CPI das Apostas: O Que as Empresas Podem Aprender com o Caso
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Alice Vieira
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*Por Pedro Signorelli
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets está chamando bastante atenção das pessoas no país, principalmente pelo fato de ter convocado influenciadores famosos e com altos seguidores, como Virginia Fonseca, para depor. No entanto, é preciso sair da espuma e fazer uma análise mais profunda, pois por trás de mais um escândalo, temos que avaliar temas como falhas de ética e liderança.
Embora o cenário seja de apostas, acredito que as lições que surgem a partir dessa crise, que podem trazer consequências seríssimas para os envolvidos, são muito relevantes para o universo corporativo. A forma como os líderes - ou a ausência deles - contribuem para ambientes permissivos ao desvio ético levanta um alerta para gestores e empresas em todos os setores.
Na CPI, ficou evidente como a falta de fiscalização dessas plataformas, especialmente de quem faz a divulgação, pode deixar a situação fora do controle, gerando prejuízos. Nas empresas, falhas semelhantes podem resultar em fraudes, corrupção, desvios de recursos e decisões ilegais em nome do lucro. Esses desvios quase sempre refletem uma gestão que ignora os riscos éticos ou não dá o exemplo a ser seguido.
Vale ressaltar que liderar vai além de tomar decisões estratégicas e envolve ser um modelo de conduta. Na CPI da Bets, percebemos que a ausência de uma liderança responsável abriu espaço para práticas duvidosas. No mundo corporativo, líderes que não acompanham de perto os processos ou até mesmo compactuam com algumas irregularidades, acabam plantando a semente de crises futuras.
Empresas que enfrentaram escândalos geralmente têm algo em comum: uma liderança que ignorou alertas e/ou estimulou práticas erradas. Quando o topo está corrompido ou omisso, o restante da organização tende a seguir pelo mesmo caminho. Além disso, o excesso de foco em metas agressivas pode gerar um ambiente onde os fins justificam os meios. Quando a ética não está em primeiro lugar, colaboradores podem buscar “atalhos” para bater metas, mesmo que isso envolva práticas reprováveis.
A pergunta que todo líder deveria se fazer é: “Estamos recompensando o desempenho, mesmo quando vem à custa da integridade?”. A CPI não é apenas um caso policial, serve como um sinal de alerta sobre o que acontece quando falta cultura de integridade, os líderes não estão atentos aos detalhes, as estruturas de controle são frágeis ou inexistentes e quando ninguém se sente responsável pelo todo.
A CPI da Bets nos lembra que não basta punir o desvio, é preciso prevenir sua origem, que muitas vezes está em uma liderança omissa, conivente ou despreparada. Cabe aos líderes escolherem se vão jogar limpo ou não. No fim das contas, a reputação de uma empresa é construída pelas escolhas diárias de seus líderes e destruída quando essas escolhas negligenciam o valor mais básico de todos: a integridade.
Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/
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