PMC Auto 2025 destaca evolução do mercado automotivo

Os resultados da recente edição da Pesquisa de Mercado de Corretoras de Seguro – PMC Auto 2025, realizada pelo Sincor-SP, foram apresentados durante live e coletiva de imprensa exclusiva nesta terça-feira (2). Boris Ber, presidente da entidade, junto à vice-presidente, Simone Fávaro, e ao economista Francisco Galiza, promoveram reflexões relevantes sobre a relação entre seguradoras e corretores, os desafios do setor e o impacto da tecnologia no dia a dia dos profissionais.

Durante a apresentação, líderes do setor destacaram que o estudo representa uma via de ganhos mútuos — corretores, seguradoras e o próprio mercado se beneficiam. O presidente do Sincor-SP, Boris Ber, destacou o valor estratégico da pesquisa: “É uma consultoria gratuita para as seguradoras. Com base nela, elas podem repensar sua estratégia, identificar pontos fracos e melhorar seu relacionamento com os corretores”.

A pesquisa feita com associados da entidade tem como objetivo trazer melhorias aos corretores de seguros que atuam no ramo auto. Diferente de pesquisas das seguradoras, o PMC Auto é conduzido de forma independente, permitindo aos corretores uma avaliação mais honesta. “Quando a seguradora pesquisa, o corretor, às vezes, ameniza a crítica para não desgastar relações. Aqui, a liberdade de avaliação é total”, ressaltou Ber.

Conduzida por Galiza, o estudo foi realizado com base na qualidade dos serviços prestados pelas seguradoras, tomando como base a percepção dos corretores atuantes no ramo. O estudo também traz o rankings das 17 principais seguradoras do mercado. Um dos destaques da pesquisa foi a presença dominante de uma seguradora em nove das dez maiores carteiras de corretores, evidenciando um case de sucesso.

Resultados positivos

Responderam a pesquisa 915 profissionais do setor distribuídos em todo o estado de São Paulo e mais de 6 mil análises de carteiras foram coletadas – número que representa 9% dos sindicalizados. De modo geral, a avaliação dos corretores com relação aos serviços foi considerada “boa” pela maioria.

Comissionamento foi bem classificado por 57% dos corretores; processo de renovação também foi bem avaliado por 54% deles; seguido de coberturas acessórias com 53% e atendimento ao corretor com 44% classificando como bom serviço.

O único serviço avaliado como “regular” por cerca de 20% dos corretores é o pagamento de sinistros, o que tende a demandar um aprimoramento por parte das seguradoras. Segundo Galiza, economista responsável pelo levantamento, este baixo índice de aprovação pode estar atrelado a erros na comunicação entre seguradora e corretor no momento deste processo, o que precisa ser analisado por cada seguradora para mitigação do problema.

As 10 seguradoras mais citadas pelos corretores durante a pesquisa são:

1. Porto – 88,2%;
2. Tokio Marine – 82,6%
3. Allianz – 78,9%
4. Azul Seguros – 69,2%
5. HDI – 68,2%
6. Bradesco Seguros – 64,8%
7. Yelum – 50,2%
8. MAPFRE – 45,1%
9. Suhai – 41,5%
10. Zurich – 26,3%

Tecnologia: aliada ou vilã?

Outro ponto amplamente discutido foi o impacto da tecnologia e da inteligência artificial nas rotinas das corretoras. Apesar do ganho de produtividade, há receios quanto à substituição de pessoas e ao desemprego.

“A IA é revolucionária, mas precisa ser usada com sabedoria. Em alguns processos, ela vai substituir pessoas, sim. Cabe às corretoras pensarem estrategicamente como adaptar seus times”, ponderou Galiza.

Simone Martins, VP do Sincor-SP, complementou: “A tecnologia facilitou muito, mas também trouxe novas demandas. O que antes era presencial, agora é digital. A gente responde centenas de mensagens por WhatsApp, realiza vistorias online e lida com clientes que exigem agilidade”.

Próximos passos

Os dirigentes ressaltaram ainda os diversos serviços oferecidos pelo Sincor-SP e ressaltaram que a PMC Auto 2025 chega como instrumento estratégico para fortalecer a atuação dos corretores, apontar caminhos para as seguradoras e promover a evolução do mercado segurador brasileiro. A expectativa é que os dados sirvam como base para mudanças reais — e que, em alguns meses, os resultados das transformações já possam ser mensurados.

Segundo Galiza, o seguro de auto é a carteira mais importante do corretor atualmente, por isso o estudo se iniciou por este segmento, mas no próximo ano o objetivo da entidade é ampliar a metodologia e aplicá-la aos demais ramos do setor, visto que o modelo já está pronto.