Filme inspira empresa especializada em antecipar riscos
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Bruno Cunha
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No filme futurista Minority Report – A Nova Lei (2002), ambientado em 2054, um sistema de inteligência artificial prevê crimes com precisão, fazendo com que a taxa de homicídios caia a zero. Essa ideia inspirou a criação da Noleak, uma empresa brasileira que utiliza inteligência artificial para prever riscos por meio da análise de imagens de monitoramento.
“Nosso propósito é antecipar crimes por meio da análise de comportamento”, explicam os fundadores Rafael Libardi, Nicolau Ramalho e Evandro Barros. A referência ao filme vai além do conceito: também inspirou o nome da rede neural da empresa, Agatha — uma alusão a um dos personagens da ficção, que previa crimes em seus sonhos.
Os três fundadores trazem sólida experiência acadêmica e comercial. Rafael Libardi é mestre em Ciência da Computação e atua como professor convidado em diversas instituições. Nicolau Ramalho possui ampla bagagem em fábricas de software de atuação global e em empresas líderes no setor de segurança.
A empresa conta ainda com uma equipe de P&D e cientistas de dados altamente qualificada, com formações multidisciplinares em áreas da Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Meteorologia, Física e Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Entre os integrantes, estão quatro mestres e uma doutoranda em Ciência da Computação, com atuação nas áreas de Inteligência Artificial, Visão Computacional, Processamento de Linguagem Natural e Neurociência aplicada ao desenvolvimento humano.
Destaque no 100 Open Startups
Fundada em 2018, em Ribeirão Preto (SP), a partir da participação na Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa 2, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Noleak já conquistou o primeiro lugar no ranking do 100 Open Startups no segmento de Inteligência Artificial. “Levamos ao mercado soluções de I.A. aplicadas à visão computacional. Além disso, a startup é investida pela Brinks, uma das maiores empresas de segurança privada do mundo, e pela NextAI, fundo Canadense especialista em Inteligência Artificial.
Inspirada no cérebro humano
O grande diferencial da Noleak está no modelo de inteligência artificial adotado. Enquanto muitas empresas utilizam sistemas baseados em regras fixas e scripts pré-definidos, a Noleak aposta em redes neurais inspiradas no funcionamento do cérebro humano. Esses algoritmos aprendem com os dados, analisam padrões, ponderam variáveis e tomam decisões com base na experiência acumulada.
A Agatha converte todas as imagens em metadados. Por meio de técnicas de machine learning e deep learning, ela aprende os padrões de cada câmera, em diferentes horários e dias da semana, identificando desvios e alertando a central de monitoramento — ou mesmo intervindo diretamente, como um agente autônomo de I.A.
A arquitetura do sistema é flexível: pode operar 100% na nuvem, de forma híbrida (com edge computing) ou totalmente local (on-premises). Além disso, utiliza Natural Language Processing (NLP), o que facilita o treinamento da IA com comandos naturais.
Em outras palavras, a tecnologia analisa e interpreta imagens e vídeos para reconhecer objetos, pessoas, animais e contextos”, explicam os sócios. Entre as aplicações possíveis estão sistemas de vigilância inteligentes, veículos autônomos, diagnósticos por imagem e até análise de sentimentos em mídias sociais. Atualmente, a Agatha já está conectada a mais de 5 mil câmeras, atendendo cerca de 100 clientes B2B.
Uma das grandes vantagens da Noleak é a redução de custos operacionais em centrais de monitoramento. O sistema permite monitorar até dez vezes mais câmeras por ponto de observação. Isso funciona da seguinte forma: a inteligência artificial — o “operador 1” — analisa simultaneamente todas as câmeras com o mesmo nível de atenção; o “operador 2”, o olhar humano, investiga apenas as imagens que apresentam desvios de padrão.
A precisão do monitoramento também é um diferencial. Enquanto o ser humano pode falhar na detecção de comportamentos atípicos, a inteligência artificial mantém atenção constante, sem se distrair ou cansar.
Importante destacar que o sistema não coleta dados pessoais. A análise é feita de forma imparcial, baseada apenas em comportamento, sem considerar raça, sexo, idade ou qualquer outra informação que possa gerar viés.
Expansão de mercado
Inicialmente focada em empresas de segurança e monitoramento, a Noleak hoje atua em diferentes setores. “Atendemos exclusivamente empresas. Não atuamos com o consumidor final”, afirmam os sócios. Com o tempo, perceberam que o potencial da tecnologia vai muito além: a IA da Noleak pode melhorar significativamente a vigilância por vídeo em qualquer tipo de organização, reduzindo custos e aumentando a eficiência.
No médio prazo, a meta é atingir diretamente o setor industrial. Isso porque qualquer câmera de segurança pode ser conectada à Agatha, que aprende a rotina do ambiente e identifica comportamentos normais e anormais. “A visão computacional da Agatha é capaz de contar objetos, realizar inspeções de qualidade e até prever a necessidade de manutenções em processos industriais”, explica Libardi.
Ele cita um caso em que a Agatha, aplicada na manutenção preditiva, evitou paradas inesperadas em uma linha de produção. Cada paralisação custava cerca de R$ 1,5 milhão, e, com a tecnologia, uma indústria que sofria até dez interrupções por ano teve uma economia aproximada de R$ 15 milhões. “O investimento se pagou já no primeiro mês de operação”, observa o sócio.
Dados antes invisíveis
Em outros casos, a visão computacional revela dados antes inacessíveis, destaca Ramalho. Ele menciona um grande cliente do setor automotivo que, com a Agatha, passou a avaliar a produtividade diária, detectar ociosidade e propor melhorias no processo. “Inspeções de qualidade, que antes eram manuais e exigiam alto investimento em mão de obra, agora são realizadas automaticamente, sem interrupções na linha de produção”, explica.
Em cidades que aplicam tecnologia na segurança — as chamadas smart cities —, o sistema analisa os milhares de dados captados por câmeras e ajuda a prevenir crimes com eficiência.
Casos de sucesso
A Noleak já está presente em grandes empresas brasileiras. Na Belém BioEnergia Brasil, produtora de óleo de palma no Pará, a Agatha monitora esteiras de carregamento, identificando necessidades de manutenção preventiva e evitando prejuízos estimados em R$ 15 milhões por ano.
Na Orsegups, empresa de segurança e facilities, a tecnologia é usada para monitorar o comportamento de porteiros em guaritas e portarias, identificando desvios e contribuindo para treinamentos preventivos e reciclagens.
Já na IESS/RS, também do setor de segurança e facilities, a Agatha é capaz de detectar gestos de pânico ou coação durante o reconhecimento facial, acionando silenciosamente a central de monitoramento e garantindo uma resposta ágil e discreta para proteger os clientes.
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