ESG e DE&I Continuam Estratégicos para Empresas no Brasil, Aponta Estudo BMI
- 70% dos participantes são empresas de grande porte, acima de 2500 colaboradores.
- 25% deles apontam que a importância de tal frente está associada ao cumprimento de exigências regulatórias ou a preocupação com a reputação da marca;
- Grupos de afinidade, conhecidos como BRGs (Business Resource Groups), são uma realidade em 71% das organizações, com destaque para grupos focados em mulheres, LGBTQIAPN+, Pessoas com Deficiência (PCDs) e pessoas negras.
Segundo uma pesquisa realizada pela BMI - consultoria referência no Brasil em gestão e cultura organizacional - práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) e DE&I (Diversidade, Equidade e Inclusão) fazem parte da agenda estratégica nas organizações ainda que programas dessa natureza tenham ganhado olhares críticos recentemente em outros países. O levantamento, que consultou 38 diretores de Recursos Humanos (CHROs) de grandes companhias nacionais e multinacionais, mostra que, para 95% das entrevistadas, ações ESG e DE&I ainda são parte da estratégia organizacional, em meio a avanços, recuos e diferentes estágios e maturidades. Participaram do estudo empresas de diferentes portes, com destaque para 37% na faixa de 2,5 mil a 10 mil colaboradores, de segmentos como indústria, saúde e serviços.
“As crescentes críticas às práticas ESG e DE&I, influenciadas por movimentos políticos em diversos países, não tiveram grande impacto no mercado brasileiro. Este cenário surge em um contexto de consolidação das agendas, principalmente nos últimos 10 anos, que ganharam times e orçamento dedicados, além de uma governança estruturada”, explica Ana Paula Vitelli, Managing Director da BMI.
Para a implementação das iniciativas, 63% das empresas contam com o apoio de consultorias e instituições externas, o que reforça o espectro amplo de ação dessas agendas com parceiros especializados. A existência de Grupos de afinidade, conhecidos como BRGs (Business Resource Groups), é uma realidade em 71% das organizações, com destaque para grupos focados em mulheres, LGBTQIAPN+, Pessoas com Deficiência (PCDs) e pessoas negras.
O mapeamento e acompanhamento de indicadores tanto em ESG como DE&I é outro aspecto marcante, o que indica a gestão estratégica dessas frentes. Métricas de impacto social e ambiental (como emissão de carbono e consumo de água e energia) estão presentes, assim como métricas associadas à diversidade, acompanhando a proporção de mulheres na liderança, seguido do percentual de pessoas com deficiência e o percentual relacionado à diversidade de gênero, raça, etnia e LGBTQIAPN+.
Por outro lado, 34% dos entrevistados não possuem programas de metas ou cotas para grupos minoritários e 39% não possuem programas de mentoring para essas pessoas, o que instiga a reflexão sobre o impacto e a autenticidade das iniciativas implementadas. “Os dados indicam um comprometimento de empresas com essas agendas, visível na alocação de equipes e recursos dedicados. O desafio que se apresenta é evoluir da representatividade para uma participação ativa que promova o desenvolvimento e a permanência de talentos diversos nas estruturas corporativas”, ressalta Ana Paula.
Em uma perspectiva mais crítica, ainda que os dados indiquem uma percepção de real valorização das agendas pela liderança entre a maioria dos respondentes, 25% deles apontam que a importância de tal frente está associada ao cumprimento de exigências regulatórias ou a preocupação com a reputação da marca. “Essa constatação também abre espaço para a opinião de que essas agendas eventualmente tenham ultrapassado os limites do que é responsabilidade da organização. Ainda que não seja a opinião da maioria, esse já é um aspecto que emerge nas discussões e pode ajudar a apontar novos caminhos no futuro dessas agendas”, conclui.
Sobre a BMI
A BMI é uma consultoria boutique especializada em redesign organizacional. Parte da holding House of Brains, possui mais de 20 anos de atuação e já realizou mais de 600 projetos, agregando mais de R$ 2 bilhões de reais em valor para seus clientes. Com foco em design estratégico, cultura organizacional e qualificação da alta liderança, a BMI soluciona desafios contemporâneos nas organizações atuando com compromisso, autenticidade, consistência, criatividade, sofisticação e excelência. Por meio de soluções pautadas por teses autorais, metodologias exclusivas, abordagem humanista e olhar pragmático, a consultoria amplia consciência e visões de mundo para transformar biomas organizacionais que impactam a sociedade. Ao fortalecer a capacidade das organizações e das lideranças para promover o bem-estar e a eficiência, a BMI orquestra transformações que otimizam legados significativos e sustentáveis.
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