Como alcançar metas de vendas no 2º semestre sem depender apenas do marketing

O fim do primeiro semestre se aproxima e é chegada a hora de muitos empreendedores encararem a verdade em relação a metas de vendas atrasadas, faturamento abaixo do esperado e uma forte dependência de anúncios pagos para gerar demanda.

Para o especialista em operação comercial Vinícius de Sá, sócio da Full Sales System - empresa que estrutura processos de venda com foco em previsibilidade, agilidade e automação - esse é o momento ideal para investigar se o negócio realmente tem dificuldade em trabalhar com antecipação. Em todo caso, é o momento de o mercado digital consolidar uma cultura comercial mais estratégica, com processos bem definidos para converter interesse em faturamento real e compensar o desempenho abaixo do esperado no primeiro semestre.

“Não é o anúncio que vende, é o comercial que entra em ação e converte toda a demanda gerada pelo anúncio. E vendas hoje não é mais talento. E sim um processo sendo rigorosamente seguido”, afirma o especialista em estruturação de processos comerciais e modelos de negócio escaláveis.

Marketing e vendas: como acoplar os funis para bater meta de vendas em 2025?

Segundo o especialista, o empreendedor que monetiza produtos digitais ou serviços pela internet, precisa acoplar um funil de vendas estruturado para bater, e até superar, metas comerciais planejadas para este ano. Dentro dessa perspectiva, o funil de marketing é o caminho desenhado para atrair e identificar potenciais clientes - gerar o chamado levantamento de mão. São pessoas que demonstram interesse, clicam em um conteúdo, baixam um material gratuito ou compram um produto de ticket mais baixo. A partir daí, entra o funil de vendas.

“Esse é o momento em que o processo comercial precisa assumir o controle para evitar que o empreendedor deixe dinheiro na mesa”, explica Vinícius. Um funil de vendas bem definido contorna objeções, qualifica o lead, personaliza a abordagem e conduz o cliente até o fechamento. Isso reduz desperdício de oportunidades e aumenta diretamente as conversões.

Ao unir os dois funis - marketing e comercial - a empresa ganha agilidade para aumentar o faturamento e garante taxas de conversão muito maiores provenientes do tráfego pago. “Esse é o jeito mais rápido, simples e previsível de bater metas de vendas no segundo semestre de 2025. Com os dois funis funcionando em alta performance, o negócio conquista escala e lucro ao mesmo tempo”, conclui Vinícius.

O que é um processo de vendas bem definido orientado para o universo digital?

Na prática, um processo comercial eficiente é uma sequência validada e documentada de ações que podem ser ensinadas e repetidas com consistência. Envolve etapas claras, métricas bem definidas e uma estrutura replicável que garante que qualquer pessoa, mesmo sem experiência anterior, consiga alcançar resultados. “Se você ensina um processo bem estruturado para alguém que nunca vendeu, em pouco tempo essa pessoa pode converter vendas na taxa ideal para o seu negócio escalar”, explica Vinícius.

Além disso, um bom processo registra quanto tempo cada atividade leva, identifica gargalos, organiza as etapas da jornada do cliente e permite ajustes com base em dados. Dessa forma, o negócio não depende de improviso ou de talentos isolados, mas opera com previsibilidade e controle.

Cultura da eficiência — Processo até pro cafezinho?

“De tanto processo que tenho criado nos últimos anos, daria até para montar um processo para o cafezinho. Mas a pergunta que faço é: o cafezinho aumenta meu faturamento? Não.” A fala, usada por Vinícius em uma de suas palestras, ilustra um ponto essencial: apenas o que tem impacto direto nos resultados da empresa precisa ser sistematizado.

Distribuição de conteúdo, geração de autoridade, anúncios, gestão de funil, abordagem comercial e operação de SDRs (vendedor que faz o primeiro contato com o cliente) tudo isso precisa ter processo. Não basta fazer bem feito uma vez. É preciso fazer bem feito de forma replicável. “Processo é o que transforma a excelência individual em resultado coletivo. É o que tira a empresa da dependência de um ‘gênio da venda’ e permite crescer com consistência”, reforça.