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Inteligência atuarial e precificação em seguros de doenças graves

Confira o artigo elaborado por Zé Carlos, o Alfaiate do Seguro

Por Zé, o Alfaite do Seguro, via Seguro Gaúcho

Hoje, quando olhamos para o mercado de seguros de automóveis, fica claro que as seguradoras utilizam critérios regionais e estatísticos para definir o preço.

Se em determinada cidade a incidência de roubo é alta, o prêmio do seguro sobe.

Se a região é considerada de baixo risco, o valor do seguro cai.

Ou seja, a precificação acompanha a realidade local.

Mas e no Seguro de Doenças Graves?

No caso do seguro de doenças graves, a lógica é diferente:

As seguradoras adotam taxas únicas, iguais para todo o território nacional.

Não há diferenciação por estado ou região, mesmo quando os dados mostram incidências muito distintas.

Exemplo real:

2024

Rio Grande do Norte (população ~3,4 milhões) → 21.880 diagnósticos

Espírito Santo (população ~4,1 milhões) → 17.085 diagnósticos
(RN ~28% acima do ES em 2024.)

2025 (acumulado até a data de coleta)

Rio Grande do Norte → 9.497 diagnósticos

Espírito Santo → 5.018 diagnósticos
(RN ~89% acima do ES em 2025 até aqui.)

Mesmo com população menor, o RN apresenta incidência proporcionalmente maior.

A provocação: estamos precificando errado?

Se a lógica aplicada ao seguro de automóvel fosse a mesma no seguro de doenças graves, o esperado seria:

Prêmios mais caros em estados com maior incidência (como RN).

Prêmios mais acessíveis em estados com menor incidência (como ES).

E para reforçar:

Testes em três seguradoras que pedem o CEP no cálculo mostraram que, com mesmo perfil de segurado, os valores foram idênticos em diferentes regiões.

➡ Ou seja, o CEP não influencia na precificação das coberturas de doenças graves.

Então por que não é assim?
A resposta está na técnica atuarial e na viabilidade comercial:

O seguro de doenças graves é precificado de forma nacional, porque o risco é diluído no pool de segurados.

Uma segmentação regional poderia gerar barreiras comerciais e até exclusão de clientes em estados de maior risco.

Porém, essa uniformidade pode esconder distorções importantes: será que o cliente do RN está pagando menos do que o risco local sugere? Ou o cliente do ES está pagando mais do que deveria?

Oportunidade para o futuro

Um modelo híbrido (base nacional + ajustes regionais) poderia equilibrar justiça atuarial e acessibilidade.

O uso de big data e painéis epidemiológicos permitiria uma precificação mais responsiva à incidência.

Corretores e consultores podem usar esses dados para personalizar a oferta e educar o cliente sobre o risco local.

Conclusão

Enquanto o seguro de automóvel já opera de forma ajustada às estatísticas regionais, o seguro de doenças graves ainda segue uma lógica nacional, mesmo quando o CEP é solicitado — e os dados de 2024 e 2025 reforçam que as diferenças estaduais são relevantes.

E você, o que pensa dessa uniformização?

Faz sentido manter a cobrança nacional única, ou já é hora de considerar uma precificação regionalizada, coerente com a incidência real?


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