Enquanto alguns pilares da maturidade organizacional evoluem com força entre as empresas brasileiras, outros seguem como promessas distantes. A assimetria entre as áreas mais desenvolvidas e as que ainda operam com baixa maturidade traz implicações importantes para a sustentabilidade das estratégias de negócio no país.

Levantamentos como o Panorama 2025, realizado pela Amcham em parceria com a Humanizadas, ajudam a ilustrar esse cenário ao apontar que dimensões como proteção de dados, integração digital e saúde organizacional estão entre os mais bem estruturados nas empresas. No entanto, pilares essenciais para o futuro, como cultura de inovação, impacto socioambiental e práticas ESG, seguem em patamares mais baixos de desenvolvimento. Isso significa que, embora o discurso sobre transformação esteja consolidado, ele ainda não se traduz em modelos organizacionais realmente completos e preparados.

Há um dado especialmente relevante nesse cenário: apenas 25% das empresas afirmam ter maturidade alta na incorporação de princípios ESG, apesar da crescente pressão do mercado, de investidores e da sociedade por posicionamentos mais consistentes. A lacuna entre expectativa e realidade revela o quanto a pauta ainda é tratada como complementar, e não está integrada à estratégia principal.

Além disso, temas ligados à gestão humanizada, cultura de inovação e impacto positivo estão entre os de menor maturidade nas organizações, ainda que representem a base de uma transformação genuína. Ou seja, há tecnologia, há dados, mas ainda falta uma cultura que sustente o uso inteligente dessas ferramentas com propósito, ética e visão de longo prazo.

O desafio, portanto, não é apenas técnico. É estrutural. O Brasil, por exemplo, vem registrando crescimento expressivo em investimentos em cloud computing, inteligência artificial e cibersegurança. No entanto, a efetividade desses investimentos dependerá do quanto as empresas conseguirão alinhar tecnologia, cultura e impacto. O ponto é não só gerar eficiência, mas promover resiliência, reputação e sustentabilidade.

O setor de TIC no Brasil deve manter sua trajetória de crescimento em 2025, com projeção de alta de 13%, impulsionado por demandas ligadas à produtividade, fidelização e expansão da base de clientes. A estimativa acompanha a tendência registrada em 2024, quando os investimentos em TI voltados ao mercado corporativo avançaram 9%, segundo dados do IDC.

Para que essa mudança aconteça, é fundamental que a liderança das empresas compreenda a transformação digital como um processo interdependente. Não basta investir em soluções tecnológicas sem criar um ambiente organizacional que estimule inovação, aprendizado contínuo e responsabilidade social. O futuro da competitividade passa, cada vez mais, por empresas que consigam gerar valor compartilhado, indo além do lucro.

A maturidade digital se consolida quando está verdadeiramente integrada à estratégia, à cultura e às pessoas. Nesse sentido, a atuação dos integradores de tecnologia passa a ser essencial para viabilizar jornadas com mais segurança, escalabilidade e inteligência. O objetivo é apoiar decisões estruturantes e capazes de construir negócios mais preparados.

*Emerson Altomani é VP de Marketing e Vendas na Betta Global Partner.

Sobre a Betta GP

Com 35 anos de experiência, a Betta GP é uma empresa paulista de tecnologia e inovação, especializada na integração de soluções inovadoras, abrangendo cibersegurança, comunicação unificada, infraestrutura de TI e outros serviços tecnológicos essenciais para diversos setores. Reconhecida por seu portfólio diversificado e ousado, a Betta GP oferece soluções que garantem escalabilidade, resiliência e segurança nas operações de seus clientes. A empresa se destaca pela sua capacidade de criar soluções personalizadas, adaptadas às necessidades específicas de cada cliente, e pela sua postura ética, baseada na transparência, integridade e no compromisso com o impacto positivo na sociedade. Para mais informações, acesse o site.