Como sua empresa pode lidar com sanções dos EUA: cinco estratégias essenciais
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Helder Hissao Horikawa
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Anderson Ozawa*
As sanções tributárias aplicadas pelos Estados Unidos não são apenas medidas políticas ou diplomáticas: são recados claros ao mundo corporativo de que a era da neutralidade econômica acabou. Empresas — especialmente as que operam globalmente ou mantêm cadeias produtivas expostas ao dólar — já sentem os primeiros impactos no caixa, nas margens e na fluidez de operações internacionais.
Nesse novo cenário, não sobreviverão as maiores, mas as mais preparadas. Aqui vão cinco dicas fundamentais para que sua empresa possa enfrentar esse desafio de maneira mais sólida.
Recalibre a estratégia fiscal com velocidade e clareza
A primeira resposta das empresas é técnica: revisão imediata da arquitetura fiscal internacional. Muitas corporações ainda operam com estruturas desatualizadas, dependentes de regimes que agora estão sob análise. Isso exige:
1 - Mapeamento de exposição tributária cruzada, especialmente em subsidiárias americanas, holdings offshore e centros de custo em zonas de risco.
2 - Análise de impacto em transfer pricing — ou Preços de Transferência, que são as regras que definem como empresas do mesmo grupo, localizadas em países diferentes, devem negociar entre si. O objetivo é evitar manipulações que reduzam artificialmente os lucros em países com alta tributação, transferindo-os para paraísos fiscais. Essas transações precisam seguir valores de mercado, como se fossem empresas independentes negociando entre si.
3 - Engajamento de consultorias com expertise em planejamento fiscal internacional, não apenas contadores locais.
Redesenhe cadeias de valor com lógica geopolítica
Sanções não são apenas sobre tributos — são instrumentos de poder e a vulnerabilidade afeta toda cadeia produtiva ao redor do mundo. As empresas inteligentes e com gestão estão:
- Diversificando fornecedores e relocalizando operações críticas para países mais neutros geopoliticamente.
- Criando rotas alternativas de importação/exportação, mesmo que inicialmente menos rentáveis.
- Usando tecnologia para mapear dependências invisíveis, como componentes embargados ou serviços prestados por empresas sancionadas indiretamente.
Fortaleça a governança e o compliance como alicerces
A lógica do “depois a gente resolve com um bom advogado” já não funciona. As multas por descumprimento, inclusive quando não são intencionais, podem afetar e tornar inviáveis os negócios, com perdas legais de alto impacto financeiro.
- Implementar protocolos de compliance tributário que antecipem cenários e monitorem em tempo real alterações legislativas e decisões judiciais nos EUA e outros países com ligação, direta ou indireta.
- Auditorias internas preventivas devem ser conduzidas, mesmo que não exigidas por lei. É necessário sair do pensamento que apenas as empresas de capital aberto precisam de auditoria interna.
- O Conselho precisa estar envolvido: sanções são riscos estratégicos, não apenas jurídicos. E se sua empresa ainda não tem um Conselho, implante imediatamente (também não é coisa “apenas” de empresa grande ou de capital aberto).
Reforce a inteligência estratégica e o cenário tributário futuro
Enquanto muitos correm para apagar incêndios, os líderes estão montando times de inteligência tributária e regulatória para antecipar os próximos movimentos. Não se trata apenas de proteger-se — trata-se de se posicionar melhor do que os concorrentes.
- Criar comitês de crise permanentes, com leitura de cenários de curto, médio e longo prazo.
- Estabelecer rotinas de simulação de impacto ("war games tributários") para treinar respostas organizacionais rápidas.
- Participar de fóruns internacionais e manter proximidade com entes reguladores e diplomáticos.
Proteja o caixa com eficiência bruta
As sanções não afetam apenas a burocracia — elas pressionam diretamente a saúde financeira. Por isso, proteger o caixa se torna mandatório:
- Renegociação de dívidas e contratos dolarizados.
- Avaliação do impacto das sanções nas projeções de fluxo de caixa e EBITDAs futuros.
- Reforço de estratégias de recuperação tributária — muitas vezes, há milhões em créditos não aproveitados por falhas operacionais.
Uma coisa é fato diante de tudo isso: empresas que se defendem, apenas sobrevivem. Mas, aquelas que se antecipam às situações, são preventivas, essas sim lideram e são menos impactadas em cenários desta natureza.
A questão não é mais se sua empresa será impactada. A questão é quanto e por quanto tempo. E a resposta a tudo isso está na maturidade estratégica e na velocidade de reação aos acontecimentos.
Se você está apenas “esperando para ver”, já está atrasado. É tempo de ação. Com método, inteligência e coragem para ajustar o rumo.
É professor da FIA Business School, estrategista empresarial, especialista em transformação de resultados, e idealizador do método Pentágono de Perdas. À frente da AOzawa Consultoria, lidera um ecossistema de soluções que combina inteligência prática, performance financeira e visão estratégica para gerar impacto real nos negócios.
SOBRE A AOZAWA CONSULTORIA
Fundada em 2014 pelo professor Anderson Ozawa, a AOzawa Consultoria é especializada em soluções estratégicas, com foco em transformação, governança e impacto sustentável. Atua com uma abordagem personalizada, unindo experiência executiva de alto nível a um profundo compromisso com a entrega de valor real aos clientes com o método Pentágono de Perdas.
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