CNseg, BID, Banco Mundial e Pottencial debatem sinergias para mitigar riscos em PPPs
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Em painel no 2º Fórum IRB, Esteves Colnago, da CNseg, destacou o novo ciclo de investimentos em infraestrutura e os desafios para o setor de seguros, como a inclusão da resiliência climática nos projetos
Em um cenário de retomada de investimentos em infraestrutura no Brasil, a parceria entre o setor de seguros, o poder público e organismos multilaterais torna-se fundamental para garantir a viabilidade e a conclusão de projetos. Esse foi o tom do painel “Transferência de riscos: parcerias público-privadas”, realizado na manhã de 6 de agosto, durante o "2º Fórum IRB - Transferência de riscos: estratégias e inovações", no Rio de Janeiro.
O debate, moderado por Esteves Colnago, diretor de Relações Institucionais da CNseg, reuniu representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco Mundial e da Pottencial Seguradora para discutir os desafios e as oportunidades que o novo ciclo de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) apresenta.
Colnago abriu o painel contextualizando o momento atual do país, caracterizado por uma “retomada muito forte de projetos de investimento, de concessão, de parceria público-privada, de obras públicas” em todas as esferas de governo.
Colnago iniciou o painel afirmando que essa nova onda de projetos de infraestrutura por meio de concessões e de parceria público-privada, que vai de rodovias e portos a saneamento e energia, demanda diretamente o setor segurador, especialmente com a nova Lei de Licitações, que posiciona o seguro como “um elo de garantia de término das obras”.
Contudo, o diretor da CNseg alertou para um desafio crucial: a necessidade de incorporar a resiliência climática e a transição energética desde a concepção dos projetos. “Isso não se vê nem nos projetos, nem nos editais. Então, isso é um desafio para o governo, é um desafio para o mercado, é um desafio para as seguradoras”, afirmou Colnago, destacando a urgência da adaptação a essa nova realidade de riscos.
Ele também apontou para uma mudança no perfil das empresas que lideram esses projetos. “As empresas de construção de hoje já não são tão grandes como eram antes da Lava-Jato. Elas possuem balanços menores e precisam se associar ao mercado de capitais para poder ganhar as concessões”, explicou, o que reforça a necessidade de estruturas de garantia mais robustas, muitas vezes com o apoio de organismos multilaterais, para que os projetos “cheguem a bom termo, ao fim”.
O Papel dos Bancos Multilaterais
Representando o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Anderson Caputo Silva explicou que a visão dos bancos multilaterais está evoluindo. O objetivo, segundo ele, é passar de um papel de mero financiador para o de catalisador de investimentos privados. “Estamos num cenário de muito mais risco. Então, como os multilaterais podem entrar e mitigar um pouco desses riscos para permitir que isso seja factível para a indústria de seguros?”, questionou. Ele detalhou que o BID atua em múltiplas frentes, desde a assistência técnica na estruturação de projetos até a criação de garantias financeiras que viabilizam a participação de seguradoras, reduzindo o custo de capital.
Pelo Banco Mundial, Fábio da Silva apresentou remotamente um portfólio de produtos financeiros criados para mitigar riscos em projetos, como títulos de catástrofe (cat bonds), cláusulas de dívida resiliente ao clima e plataformas de proteção contra desvalorização cambial. Ele enfatizou que a colaboração é indispensável para enfrentar os desafios atuais. “A parceria com as seguradoras é muito importante, porque [...] não vai ser suficiente para cobrir todas as necessidades de risco”, declarou, ressaltando que a união de esforços entre governos, seguradoras e bancos de fomento é o caminho para o sucesso dos projetos.
A Visão da Seguradora
Do ponto de vista do mercado segurador, João Geo, CEO da Pottencial Seguradora e diretor da FenSeg, destacou a importância de um diálogo aberto para o desenvolvimento de produtos adequados às novas demandas.
Ele afirmou que os projetos de infraestrutura estão sujeitos a riscos a riscos físicos, operacionais, de demanda, riscos políticos e regulatórios, e riscos financeiros e que o setor de seguros e resseguros possui as ferramentas necessárias para mitigá-los.
João Geo concluiu sua participação propondo uma sinergia ainda maior entre os participantes do ecossistema de infraestrutura. “Acho que a gente pode sair daqui com uma PBSR, , que seria uma Parceria Banco, Segurador e Resseguro. É isso que a gente precisa”, afirmou, sublinhando a necessidade de colaboração para destravar o potencial de investimentos no País.
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