Comportamento Humano: Como Entendê-lo Pode Aumentar Suas Vendas em 40%
Especialista orienta sobre caminhos para não entrar nesta estatística. Separação clara entre família e negócios e investir na meritocracia e na governança bem estruturada estão entre os principais pontos
No Brasil, nove em cada dez empresas são familiares, segundo dados do IBGE em parceria com o Sebrae. Essas organizações respondem por 65% do PIB nacional e empregam 75% da mão de obra do país. Apesar da relevância, a longevidade desses negócios é um desafio: apenas 36% sobrevivem à segunda geração, 19% chegam à terceira e apenas 7% à quarta, de acordo com a PwC.
Mas há caminhos para não entrar nesta estatística, diz o especialista em profissionalização de gestão e governança corporativa, Marcelo Camorim. “A chave para esse sucesso está na separação clara entre família e negócios, na meritocracia e na governança bem estruturada”, diz ele, que está aplicando este princípio no Grupo Soares, onde ele atua como presidente do Conselho de Família e de Administração.
Enquanto muitas empresas familiares enfrentam dificuldades, o Grupo Soares se destaca por sua gestão profissional e sustentável ao longo de 60 anos e três gerações. O caminho? Adotar práticas rigorosas para evitar os erros mais comuns. "Aqui, não há espaço para decisões baseadas apenas em laços familiares. Todos os cargos são ocupados por profissionais qualificados, avaliados por desempenho. O conselho de família existe, mas não interfere na gestão diária. Essa disciplina é essencial para garantir que o negócio continue prosperando."
Para as famílias que atualmente mantêm um negócio, seja qual for o tamanho, e desejam se preparar para a longevidade, identificar as falhas de percussão é o primeiro passo para corrigir a rota. Camorim lista os 5 principais erros que destroem empresas familiares, entenda.
1. Misturar contas pessoais e da empresa
Um dos maiores problemas é quando os donos usam o dinheiro da empresa como se fosse sua conta bancária pessoal. Gastam mais do que poderiam, comprometendo o caixa do negócio sem perceber. Camorim alerta que essa confusão pode levar a decisões financeiras erradas e até à falência.
2. Fazer da empresa o único sustento da família
Quando todos os parentes dependem exclusivamente da empresa, qualquer crise no negócio vira uma crise familiar. É importante que os membros da família tenham suas próprias fontes de renda e carreiras independentes, para que a empresa não vire uma "muleta" financeira para todos.
3. Colocar familiares em cargos sem qualificação
Só porque alguém é filho ou parente do dono não significa que está preparado para liderar. Empresas que insistem em colocar familiares em cargos-chave sem competência acabam perdendo eficiência e competitividade. A regra deve ser clara: quem não entrega resultados, não permanece no cargo.
4. Não entender os números do negócio e tratar a contabilidade como mera obrigação fiscal
Muitos herdeiros assumem empresas sem saber interpretar relatórios financeiros, balanços ou indicadores de desempenho. Se o dono não entende os números, como vai tomar decisões estratégicas? Essa falta de conhecimento é uma das principais razões pelas quais tantas empresas familiares fecham as portas nas gerações seguintes.
A contabilidade não existe só para pagar impostos. Ela é uma ferramenta essencial para entender a saúde financeira da empresa e tomar decisões inteligentes. Empresas que negligenciam essa área muitas vezes só percebem que estão em crise quando já é tarde demais.
5 - Achar que a empresa é um eterno patrimônio da família
Crescer assistindo os pais se dedicando à empresa e vendo-a crescer ao longo do tempo pode levar os herdeiros a cair na armadilha de entender que a organização conquistou esta posição e será para sempre assim, sem grandes mudanças. “Mas o cenário econômico muda, o mercado muda e é preciso estar aberto para acompanhar esta evolução, o que exige, antes de tudo, uma mudança dessa mentalidade”, diz Camorim.
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