Guerras e Gestão: Como Cenários Geopolíticos Influenciam as Empresas

Sabemos que as guerras sempre existiram e infelizmente tendem a continuar existindo, gerando impactos negativos pelo mundo inteiro. Nos últimos anos, temos acompanhado diferentes conflitos, como o da Rússia e da Ucrânia, que começou oficialmente em 2022, e de Israel e do Irã - dois grandes inimigos de longa data - e que diante dos recentes ataques que estamos acompanhando, podem transformar esse atrito em uma guerra declarada.

Apesar do Brasil estar distante desta confusão, é possível sentir o efeito desse novo conflito. O país é um grande importador de petróleo e depende do transporte marítimo para fazer sua exportação. Caso tenhamos interrupções no fornecimento de petróleo, é muito provável que os preços do combustível aumentem, afetando assim a nossa logística internacional, resultando em aumento nos custos de frete e inflação.

Além disso, a instabilidade do cenário mundial pode afetar diversos outros pontos de um negócio, afetando a estrutura e, principalmente, as finanças. Neste sentido, é importante lembrar que sempre devemos estar minimamente preparados para lidar com adversidades, mesmo que não tenhamos nenhum controle sobre o que está acontecendo e não façamos ideia de quando pode ocorrer, como essa guerra iminente.

Para enfrentar esse cenário, as empresas devem adotar determinadas estratégias, como o monitoramento contínuo, onde terá que acompanhar como as tensões geopolíticas podem afetar os mercados de forma geral, especialmente o financeiro. E nesse ponto, considero muito importante ter um planejamento financeiro consolidado, para que seja possível lidar com eventuais aumentos nos custos sem muito sofrimento.

Penso que em uma gestão por OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, seja fundamental nesses momentos, principalmente porque propõe um alinhamento constante no plano de execução de estratégia, geralmente de três meses, o que facilita recalcular a rota quando acontecem eventuais erros e também fatores externos como as guerras que estamos acompanhando.

Além disso, os OKRs ajudam a ter mais foco e clareza para saber o que é mais importante e em momentos de tensão, ter esse discernimento é fundamental para entender o que deve ser prioridade ou não. E claro, sempre contando com o todo o time, que deve estar ciente de todos os processo, possuindo as ferramentas necessárias para executar suas respectivas funções e também ajudar no que for preciso.

O fato é que embora o Brasil não esteja diretamente envolvido no conflito entre Irã e Israel, os impactos econômicos e logísticos são significativos e poderemos senti-los a longo prazo. Por isso, empresas que adotam uma gestão por OKRs, especialmente durante cenários adversos estarão melhor preparadas e também posicionadas para enfrentar os desafios impostos por essa crise geopolítica.

Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/