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Com Verticalização em Alta, Hospitais Passam a Investir em Seus Próprios Planos de Saúde

Hospitais de diferentes regiões do país têm apostado na criação de convênios médicos próprios. Segundo o Valor Econômico, essa tendência está ligada ao aumento da verticalização nos planos de saúde voltados para o público de maior renda, à dificuldade de credenciamento junto às operadoras e à redução de coberturas nos últimos anos.

Um dos exemplos de companhias que adotaram a novidade é o grupo hospitalar Kora, que em abril lançou uma operadora em Vitória (ES), onde está localizada sua principal unidade. “Nosso plano de saúde é mais defensivo, não estamos com uma política comercial de venda agressiva. Se a gente perceber lá na frente uma dificuldade de acesso, problema de credenciamento porque as operadoras estão privilegiando sua rede, intensificamos o produto”, afirma Antonio Benjamim Neto, presidente da Kora. Atualmente, o plano tem cerca de 300 usuários.

Outro caso é o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, que desenvolveu um convênio inicialmente voltado para seus funcionários. “Criamos esse plano há um ano e conseguimos reduzir a taxa de sinistralidade em quase 40% fazendo gestão de saúde. Esse projeto também é um piloto e pode ser colocado no mercado se a verticalização chegar num patamar em que o paciente, o cliente não consiga chegar até nós”, disse Mohamed Parrini, CEO do Moinhos, principal hospital do Sul do país. A carteira atual soma cerca de 10 mil beneficiários, entre empregados e dependentes.

Neste sentido, tanto Parrini quanto Benjamin Neto destacam que seus hospitais, hoje, estão com alta taxa de ocupação. “Entre os hospitais independentes, o Hospital Meridional responde por 50% dos leitos de Vitória”, destacou o presidente da Kora. Ele acrescenta que a segunda fase do projeto envolve a oferta de serviços de gestão de saúde para empresas. “Não é abrir o convênio médico para o mercado. O interessante é que vamos ganhando experiência para caso seja preciso”, diz o executivo do Moinhos.

A Rede Casa, com dez unidades no Rio de Janeiro, fundou em 2020 o Klini, seu plano de saúde, que já conta com 130 mil usuários. “Acredito que conseguimos esse número elevado porque estamos ligados a um grupo hospitalar que existe há 16 anos no Rio. Além disso, percebemos uma demanda por produtos ‘low cost’ [de baixo custo]”, avalia Marcos Heringer, CEO da Klini Saúde. A expectativa é encerrar o ano com 160 mil clientes.

Para Julia Heringer, CEO da Rede, a decisão de criar um plano próprio foi motivada pela crescente verticalização no setor, e não por dificuldades com as operadoras. “Continuamos atendendo todas as operadoras, atuamos num segmento de renda diferente”, afirma. Ainda assim, ela reconhece o impacto das restrições impostas pelas operadoras nos últimos quatro anos, como a limitação de novos credenciamentos e a redução de coberturas para cortar custos.

Também em 2020, o Hospital Sagrada Família, na zona leste de São Paulo, lançou seu próprio convênio. Nos últimos 12 meses, a carteira de clientes passou de 5,5 mil para 21 mil, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Ainda segundo informações do Valor Econômico, embora o modelo ainda seja mais comum em produtos de tíquete mais acessível, há um avanço também entre operadoras voltadas ao público de maior renda. Algumas Unimeds regionais, por exemplo, vêm investindo na construção de hospitais próprios. No mesmo movimento, a Hapvida tem ampliado sua presença em São Paulo e no Rio com unidades de perfil premium, enquanto a SulAmérica mantém contratos em que hospitais da Rede D’Or ocupam posição preferencial na rede referenciada.

De acordo com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), há três anos, 16% dos associados possuíam planos próprios. “De lá para cá, seguramente, esse número aumentou, mas não fizemos novo levantamento”, disse Antônio Britto, diretor-executivo da entidade. “Os hospitais geralmente têm marca forte, associada pela população a bons cuidados. O lançamento de um plano, especialmente em regiões que não têm presença forte das operadoras tradicionais, costuma dar certo”, complementou.

Além disso, o segmento de saúde no Rio de Janeiro vem enfrentando desafios com a crise da Unimed Ferj/Rio e o fechamento da Golden Cross. Em meio a esse cenário, planos regionais ganham força por oferecerem custos mais baixos. Da mesma forma, grandes seguradoras como Bradesco e SulAmérica, tradicionalmente focadas em produtos de cobertura nacional, também têm lançando seguros com abrangência local.

Mesmo com o crescimento desse movimento, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) adota cautela. “Apesar das notícias recentes sobre hospitais que lançaram seus próprios planos de saúde, passando a atuar também sob o modelo de rede verticalizada, não há evidências consistentes de que esse movimento represente uma tendência do mercado”, afirma a entidade. A Associação ainda ressalta que “o setor de saúde suplementar no Brasil é complexo, reúne mais de 600 operadoras distribuídas em todo o país e com realidades bastante distintas. Por isso, a associação adota cautela ao interpretar iniciativas de grandes grupos como se fossem reflexo de todo o segmento.”


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