Especialista explica como o Pix por Aproximação beneficiará pessoas e empresas
Nova funcionalidade do Pix, que entra em vigor em 28 de fevereiro, levará mais agilidade e segurança aos pagamentos e poderá ser aproveitada até mesmo no transporte público
Se o Pix não teve dificuldade para cair no gosto dos brasileiros, a adesão a essa modalidade de pagamento instantâneo deve crescer ainda mais, conforme as novas funcionalidades previstas pelo Banco Central forem entrando em cena. A próxima novidade, que começa a vigorar no dia 28 de fevereiro, é o Pix por Aproximação (ou Pix por Biometria).
Ele permite que o consumidor faça pagamentos aproximando um telefone celular com tecnologia NFC das maquininhas, sem a necessidade de abrir o aplicativo do banco. Para isso, basta que a chave pix tenha sido previamente cadastrada em uma carteira digital. Já nas compras pela internet, a finalização do pagamento passa a ser feita no próprio ambiente da loja virtual, sem ter que acessar o aplicativo da instituição financeira. Nos dois casos, a jornada de pagamentos se torna bem mais simples e fluida.
O recurso já vinha sendo operado desde novembro em testes envolvendo alguns bancos e iniciadoras de transação de pagamento, as ITPs. Com a entrada oficial em vigor, embora a inclusão do Pix por Aproximação em aplicativos de bancos e wallets não passe a ser obrigatória, os players que não oferecerem a facilidade para seus clientes ficarão para trás da concorrência.
Mas nem haveria razões para isso, já que o Pix por Aproximação traz inúmeros benefícios, seja para consumidores, comerciantes e empresas. Bruno Loiola, cofundador da Pluggy, fintech que oferece soluções de pagamentos e dados financeiros para empresas por meio do Open Finance, destaca que a repercussão da novidade é mais visível no varejo, mas vai muito além, podendo impactar até mesmo o transporte público. Veja a seguir alguns impactos positivos do novo recurso do Pix.
Maior agilidade nas transações presenciais. No varejo físico, o Pix por Aproximação reduzirá o tempo necessário para pagamentos, eliminando a necessidade de escanear QR Codes ou digitar chaves Pix. “Atualmente, há grande fricção no momento de pagar com Pix: o consumidor precisa abrir o celular, acessar o aplicativo do banco, inserir credenciais e localizar a área do Pix para concluir a transação. Com a nova funcionalidade, o pagamento será feito diretamente nas carteiras virtuais, aproximando o celular. Cada vez mais pessoas devem adotar esse método, melhorando a experiência de compra”, prevê Loiola.
Mais conversão nas transações online. O pagamento por Pix já é comum no ambiente online. Mas agora ganha funcionalidades, que permitem aumentar a conversão e eliminar alguns intermediários e riscos de outros métodos de pagamentos como cartão ou boleto. Assim como alguns e-commerces têm a funcionalidade de pagar com um clique no cartão de crédito, será possível fazer o mesmo com o Pix. Ao armazenar de forma segura a chave Pix em uma carteira virtual ou mesmo dentro da loja favorita, o consumidor poderá autorizar uma transação online com a simples confirmação de sua biometria no celular.
Mais segurança para consumidores e negócios. A funcionalidade trará mais proteção contra fraudes, pois os pagamentos somente serão autorizados mediante autenticação do dispositivo, por meio de biometria ou senha. Além disso, com a redução da necessidade de contato físico e da exposição de dados sensíveis, os usuários terão maior tranquilidade ao realizar transações
Outra vantagem em termos de segurança é que o consumidor consegue visualizar no celular o valor a ser debitado, antes de aprovar a transação. Já nos atuais pagamentos por aproximação do cartão, o valor é mostrado apenas nas maquininhas, que também podem ser sujeitas a fraudes.
Facilidade para empresas na gestão de recebimentos. Para empresas, especialmente no setor de varejo e serviços, o Pix por Aproximação simplificará a conciliação financeira e reduzirá custos com outras formas de pagamento, como maquininhas de cartão e boletos bancários. “Isso sem falar que, na transação instantânea, o recebimento é imediato. Isso pode resultar em uma maior margem de lucro e menor dependência de intermediários financeiros”, acrescenta o executivo da Pluggy.
Expansão do uso do Pix no transporte e serviços. A nova funcionalidade permitirá que meios de transporte coletivo, como ônibus e metrô, adotem o Pix de forma ainda mais prática, como uma alternativa direta aos bilhetes eletrônicos e cartões de transporte. E serviços como pedágios e estacionamentos poderão ser pagos de maneira mais fluida e sem atrito.
Sobre a Pluggy
Fundada em 2020, a Pluggy alcançou relevância nacional ao capturar e enriquecer dados do Open Finance e, desde maio de 2024, passou a combinar este serviço com soluções de pagamento para clientes que atuam com gestão financeira empresarial. Recentemente, também recebeu autorização do Banco Central para atuar como Iniciador de Pagamento (ITP).
Dentro do conceito de Embedded Finance, combinando serviços bancários e Open Finance, permite que empresas de qualquer segmento ofereçam serviços financeiros aos clientes de forma simples e democrática. Seu produto, de pagamentos em lote, tem integração segura e eficiente de dados financeiros e pagamentos via APIs.
Como provedora de infraestrutura para o Open Finance, por meio de um conjunto de APIs, conecta com segurança dados consentidos das pessoas com empresas interessadas em fazer negócios neste sistema aberto. No portfólio, estão conector, categorizador, solução de portabilidade de crédito e de portabilidade de previdência.
A Pluggy já passou por diversos programas de aceleração como Y Combinator (Vale do Silício), Plug and Play, Oxigênio Aceleradora (Porto Seguro), Liga Ventures e Lift Lab (Banco Central).
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