Saúde mental no trabalho: quando o trabalho perde o sentido

Segundo o especialista em comunicação multigeracional, Ricardo Dalbosco, não se trata apenas de um problema individual, mas de um fenômeno que atinge diferentes gerações por motivos distintos. “O Baby Boomer que sempre se motivou pela estabilidade pode sentir-se descartado por mudanças bruscas. O Millennial que buscava propósito pode se frustrar com a falta de impacto real no que faz. E a Geração Z, extremamente conectada, pode se ver sufocada pela falta de liberdade e autonomia”, explica.

Dalbosco reforça que a desconexão com o trabalho raramente acontece de forma abrupta. “É um processo gradual, como um fio que vai se rompendo. Primeiro vem a apatia, depois a dificuldade de engajar, e por fim o sentimento de que nada do que se faz tem valor real”, afirma. Quando esse ciclo não é interrompido, as consequências para a saúde mental se tornam mais graves e afetam não só a produtividade, mas também relações pessoais e autoestima.

Os profissionais com clareza de propósito têm menor risco de burnout e maior resiliência emocional. Para Dalbosco, reencontrar o sentido no trabalho exige uma reflexão profunda sobre valores pessoais e contribuição para algo maior que metas trimestrais. “O propósito não é uma frase bonita na parede da empresa, mas sim uma força que, quando identificada e alinhada, tem a capacidade de conectar quem você é com o valor que você entrega ao mundo”, destaca.

Quando mudar é necessário

O especialista alerta que, em alguns casos, reencontrar o propósito significa mudar radicalmente, seja de área, de empresa ou até de carreira. “Ficar preso a um ambiente que drena sua energia é como permanecer em um relacionamento tóxico: o desgaste se acumula até comprometer sua saúde física e mental”, afirma Dalbosco.

O fenômeno da perda de sentido não é responsabilidade apenas do colaborador. Dalbosco ressalta que líderes têm papel decisivo. As empresas que não adaptam seu discurso e práticas para dialogar com diferentes gerações perdem engajamento. É preciso reconhecer que cada faixa etária é motivada por gatilhos distintos e que a comunicação padronizada não cria conexão.

Comunicação e saúde mental andam juntas

Para Ricardo Dalbosco, a falta de diálogo é um dos maiores agravantes. Muitas pessoas sofrem em silêncio, com medo de serem vistas como fracas. É preciso normalizar conversas sobre saúde mental e reconhecer que pedir ajuda é sinal de coragem, não de fragilidade. Ignorar sinais de desconexão no trabalho é arriscar a saúde mental e limitar o potencial. Encontrar ou reconstruir um propósito é mais do que um passo de carreira, mas é uma escolha de vida.

Artigo escrito por: Redação Ricardo Dalbosco

Palestrante referência em “Comunicação entre gerações” e o “Profissional do Futuro”, sendo estrategista de marca pessoal, destaque nacional e com experiência em projetar marcas pessoais de profissionais de sucesso de quatro continentes, além de marcas corporativas. É Doutor com foco em influência digital, escritor Best-Seller, conselheiro de empresas, vencedor de prêmios, além de colunista e consultado por diversas mídias de renome nacional e internacional. É o maior formador de LinkedIn Top Voices e Creators no Brasil, trabalhou em diversos lugares pelo mundo e é considerado o profissional de confiança de vários executivos, empresários e board members no país.