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Transição energética impõe desafios e oportunidades ao mercado de seguros

Por Paulo Mantovani*

O setor energético está passando por um momento emblemático e desafiador. Muitas empresas, principalmente as ligadas ao setor de Óleo e Gás, estão buscando formas de diversificar seus portfólios com soluções mais sustentáveis.

É verdade que existe certa preocupação quanto a isso, afinal, estamos falando de investimentos vultosos, especialmente em um cenário de turbulência econômica global.

Contudo, mesmo diante dos desafios, os diversos segmentos do setor energético estão intensificando os investimentos em energias renováveis. De acordo com o estudo Global Clean Energy Survey 2025, realizado pela WTW em parceria com a Coleman Parkes Research, 63% das organizações veem a transição energética como uma oportunidade de crescimento.

O levantamento ouviu 450 tomadores de decisão das áreas de risco, sustentabilidade e estratégia corporativa, atuantes nos setores de energia renovável, petróleo e gás, mineração, metais e serviços públicos. A média de investimento planejado em tecnologias e infraestrutura de energias limpas deve aumentar de US$ 185 milhões (2024-2025) para US$ 249 milhões no próximo ciclo fiscal, um crescimento de 34%.

Apesar do otimismo, as empresas enfrentam diversos obstáculos no caminho da transição. O estudo da WTW destaca que:

79% apontam a quebra na cadeia de suprimentos como principal preocupação;
78% citam riscos geopolíticos;
61% mencionam interferências climáticas (como falta de vento, sol ou chuva, que afetam diretamente as fontes renováveis);
50% se preocupam com riscos climáticos físicos (eventos extremos como secas, enchentes e tempestades).
Esses dados mostram que, embora o interesse por energias limpas seja crescente, as incertezas operacionais e climáticas ainda são grandes barreiras à sua consolidação.

Além disso, as empresas que participaram da pesquisa possuem estratégias de energia limpa, ainda que em estágios variados de implementação. Os números indicam:

71% das empresas de energia renovável estão em fase avançada ou plena de implementação;
63% no setor de energia tradicional;
43% no setor de mineração e metais;
36% entre empresas de petróleo e gás.
A maturidade das estratégias mostra que, embora o setor esteja em movimento, ainda há disparidades significativas entre as indústrias.

Entretanto, a pesquisa trouxe um dado curioso em relação aos investimentos. No curto e médio prazo, 51% das empresas priorizam energia solar, enquanto, no médio e longo prazo, 61% citam armazenamento de baterias e captura e armazenamento de carbono.

Essa mudança de foco indica uma tendência por soluções mais acessíveis e com menor tempo de implementação, enquanto grandes projetos estruturais ficam em segundo plano.

Obviamente, o setor de seguros terá protagonismo nesse processo. À medida que as empresas migram para modelos de geração limpa, cresce a demanda por proteção contra riscos operacionais, climáticos e tecnológicos.

No entanto, o estudo aponta desafios importantes para a ampliação da cobertura, como:

Exclusões amplas ou excessivas;
Duração limitada ou inflexibilidade das apólices;
Falta de produtos específicos para energias limpas;
Franquias elevadas ou períodos de carência prolongados;
Exigências técnicas e de engenharia de risco.
A transição energética é uma decisão estratégica. As empresas que gerenciam bem os riscos e aproveitam as oportunidades avançam com mais consistência rumo a um futuro sustentável.

O mercado de seguros, por sua vez, tem papel decisivo na construção dessa nova era: oferecendo proteção, reduzindo incertezas e impulsionando decisões mais ousadas e sustentáveis.

* Paulo Mantovani é diretor de Recursos Naturais da WTW


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