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Agentes de IA: A Nova Internet e a Próxima Revolução Digital

Patricia Pomies, COO da Globant - Foto: Divulgação Patricia Pomies, COO da Globant - Foto: Divulgação

Em 1989, o cientista inglês Tim Berners-Lee desenvolveu a infraestrutura que permitiu o funcionamento da World Wide Web. Ele sabia que estava realizando algo importante, mas nunca imaginou que mudaria a história da humanidade.

Muitas coisas aconteceram em pouco tempo. Na década de 1990, as empresas que tinham um site eram pioneiras. O primeiro www. foi da Symbolics, uma empresa de tecnologia que hoje já não está mais em operação. Com o passar dos anos, a presença na internet deixou de ser algo notável e passou a ser esperado — o que chamava atenção era a ausência, como um sinal de obsolescência. Algo semelhante está acontecendo com os agentes de inteligência artificial. Mas é preciso percorrer o caminho para entender como chegaremos até lá.

Em 2001, a quantidade de informação produzida, medida em bits de dados superou tudo o que havia sido gerado na história da nossa espécie, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Em 2005, a Assembleia Geral da ONU designou o dia 17 de maio como o Dia da Internet, com o objetivo de “estimular a reflexão e a troca de ideias”.

Em meio a tanta informação, os buscadores se transformaram em fontes de consulta. Por meio de um desenvolvimento tecnológico até então inexplorado, o Google e outros mecanismos de busca conseguiram dar certa ordem a essa biblioteca virtual infinita.

Depois, a vitrine para o mundo se estendeu às redes sociais e às plataformas transacionais. As infinitas possibilidades de exposição vieram acompanhadas do fenômeno dos usuários cada vez mais protagonistas. Nos últimos anos, os algoritmos — com tentativas mais bem-sucedidas do que outras — passaram a ser os responsáveis por segmentar novamente um volume exorbitante de dados.

No último ano, a inteligência artificial não só foi capaz de organizar milhões de bits, mas também de gerar respostas processando múltiplas fontes de informação. Muitos adotaram o ChatGPT como seu assistente virtual preferido, e o Google fez o mesmo com o Gemini.

Essa breve e simplista retrospectiva histórica nos permite tirar várias conclusões: primeiro, que a mudança é incessante e nada indica que vai parar. Segundo, que os desenvolvimentos tecnológicos geram novos hábitos nas pessoas. E terceiro, que as empresas líderes são aquelas que se antecipam às mudanças de comportamento.

Qual será a experiência de compra desejada por um usuário frequente do ChatGPT? Como ele gostaria de marcar uma consulta médica? E como desejaria lidar com seu planejamento financeiro?

Com usuários exigentes, os chatbots foram incorporados ao cotidiano por sua velocidade de resposta e aumento na produtividade. Contudo, o novo avanço será uma reconfiguração completa. Os agentes de IA não existiam em 2024 e representarão, pelo menos, 15% das decisões de trabalho, segundo a Gartner. A mudança exponencial é que eles não se limitam a responder: analisam, ajustam, melhoram com o tempo e oferecem respostas personalizadas.

Para renovar a experiência de compra, a loja de luxo Burberry desenvolveu espelhos interativos em suas lojas. Neles, é possível realizar testes virtuais com realidade aumentada e receber recomendações de outras peças que combinam com a compra. Com os óculos inteligentes da Ray-Ban, dentro de uma loja é possível comparar preços online com produtos equivalentes de todos os marketplaces. A Amazon também está trabalhando em um sistema que, diante de uma consulta, será capaz de recomendar o melhor produto com base nas informações da plataforma e nas características de cada perfil.

Eles não apenas participam das interações. Os agentes de IA são parceiros estratégicos que estarão presentes em inúmeros setores. Um banco líder automatizou a conversa do seu serviço de programação e conseguiu reduzir o tempo de modernização em 80%: um trabalho de 560 horas foi feito em 105.

A inovação não é fácil de implementar. Após a pandemia de COVID-19, diversas indústrias buscaram aplicar tecnologia em diferentes processos. Segundo um levantamento da consultoria Boston Consulting Group, 85% delas tentaram, mas dessas, 75% não obtiveram os melhores resultados devido à imaturidade digital.

Durante muitos anos falou-se em transformação digital, mas o novo cenário com agentes de IA ainda está apenas começando a surgir. Ainda parece distante, mas se há algo que vimos na evolução da internet desde Tim Berners-Lee, até hoje, é que tudo acontece muito rápido — e antecipar-se costuma ser a chave do sucesso.

Ao longo das décadas, a transformação digital foi amplamente discutida, mas o novo marco — a ascensão de agentes de IA como protagonistas — ainda está em seus estágios iniciais. Embora pareça um horizonte distante, a história da inovação, desde a criação da World Wide Web por Tim Berners-Lee até os avanços atuais, revela um padrão implacável: as mudanças ocorrem em velocidade exponencial. Nesse contexto, esperar passivamente não é uma estratégia, mas um risco. Quem souber se adaptar, antecipar rupturas e abraçar a colaboração entre humanos e inteligência artificial não apenas sobreviverá à próxima onda disruptiva, mas definirá os rumos dela. O futuro, afinal, pertence aos que o constroem antes que ele se torne óbvio.

*Por Patricia Pomies, COO da Globant


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