Procura por seguro de doenças graves cresce mais de 20% no Brasil
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Nos dois primeiros meses do ano, os brasileiros destinaram R$ 12,3 bilhões à contratação e manutenção de seguros de pessoas, segundo dados da FenaPrevi divulgados pelo Valor Investe, com base em informações da Susep. O volume representa um avanço de 9,5% em relação ao mesmo período de 2024. Entre os diferentes produtos, o destaque vai para os seguros voltados a Doenças Graves, cujos prêmios cresceram 22,2% no bimestre.
O ritmo do DG supera o desempenho do seguro de Vida Individual, que teve alta de 14,7%. Especialistas do setor apontam que o movimento reflete uma tendência consistente, impulsionada pela busca de proteções mais específicas no momento da contratação de apólices de vida.
O 1º vice-presidente da FenaPrevi, Bernardo Castello, afirma que o crescimento não é pontual, mas sim reflexo de um movimento do mercado segurador. O Valor Investe mostra que, na última década, houve uma ampliação das coberturas para utilização em vida, e mais seguradoras passaram a atender esse nicho.
“As coberturas de doenças graves funcionam para uma pessoa que tem um plano de saúde, pois o pagamento da indenização pode ajudar tanto na aquisição de medicamentos para um tratamento quanto na mudança do patamar de um determinado tratamento que a pessoa venha fazer. E para aqueles que não têm plano de saúde, para proporcionar um tratamento digno e de maior qualidade, na ocorrência de um diagnóstico de uma doença como essa [grave]”, pontuou Castello ao jornal.
A cobertura também é um tipo de seguro que varia de uma seguradora para outra. As apólices preveem proteção para diagnóstico de câncer (certos tipos e em determinados estágios), doença cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) e, em alguns casos, até mesmo transplante de órgãos.
“É uma cobertura bastante ampla e para atendimentos complexos. O valor médio fica na faixa de R$200 a R$300 mil, o que é um valor adequado para o tratamento da grande maioria dos tipos de câncer na rede privada do nosso país”, comentou o executivo da FenaPrevi.
Essa contratação pode ser feita também de forma coletiva. A adesão aos seguros do ramo Doenças Graves está mais concentrada em pessoa física, cuja renda sofre impacto com o afastamento do trabalho, como observou Daniel Valente, responsável pela área de Seguros da Fami Capital, escritório independente de investimentos.
“É um seguro que permite proteger a renda, especialmente em casos de profissionais liberais, enquanto se está afastado do trabalho durante o período de cura. O valor da cobertura é isento de imposto de renda, ou seja, não é um reembolso, e ajuda a garantir a manutenção do padrão de vida”, detalhou ao Valor.
De acordo com a FenaPrevi, esse crescimento da cobertura sinaliza que o consumidor está mais consciente das possibilidades que o seguro de vida oferece para promover proteção. Fernando Teixeira, analista de Crédito na Warren Asset Management, explicou que a alta demanda reflete o envelhecimento da população e os efeitos da pandemia. Do lado das seguradoras, nota-se uma maior personalização e inovação dos produtos para atender esse público.
Mesmo com o crescimento do DG, Teixeira avaliou que o produto ainda representa uma fração relativamente pequena da receita total das seguradoras listadas em bolsa. “O impacto financeiro ainda é limitado para as grandes seguradoras listadas. Isso se deve ao fato de que, apesar da expansão, o volume de prêmios emitidos e indenizações relacionadas a esse produto ainda representa uma parcela relativamente pequena do portfólio total dessas companhias”, afirmou ao Valor.
No caso das operadoras de planos de saúde, a Warren revelou que os efeitos são mais indiretos, mas potencialmente benéficos: “Em caso de diagnóstico de uma doença grave, pode ser utilizada para complementar ou até substituir determinados gastos com saúde que, de outra forma, recairiam sobre os planos de saúde (reduzindo a sinistralidade e o repasse para hospitais)”, explicou.
Em relação aos hospitais privados com capital aberto, esse crescimento se traduz em aumento de volume nos atendimentos eletivos e nos tratamentos de alta complexidade, que costumam ter margens mais elevadas.
“Se o corretor não informar ao cliente da necessidade [declaração de saúde], a seguradora pode alegar má-fé em caso de doença pré-existente não informada. Juntar os documentos é muito importante para conseguir atender o cliente na velocidade e dentro do que ele espera”, pontuou Warren.
Outros seguros também têm crescido no Brasil
Segundo dados do Valor Investe, ainda com base em informações da FenaPrevi e da Susep, dos R$ 12,3 bilhões em prêmios pagos no primeiro bimestre, 47% corresponderam a seguros de vida (modalidades Individual e Coletiva), seguidos por 27% no prestamista e 13% em acidentes pessoais.
O jornal também revelou que os segurados receberam R$ 2,8 bilhões em pagamentos de benefícios no mesmo período — um crescimento de 13,8% em relação ao 1º bimestre de 2024.
No mesmo relatório, a FenaPrevi apontou crescimento de 59% no pagamento de sinistros no seguro prestamista, 59,4% no educacional e 26,1% na Vida Individual, sempre na comparação com os dois primeiros meses do ano anterior.
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