Do Campo à Liderança: A Jornada da Sancor Seguros no Mercado Agro
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Seguro Gaúcho
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No 17º episódio do Insurtalks Cast, Martín Pacheco, superintendente de Agronegócio da Sancor Seguros, compartilhou em conversa com Thaís Ruco a trajetória de uma seguradora que fez do agro sua razão de ser – e o seu principal motor de expansão na América do Sul. Com origem no cooperativismo argentino e uma história que começa em 1945, a Sancor, no mercado de seguros agrícolas, soma mais de 5 milhões de hectares segurados. A companhia nasceu no campo e fez disso um o seu diferencial no cuidado com os produtores. “O agro está no nosso DNA. Somos uma empresa que entende as necessidades porque falamos a mesma língua que o produtor”, afirmou Pacheco durante o podcast. Essa visão se tornou a base de um modelo de negócio que hoje se estende a várias outras regiões da América Latina, em particular o Brasil.
Uma história que nasceu no campo
O superintendente começa a conversa situando brevemente a história da empresa, fundada há quase 80 anos, na cidade de Sunchales, província de Santa Fé — uma das principais regiões produtoras de leite da Argentina e da América Latina. Como a legislação da época impedia que uma cooperativa tivesse uma seguradora integrada, a Sancor Seguros foi criada como uma entidade autônoma, mas com os mesmos princípios cooperativistas. Conforme Martín Pacheco, o seguro agrícola foi estratégico na expansão internacional da empresa. Sua entrada no Uruguai, por exemplo, começou para atender produtores argentinos que estavam migrando para lá por incentivos fiscais. A partir dessa necessidade, a Sancor implantou uma operação local, a Sancor Seguros Uruguai, movimento depois repetido no Paraguai.
Brasil: uma década de consolidação e relevância
A chegada da Sancor Seguros ao Brasil seguiu o mesmo caminho trilhado na Argentina: estar onde o agro acontece. Completando uma década de atuação em 2023, a companhia se estabeleceu em Maringá (PR), uma das principais regiões do agronegócio brasileiro. Para Pacheco, o Brasil, sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo, tem no campo uma parte expressiva da sua economia. Hoje, a Sancor está presente nas principais regiões produtoras do país, atuando em diversas culturas e modalidades de cobertura, com a maior concentração de operações na região Sul — especialmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná — fruto do relacionamento estreito com cooperativas locais.
Seguro agrícola no Brasil é um dos mais completos do mundo
Um dos pontos debatidos na conversa foi a importância do seguro agrícola como instrumento de proteção diante de riscos climáticos e financeiros. Com um cenário de eventos climáticos extremos, o seguro pode garantir maior estabilidade para o agronegócio. De acordo com o superintendente, o seguro agrícola brasileiro é um dos mais completos, com mais ferramentas de proteção para o produtor brasileiro, em comparação com outros países. Mas isso também o torna complexo na hora de subscrever riscos. Quando há perdas massivas por eventos climáticos, o impacto nas seguradoras e resseguradoras é profundo.
Desafios frente aos altos sinistros
Martín Pacheco explica que os seguros multirriscos climáticos, como os voltados para agricultura, oferecem grandes desafios às seguradoras na hora de precificar e subscrever os riscos. Esses seguros geralmente cobrem eventos catastróficos, como secas e, em menor escala, geadas. Quando esses eventos ocorrem em larga escala, a sinistralidade pode atingir níveis muito altos, dificultando o equilíbrio financeiro da operação ao longo do tempo. Segundo ele, o resultado do seguro agrícola não pode ser avaliado apenas ano a ano, mas em uma perspectiva de médio e longo prazo. No entanto, quando há picos de sinistralidade, essa estabilidade se torna difícil de alcançar. Para trabalhar com garantias de produção, é preciso ter um conhecimento profundo não apenas dos fatores climáticos que afetam uma cultura em uma região específica, mas também de aspectos tecnológicos, de manejo e até biológicos. Embora o seguro cubra apenas os riscos climáticos, outros fatores não cobertos também influenciam diretamente na produtividade, que é justamente o que o seguro busca garantir.
Como o seguro agrícola pode garantir proteção financeira
O seguro agrícola tem um papel fundamental na proteção não apenas contra riscos climáticos, mas também como ferramenta financeira. Segundo Martín Pacheco, o crédito rural é hoje um dos principais motores da contratação de seguros, impulsionado por exigências legais e políticas de bancos e cooperativas que solicitam apólices como garantia de financiamento. Essa integração entre crédito e seguro é vista como o “combo perfeito” para a agricultura, setor altamente financiado, no qual os produtores frequentemente arcam com os custos apenas após a colheita. Além das instituições financeiras tradicionais, as cooperativas também se tornaram importantes no financiamento de insumos e serviços para os produtores. Isso amplia ainda mais a relevância do seguro como proteção do patrimônio, tanto do agricultor quanto da própria cooperativa.
Serviço, especialização e proximidade com o corretor
Questionado por Ruco sobre a forma como encara o relacionamento com os corretores, o superintendente da Sancor sinalizou que o seguro agrícola exige um conhecimento técnico aprofundado e uma comunicação precisa com o produtor. Cada apólice pode representar a continuidade da atividade de um produtor rural, e até a preservação do seu patrimônio, evitando perdas como a venda de parte da terra. Por isso, a Sancor trata o seguro agrícola com grande seriedade, prezando pela clareza na comunicação e pela atuação responsável. Como a comercialização é feita via corretores, a empresa investe fortemente na qualidade do serviço oferecido a esses intermediários. Embora existam programas técnicos voltados à operação, o maior foco está na melhoria contínua de sistemas e processos que facilitam a vida do produtor.
Tecnologia: promessas, limites e a aposta na inteligência artificial
Quando o tema é inovação, Pacheco adota um tom realista. Embora reconheça os avanços já incorporados ao setor — como geolocalização por satélite, sensores de solo e modelos estatísticos de produtividade —, ele ressalta que ainda não houve uma disrupção real no seguro agrícola. Conforme ele, há 15, 20 anos, a geolocalização foi revolucionária, mas, desde então, embora tenham acumulado muitos dados, ainda não é possível interpretá-los com profundidade suficiente para mudar o jogo, o que ainda torna o olhar do agrônomo insubstituível. Porém, a inteligência artificial pode sim ter um papel relevante no futuro, se for capaz de cruzar e interpretar os dados climáticos, agronômicos e estatísticos.
Foco no agro, visão de futuro
Martín Pacheco encerrou destacando que a companhia investe fortemente em especialistas e equipes técnicas dedicadas ao desenvolvimento de novas soluções e lembrou que o seguro agrícola sempre será um grande desafio por se tratar de uma atividade ao ar livre, sujeita a fatores fora do controle do produtor. Por isso, a Sancor mantém o foco em aprimorar o seguro como uma ferramenta essencial para dar estabilidade produtiva e financeira ao agricultor. Ele finalizou afirmando que o crescimento do seguro agrícola no Brasil é fundamental para sustentar a evolução do agronegócio, permitindo que o setor continue a se desenvolver com segurança e avance no mercado de forma estruturada.
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