Empreender online sem perder o equilíbrio da vida offline
Por Ana Claudia Badra Cotait, Presidente do CMEC
No universo do empreendedorismo feminino no país, as mulheres enfrentam um desafio cada vez mais complexo: equilibrar o dia a dia entre estar on-line e off-line. A conectividade constante, embora seja uma ferramenta poderosa que potencializa negócios, também traz uma série de pressões que podem afetar as saúdes física e emocional e a qualidade de vida das empreendedoras. A rotina de estar sempre conectada, aliada às demandas do trabalho, da capacitação e das responsabilidades familiares, muitas vezes resulta em uma sobrecarga emocional que pode comprometer o bem-estar e o desempenho profissional.
Apesar de trazer benefícios para os negócios, a alta conectividade contribui para um aumento do estresse e da ansiedade, problemas que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já afetam 9,3% da população brasileira. Para as empreendedoras, essa pressão ainda é maior pois cria um ciclo difícil de romper que pode levar ao burnout, à perda de autoestima e a problemas de saúde mais graves.
Segundo a Rede de Mulheres Empreendedoras (RME), 65% das mulheres que atuam no empreendedorismo relataram sintomas de burnout. Muitas dessas mulheres sentem que não têm espaço para cuidar de si mesmas, o que aumenta o risco de problemas como insônia, fadiga crônica e até doenças cardiovasculares. Além disso, a pressão social e as expectativas externas também impactam a confiança e a autoestima, dificultando a tomada de decisões importantes para seus negócios.
A dificuldade de manter o equilíbrio entre o digital e o real também reflete na gestão dos negócios. Segundo o Sebrae, 42% das empreendedoras que não conseguem estabelecer esse equilíbrio enfrentam dificuldades para manter a produtividade e a eficiência. A falta de descanso e de momentos de desconexão prejudica a clareza mental, levando a decisões impulsivas e menos estratégicas, o que pode afetar diretamente o desempenho e o crescimento dos seus empreendimentos.
Para enfrentar esses desafios, especialistas sugerem estabelecer horários de desconexão, praticar mindfulness e definir limites claros entre a vida pessoal e a profissional, ações ajudam a criar um ambiente mais saudável e sustentável, promovendo o bem-estar e a produtividade.
Cuidar de si mesma, não deve ser visto como um luxo, mas como uma estratégia fundamental para o sucesso a longo prazo. Dados da RME indicam que mulheres que priorizam o autocuidado têm 25% mais chances de manter um desempenho elevado em seus negócios, reforçando a importância de investir no próprio bem-estar.
Promover o equilíbrio entre o mundo on-line e off-line também passa por participar de redes de apoio, criar grupos para troca de experiências entre mulheres empreendedoras para compartilhar estratégias, aprender com os desafios de outras colegas, fortalecer a rede de suporte é participar de eventos como o 6º Liberdade para Empreender que acontecerá em novembro, em São Paulo.
Promovido pelo CMEC - Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura – órgão da ACSP – Associação Comercial de São Paulo, FACESP – Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo e CACB - Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil – este ano o Liberdade para Empreender abordará o tema “On-line/Off-line - Empreender no Digital e Viver no Real – Equilíbrio é o Novo Sucesso” para propor uma reflexão sobre os desafios e possibilidades do empreendedorismo feminino e mostrar que na era da economia tecnológica o sucesso só é possível quando o equilíbrio passa a ser uma estratégia para empreender com propósito, produtividade e qualidade de vida.
SOBRE ANA CLAUDIA BADRA COTAIT
Ana Claudia Badra Cotait é presidente do CMEC – O Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura - órgão da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP) e da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) - que atua como um fórum de referência de estudos, debates e inspirações à mulher empreendedora, além de desenvolver ações, campanhas e projetos sociais e culturais. Também atua como instrumento para que lideranças femininas discutam seus problemas e apresentem propostas que mobilizem a comunidade empresarial e a sociedade organizada. Possui mais de 900 conselhos da mulher, distribuídos pelo Brasil.
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