de fóruns e eventos setoriais, promovendo debates sobre sustentabilidade, riscos climáticos e diversidade no agro”.
Paulo Zanardi, Diretor da GSS, abordou a contribuição do setor privado para um agronegócio mais sustentável e inclusivo. “Descarbonizar não é custo, é oportunidade de renda, competitividade e reputação para o agro brasileiro”, afirmou Zanardi, destacando que o Brasil é líder global em produção de alimentos e possui enorme potencial para se tornar protagonista no mercado de carbono. Segundo ele, “o setor privado é fundamental para impulsionar práticas sustentáveis, inovação e inclusão social no campo. A GSS já desenvolveu mais de mil projetos em 15 países, impactando mais de 1.200 comunidades e captando mais de R$ 50 milhões em programas de bioeconomia e créditos de carbono”.
O papel da inovação e da tecnologia foi apresentado por Dirceu Junior, Sócio da PwC e Líder da AgTech Innovation. “O AgTech Innovation conecta grandes empresas, startups, produtores, investidores e academia para desenvolver soluções inovadoras que chegam ao campo. Atualmente, mais de 800 startups estão plugadas à comunidade, promovendo colaboração e diversidade tecnológica”, explicou. Dirceu também trouxe dados sobre a representatividade de mulheres negras no agro: “Apenas 3,8% das mulheres inovadoras no setor se identificam como negras, enquanto 76% são brancas. Apesar dos avanços, há um longo caminho para ampliar a representatividade racial e de gênero, especialmente em cargos de liderança e empreendedorismo. A inclusão é fundamental para o desenvolvimento do setor. Precisamos acelerar a transformação cultural e garantir oportunidades para todos”.
Desafios e oportunidades para pessoas negras no agro
O evento reforçou que a inclusão de pessoas negras e o fortalecimento da agricultura familiar são essenciais para combater desigualdades históricas e promover o desenvolvimento sustentável. “A agricultura familiar é um dos agentes de inclusão social e combate à pobreza no campo. Mais de 50% dos produtores familiares se identificam como pretos ou pardos, mas ocupam apenas 28% da área plantada. Isso já traz um resquício histórico de desigualdade social pela distribuição de terra”, destacou José Ricardo Paulino.
A pesquisa apresentada por Dirceu Junior mostrou que, apesar de 8 em cada 10 mulheres se sentirem acolhidas trabalhando no agronegócio, 9 em cada 10 já passaram por situações de machismo ou constrangimento no ambiente de trabalho. “Existe um terreno muito grande para mudar essa realidade dentro do Brasil, quando falamos de gênero e raça. As portas estão se abrindo, mas precisamos de ações concretas para acelerar esse processo”, afirmou Dirceu.
O índice de equidade racial nas empresas, desenvolvido pela Iniciativa Empresarial, permite mensurar e comparar avanços na inclusão de profissionais negros no mercado de trabalho. “A transformação depende de ações estruturadas, engajamento das lideranças e políticas afirmativas. Cada empresa recebe um relatório individual comparando a empresa com a média da iniciativa e com o setor. Agora conseguimos tomar decisões e planejar ações com base em dados”, explicou Raphael Vicente.
O evento também trouxe dados relevantes sobre o setor: o agronegócio responde por 25% do PIB brasileiro e 50% das exportações; o mercado de carbono brasileiro deve incluir entre 4 mil e 5 mil empresas emissoras, cobrindo cerca de 15% das emissões de gases de efeito estufa do país; e o Brasil, além de ser o terceiro maior emissor de títulos sustentáveis na América Latina, com 18% do volume total da região, está entre os três maiores exportadores mundiais de alimentos e mantém a liderança global em produtos como soja, café, suco de laranja, e carne bovina e de frango, além de ser um dos maiores produtores de milho, algodão e celulose.
Ao final, os palestrantes reforçaram a importância da união e do engajamento coletivo para promover um agro mais justo, eficiente e competitivo. “O futuro do agro está nas mãos das empresas e das pessoas que realmente querem fazer acontecer. Quem coloca os limites somos nós. É preciso ir além do limite e buscar avanços nesta agenda”, concluiu José Ricardo Paulino.
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