O número de brasileiros com plano de saúde registrou crescimento em 2025. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram 996 mil novos beneficiários em abril deste ano, comparado ao mesmo mês de 2024.

Atualmente, mais de 52 milhões de brasileiros possuem algum tipo de plano de assistência médica. Na área odontológica, quase 35 milhões contam com esse benefício.

O relatório traz um cenário otimista para a saúde suplementar no país, mostrando que mais pessoas têm acesso a esse suporte. Além disso, apresenta dados detalhados sobre a evolução de cada tipo de plano e a variação por estado.

Relatório detalha panorama dos planos de saúde em 2025

Segundo a ANS, a maior parte dos planos de saúde no Brasil é do tipo empresarial, oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores. Atualmente, mais de 37 milhões de beneficiários estão nessa categoria.

Os planos individuais e familiares, contratados diretamente pelos usuários, somam 8,6 milhões. Embora tenham registrado uma leve queda em relação a março, mantêm um ritmo estável.

Já os planos por adesão, adquiridos por meio de instituições como sindicatos, contam com 5,8 milhões de beneficiários.

A pesquisa destaca que São Paulo, Amazonas e Minas Gerais foram os estados que mais ampliaram o número de planos de assistência médica no período analisado. Por outro lado, Rio de Janeiro e Roraima registraram redução nesse indicador.

Setor cresce no Brasil apesar de obstáculos

O mercado de planos de saúde no Brasil movimenta atualmente cerca de R$ 520 bilhões, atendendo a 26% da população. Mesmo diante das incertezas econômicas, o setor encontra um cenário favorável ao crescimento.

Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) ofereça atendimentos gratuitos, sua estrutura é considerada precária em diversas regiões, principalmente no interior do país. Isso estimula a busca por planos privados de saúde.

No entanto, para sustentar o crescimento, especialistas apontam alguns desafios, como:

- Sinistralidade: os custos com exames, internações e tratamentos têm aumentado acima da inflação médica, pressionando as operadoras e elevando os preços para os usuários.

- Aspectos legislativos: mudanças regulatórias frequentes e decisões judiciais prejudicam a previsibilidade do setor.

- Acessibilidade e inclusão: persistem desigualdades no acesso, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, além das barreiras enfrentadas por pessoas com deficiência e idosos.

- Avanços tecnológicos: a digitalização e o uso da inteligência artificial prometem mais eficiência, mas demandam investimentos elevados, e nem todas as operadoras estão preparadas.

Hospitais brasileiros ganham destaque em qualidade

Em meio ao crescimento dos planos de saúde, hospitais brasileiros conquistam reconhecimento internacional. Um estudo da revista Newsweek, divulgado pelo portal Saúde Business, destacou instituições do país entre as melhores do mundo.

No ranking, os três primeiros hospitais do Brasil são de São Paulo. O Hospital Israelita Albert Einstein aparece em 22º lugar, seguido pelo Hospital Sírio-Libanês na 115ª posição e pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz na 127ª colocação.

Esse reconhecimento reforça as expectativas de melhorias contínuas no setor de saúde, indicando uma tendência de maior qualidade nos serviços oferecidos à população nos próximos anos.