Apenas 31% das empresas oferecem incentivos de longo prazo, aponta pesquisa

Embora as grandes empresas estejam usando cada vez mais recursos financeiros para reter talentos, os Incentivos de Longo Prazo (ILPs) ainda são pouco adotados no Brasil — e, quando são, beneficiam majoritariamente a alta liderança. Segundo a nova pesquisa feita pela LG lugar de gente em parceria com a Mercer, apenas 31% das organizações oferecem ILPs, e 89% desses incentivos são destinados exclusivamente a executivos.

“Os ILPs são uma ponte entre o engajamento de hoje e a sustentabilidade dos negócios no futuro. Mas ainda enfrentam barreiras como a complexidade de implementação e visão corporativa de curto prazo”, afirma Maria Paula Oliveira, Diretora de Gente, Jurídico e Compliance na LG lugar de gente. De acordo com a executiva, a concentração desses incentivos no topo da hierarquia escancara uma oportunidade de evolução: “Ainda temos muito a avançar na democratização dessa estratégia”, complementa.

Apesar da ampliação dos pacotes de benefícios — com 100% das empresas oferecendo plano de saúde, 91% concedendo auxílio alimentação e 65% investindo em saúde mental — políticas voltadas à conexão dos profissionais com os objetivos de longo prazo ainda não acompanham esse ritmo. A pesquisa mostra que, embora o uso de bônus de retenção tenha crescido expressivamente nos últimos anos — de 16% em 2020 para 84% em 2023, com leve queda para 68% em 2024 —, os ILPs seguem restritos. Apenas 27% das empresas estendem esse benefício a gerentes, 25% a analistas e 23% a assistentes e operacionais.

“Inovação, eficiência e qualidade podem surgir de todas as áreas e níveis hierárquicos. Reconhecer e incentivar esse movimento com planos de longo prazo é essencial para valorizar quem entrega resultados”, detalha Maria Paula.

Quando se trata das áreas mais contempladas por programas de retenção, a pesquisa revela forte concentração nas áreas de Comercial/Business (53%), Finanças (37%) e Tecnologia (32%) — setores diretamente ligados à receita e competitividade. Por outro lado, áreas fundamentais para a sustentação organizacional, como Recursos Humanos (32%), Jurídico/Compliance (16%) e Administração (11%), ainda têm baixa representatividade nesses programas, apesar de sua relevância na cultura e governança.

Para Maria Paula, uma tendência que deve se consolidar nos próximos anos é o alinhamento entre reconhecimento imediato, trilhas de carreira mais transparentes e incentivos de longo prazo acessíveis a todos os níveis da organização. “ILPs bem desenhados não são apenas ferramentas de retenção. São instrumentos de cultura e estratégia alinhadas. Quando todos entendem para aonde vamos e o que podemos ganhar com isso, o engajamento é genuíno e duradouro”, conclui.

Sobre a LG lugar de gente

A LG lugar de gente é a maior HR Tech do Brasil, consolidada por quase 40 anos de atuação e pioneirismo em tecnologia voltada à gestão do capital humano. Com mais de 5.000 clientes diretos e indiretos, seu portfólio oferece soluções completas, do recrutamento ao desligamento, que aumentam a retenção de talentos, reduzem retrabalhos e desburocratizam tarefas operacionais de RH. A empresa gera resultados e valor para companhias de todos os portes, processando mais de R$ 70 bilhões em folha de pagamento por ano e impactando 1,8 milhão de trabalhadores em todo o país. Reconhecida pelo mercado, possui certificações ISO 27001, ISO 27701 e ISAE 3402 Tipo II, foi eleita 10 vezes no Top of Mind de RH e é certificada pela GPTW.