Não basta apostar na IA: transformação empresarial requer ajustes internos
A Inteligência Artificial (IA) tem ganhado espaço como uma aliada poderosa na estratégia de inovação das empresas brasileiras. Antes restrita a grandes corporações com alto poder de investimento, a tecnologia tornou-se mais acessível e já faz parte de iniciativas de organizações de todos os tamanhos. Porém, seu uso requer uma abordagem estruturada de Gestão da Inovação, que vá além da experimentação e se conecte diretamente à estratégia da organização
Segundo Rodrigo Miranda, CEO da G.A.C. Brasil, consultoria que faz parte do G.A.C Group, presente também na França, Alemanha, Singapura, Romênia, Canadá e Marrocos, em muitos casos é preciso rever processos, criar uma governança estruturada, integrar sistemas legados, capacitar as equipes e, principalmente, fortalecer a cultura organizacional orientada por dados e colaboração.
- Além disso, a governança da inovação precisa passar a considerar a ética no uso da IA, a qualidade dos dados e a formação de times multidisciplinares. Empresas com estruturas muito hierarquizadas ou inflexíveis tendem a encontrar mais barreiras para extrair valor das soluções baseadas em IA – alerta Miranda.
Outro ponto crítico é o alinhamento estratégico da IA com os objetivos do negócio. As empresas devem definir claramente qual papel a IA terá na sua estratégia corporativa, estabelecendo onde e como ela será aplicada, e os objetivos estratégicos a serem alcançados. Isso implica uma análise profunda sobre como a IA pode transformar o modelo de negócio atual, antecipando riscos e oportunidades específicos ao contexto de cada organização.
Uma consultoria especializada pode apoiar nesse contexto e direcionar as tomadas de decisões, por exemplo, ao realizar um Roadmap Tecnológico, que identificará as tecnologias prioritárias para o negócio e estabelecerá rotas viáveis para sua adoção.
Outro apoio relevante está na Gestão do Portfólio de Projetos de Inovação, que permite visualizar, priorizar e balancear iniciativas tradicionais e disruptivas em um mesmo plano de ação, garantindo que a adoção da IA ocorra com foco e viabilidade.
“A adoção da IA não pode ser conduzida como um movimento isolado ou oportunista. É preciso tratá-la como parte de um sistema integrado, que envolva planejamento de cenários, ideação colaborativa, avaliação de riscos e definição de métricas de impacto”, completa Miranda.
Conheça alguns dos benefícios do uso da IA por empresas
Mais do que uma tendência pontual, a IA está sendo apontada como o próximo grande ciclo da inovação corporativa. Além dos ganhos operacionais, a ferramenta pode trazer benefícios financeiros significativos, tanto diretos quanto indiretos.
- Diretamente, a IA pode reduzir custos operacionais, aumentar a produtividade e melhorar a assertividade de decisões, o que resulta em aumento de receita e margem. Indiretamente, ela gera vantagens competitivas que se traduzem em melhor posicionamento no mercado e maior capacidade de adaptação às mudanças - avalia Miranda.
Para medir esse impacto, é essencial a utilização de métricas e indicadores: tanto de desempenho — como produtividade e eficiência — quanto de impacto, como geração de valor para o negócio, alinhamento estratégico e retorno sobre inovação.
Vale destacar também que investimentos em IA podem ser apoiados por incentivos fiscais como os previstos pela Lei do Bem, que oferece benefícios significativos para empresas que investem em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, incluindo soluções baseadas em Inteligência Artificial.
Ou seja, empresas que utilizam IA de forma estratégica e orientada por uma Gestão da Inovação estruturada conseguem acelerar seu ciclo de inovação, capturar valor com mais rapidez e construir vantagens sustentáveis no longo prazo.
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