Cultura data-driven transforma estratégias e operações no mercado de seguros
No setor de seguros, onde decisões rápidas e precisas podem definir o sucesso de uma operação, a cultura data-driven está redesenhando estratégias e processos. Ao substituir a intuição por evidências concretas, seguradoras passam a precificar com mais certeza, prevenir fraudes com maior agilidade e personalizar ofertas de acordo com o perfil real de cada cliente. Em entrevista ao CQCS, Rafael de Albuquerque, CEO e fundador da Zoox, explica como essa transformação traz ganhos reais em decisões estratégicas e operacionais.
Na visão de Albuquerque, o modelo tradicional de decisões por intuição já não é mais suficiente. “Enquanto a intuição parte de percepções subjetivas, a cultura data-driven transforma decisões em processos replicáveis, baseados em evidências reais. Isso permite que as seguradoras atuem com mais agilidade, consistência e segurança, especialmente em um mercado que exige respostas rápidas a cenários de risco em constante mudança como o de seguros.”
A análise de dados, incluindo informações de telemetria e dispositivos conectados, contribui para uma precificação de apólices mais justa e individualizada. O executivo orienta que os dados compõem os riscos de forma mais precisa. “Isso viabiliza uma precificação mais justa, onde o cliente paga pelo seu perfil e não por médias de mercado. É um avanço que beneficia tanto a empresa quanto o consumidor.”.
A análise de dados da Zoox, integrada à plataforma de gestão de riscos, permite que seguradoras cruzem dados estruturados e não estruturados em tempo real, com alto nível de precisão. Isso permite identificar padrões suspeitos, inconsistências e anomalias de forma proativa. Com essa inteligência, as seguradoras aceleram investigações e aumentam a confiança no processo, fortalecendo sua capacidade de prevenção, reduzindo perdas financeiras e aprimorando a tomada de decisão em toda a jornada de risco.
Além da retenção, a personalização de ofertas de seguros, impulsionada por dados, pode melhorar a satisfação e a fidelidade do cliente. “Quando o segurado recebe uma oferta que faz sentido para o seu momento de vida, canal de preferência ou perfil de uso, a experiência melhora. Isso se traduz em maior satisfação. A longo prazo, essa proximidade fortalece a fidelidade e posiciona a seguradora como parceira, não apenas como prestadora de serviço”, orienta Albuquerque.
Novos produtos de seguros podem ser desenvolvidos a partir da análise de dados sobre as necessidades e tendências dos consumidores. Alguns exemplos seguem em ascensão, como seguros pay-per-use, coberturas modulares, seguros integrados a aplicativos de mobilidade, saúde preventiva baseada em dados de wearables, dentre outros.
A jornada do cliente pode ser redesenhada com inteligência. Ao antecipar necessidades e eliminar fricções, como formulários redundantes ou processos manuais, a seguradora entrega mais agilidade e transparência. “No caso de sinistros, é possível automatizar validações e pagamentos, reduzindo tempo de resposta e aumentando a confiança do cliente no serviço prestado”, concluiu o executivo.
O avanço da cultura data-driven indica uma mudança estrutural no setor, redefinindo a forma como as seguradoras analisam riscos e atendem seus clientes. A tendência é que o uso inteligente de dados amplie a eficiência operacional e fortaleça a relação das seguradoras com seus segurados.”
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