4 dicas essenciais para o RH avaliar soft skills de candidatos
Por Thiago Xavier
As soft skills são o fio condutor de toda organização, independentemente de seu porte ou segmento. Elas norteiam a forma como nos relacionamos com os outros, como resolvemos possíveis problemas, criando conexões mais profundas e pontes que liguem cada um dos profissionais. São elas o nosso oxigênio no ambiente de trabalho, o que as tornam essenciais de serem bem avaliadas pelo departamento de recursos humanos no momento da contratação.
De acordo com pesquisas de Harvard University, da Carnegie Foundation e do Stanford Research Center, 85% do sucesso na carreira vem das soft skills e das habilidades interpessoais bem desenvolvidas, o que demonstram sua essencialidade para o bom desempenho individual e coletivo frente aos entregáveis esperados.
Como avaliar, contudo, as soft skills em qualquer recrutamento? Essa é uma análise que exige dos profissionais à frente desta responsabilidade uma lente muito refinada acerca do que se espera deste novo talento, olhando para o futuro da organização, que times precisam para construir isso e a liga necessária para unir essas habilidades frente às metas desejadas.
Para ajudar o RH nisso, destaquei abaixo quatro aspectos essenciais que reforçarão essa assertividade:
#1 Analise o que a empresa está buscando: qual o perfil ideal para ocupar a vaga em questão? Alguém com um mindset questionador, voltado a processos, observador, ou qualquer outra característica ou habilidade. Tenha esses pontos muito bem estabelecidos para identificar qual profissional querem contratar e, acima de tudo, onde encontrá-lo – seja em empresas que já tiveram a mesma demanda ou contextos mais distantes.
#2 Entenda o contexto anterior do candidato: por onde este profissional já passou? Em quais ambientes esteve inserido, com quem construiu sua trajetória e conquistas, quais foram seus aprendizados e dificuldades, e de que forma aplicou todo este reportório em seu momento atual? Compreender este contexto também é um ponto importante para analisar suas experiências e como se comportou frente a esses cenários, para que determinem se será alguém que somará nesta nova proposta.
#3 Sustentação e autoconhecimento: quanto mais cada um de nós investe tempo de qualidade em nos conhecermos, melhor conseguiremos nos desenvolver e aprimorar nossas habilidades. Por isso, no processo seletivo, identifique quão calibrada essa bússola é em cada candidato, e de que forma exploram as oportunidades de sustentação deste autoconhecimento em sua trajetória profissional.
#4 Busca pelo desenvolvimento: ninguém muda ninguém. No entanto, a partir do que cada pessoa enxerga de si próprio e busca melhorar, esse é um compromisso importante pelo desenvolvimento individual que também é altamente vantajoso nesta análise das soft skills. Observe de que forma cada candidato promove essa transformação individualmente – afinal, a vida é constante e, se nenhuma empresa para no tempo, nenhum de nós podemos também.
Ao olhar para as soft skills que ainda não estão instaladas na empresa, é dever do RH ajustar sua lente e questionar a cada candidato como ele enxerga os pontos acima. Entenda as necessidades e perfis de cada um, e de que forma viabilizar sua chegada de maneira mais transparente possível. Toda contratação deve ser um processo de cocriação entre as partes, mantendo o novo profissional engajado nesta mudança e nas relações internas para que, justos, alavanquem os resultados desejados.
Thiago Xavier é headhunter e sócio da Wide Executive Search, boutique de recrutamento de executivos.
Sobre a Wide
Com mais de 50 anos somados de recrutamento especializado o propósito da Wide, empresa de recrutamento e seleção de alta gerência, é construir legados, seja o das empresas contratantes, o dos candidatos e o seu próprio.
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