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Reforma Tributária e o Crescimento do Papel Estratégico dos Centros de Serviços Compartilhados no Brasil

Giovana Zanirato, Diretora-Presidente da ABSC Giovana Zanirato, Diretora-Presidente da ABSC

Com a digitalização fiscal, novos tributos e a necessidade de reestruturação organizacional, CSCs ganham protagonismo na transição e adaptação das companhias às mudanças que moldarão o futuro tributário do país

A implementação da Reforma Tributária, prevista para entrar em vigor em 2026, já movimenta empresas de diversos setores. Mais do que uma mudança de regras fiscais, a reforma representa uma transformação profunda nos modelos operacionais e estratégicos das companhias. Nesse cenário, os Centros de Serviços Compartilhados (CSCs) assumem papel central na reestruturação dos processos, com destaque para sua atuação na digitalização fiscal, conformidade e integração de áreas.

Os CSCs concentram atividades administrativas, fiscais, contábeis e de suporte das empresas em um único local ou estrutura integrada, promovendo padronização, eficiência operacional e redução de custos — e agora se tornam também peças-chave para a adaptação tributária.

De acordo com a Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC), a reforma coloca os CSCs no centro da transformação empresarial. “Os CSCs são a espinha dorsal da transformação tributária nas empresas. Sua capacidade de integrar processos, centralizar informações e garantir conformidade é decisiva para o sucesso da adaptação ao novo modelo fiscal”, afirma Giovana Zanirato, Diretora-Presidente da ABSC e Diretora Administrativa da GS Inima Brasil.

Mesmo com a vigência oficial prevista para janeiro de 2026, os impactos já começaram a ser sentidos. O ano de 2025 será marcado por testes em sistemas de emissão de notas fiscais e reconfiguração de tributos como PIS e Cofins, que serão substituídos pelo CBS. Essas mudanças exigem reestruturações que vão muito além do setor tributário.

Em muitos casos, a carga tributária sofrerá alterações significativas. “Como no setor de serviços, que hoje apresenta uma alíquota nominal entre 12% e 15% e poderá chegar a 28%, altera diretamente preços, negociações e margens. Isso pode tornar empresas mais ou menos competitivas, a depender de sua capacidade de adaptação ao novo sistema”, explica Marcel Alcades, sócio do escritório Mattos Filho, que participou ativamente dos debates e da construção da proposta da Reforma Tributária.

Para enfrentar esse cenário, a tecnologia será essencial. Empresas precisam revisar seus sistemas de gestão, como SAP, TOTVS e outros ERPs, garantindo que estejam preparados para lidar com novas exigências legais, novos documentos fiscais e processos mais robustos.

A reforma tributária pode ser considerada uma verdadeira reforma digital, pois transforma não apenas a estrutura dos tributos, mas também a forma como eles serão apurados, declarados e fiscalizados. O processo de apuração se torna mais central na jornada das empresas, exigindo integração entre sistemas, automação de dados e rastreabilidade em tempo real. “As empresas precisam estar atentas às novas regulamentações e adaptar rapidamente seus processos tecnológicos. A transformação digital deixou de ser opcional e passou a ser estratégica para a sobrevivência no novo modelo tributário”, opina Edinilson Apolinario, Diretor de Tributos e Conteúdo na Thomson Reuters.

“Além da infraestrutura tecnológica, é crucial revisar os contratos com fornecedores e garantir a capacidade técnica dos times fiscais, contábeis e financeiros. A preparação das pessoas será tão importante quanto a dos sistemas para um futuro bem-sucedido”, reforça Patrizia Guimarães, da área de Tax Transformation, Projetos e Inovação da Dexco.

O sucesso da transição, no entanto, também depende do engajamento das pessoas. “As lideranças e membros do alto escalão precisam estar conectados com os times, adotando uma postura transparente e colaborativa. O envolvimento do setor de Recursos Humanos é fundamental para apoiar os colaboradores, sejam do Tributário, Contabilidade ou Comercial, neste período de transição, marcado pelo aumento das demandas sobre os colaboradores”, afirma Rafael Borges, Diretor de Finanças & CSC do Grupo SL.

Com equipes capacitadas, tecnologia adequada e atuação integrada, os CSCs passam a representar mais do que uma solução operacional — tornam-se centros de inteligência estratégica. “É necessário que toda a cadeia corporativa compreenda o que a Reforma representa, quais transformações ela trará e quais serão os impactos a longo prazo. Entender a diferença entre o cenário atual e o futuro pós-Reforma, e alinhar as metas de cada área a essa nova realidade será vital para o sucesso da empresa nos próximos anos”, avalia Luciano Casatti, Gerente Sênior de Tax da Natura Cosméticos.

Sobre a ABSC

Fundada em 2015, a Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC) representa a maior iniciativa no Brasil de aproximação e consolidação do segmento frente ao mercado, sociedade e governo. Sem fins lucrativos, a associação é formada por profissionais e empresas, e tem como principal intuito promover o tema Serviços Compartilhados por meio da integração de seus associados, prestando serviços, captando informações, disseminando conhecimentos, exercendo ação política e contribuindo para o aumento da competitividade do setor.


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