Produtores de café do Sudeste buscam cada vez mais proteção para lavouras

As mudanças climáticas e seus impactos sobre as lavouras tem levado produtores rurais, especialmente da região Sudeste, a buscar formas de proteger a produtividade do campo contra vários tipos de riscos, como secas, granizo, geadas, variação de temperatura, ventos fortes e chuvas excessivas. Esse cenário se reflete na busca por seguros agrícolas cada vez mais abrangentes.

“O mercado do café, sobretudo em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, tem demandado proteção contra os diversos riscos climáticos e isso tem se intensificado nos últimos anos. O seguro agrícola é uma ferramenta fundamental de mitigação de riscos, e, consequentemente, de proteção financeira aos produtores rurais, contribuindo para a estabilidade do agronegócio brasileiro, que representa cerca de 25% do PIB nacional”, comenta André Lins, vice-presidente de Agro da Alper Seguros.

Como Lins destacou, ao proteger suas lavouras, os produtores reduzem a incerteza relacionada aos eventos climáticos adversos, garantindo estabilidade econômica mesmo diante de perdas de produção. Para o produtor rural, os benefícios são diversos, como a criação de uma rede de segurança financeira em caso de danos às lavouras e a recuperação dos investimentos realizados na produção. Isso é especialmente relevante em culturas de ciclo longo, como o café, onde os custos envolvidos são altos e os impactos de uma safra perdida podem ser devastadores para o negócio.

“A proteção também promove uma gestão mais eficiente dos riscos, permitindo aos produtores planejar suas atividades com maior segurança e previsibilidade, o que contribui para a sustentabilidade do agronegócio, ao mesmo tempo em que fortalece a economia das regiões produtoras”, acrescenta Lins.

No contexto específico do mercado do café, a proteção contra os diversos riscos climáticos é fundamental para a manutenção da competitividade e da rentabilidade do setor. O café é uma cultura suscetível a uma série de fatores climáticos, e o seguro agrícola se apresenta como uma ferramenta essencial para mitigar esses riscos e garantir a continuidade da produção.

Diante desse cenário, a oferta de seguros agrícolas adaptados às necessidades específicas dos produtores rurais é essencial. Alguns modelos de seguro oferecem coberturas diferenciadas, permitindo que os agricultores escolham a opção mais adequada às suas demandas e realidades os principais modelos são:

Risco nomeado: contrato anual que possui coberturas básicas de proteção da planta contra o granizo, podendo ser ampliado para incluir geada, quebra de safra futura e fitossanitário (cobertura que auxilia na diminuição dos custos relacionados a aplicação de defensivos agrícolas, necessários após dano de granizo ou geada );

Multirrisco: oferece coberturas mais abrangentes, incluindo seca, excesso de chuva/tromba d’água, ventos fortes ou frios, variação de temperatura e incêndio. Com vigência de 365 dias, a apólice encerra-se com a colheita, considerando como assegurada a produtividade. A indenização é baseada na perda parcial ou total da produção de café, sendo calculada em sacas e valor da saca previamente definidos;

Paramétrico: apresenta contra falta ou excesso de chuvas, dias secos ou chuvosos consecutivos, sendo parametrizado pelo índice da região do cliente. Com cobertura em todo o Brasil, esta apólice flexível não possui uma vigência pré-determinada, permitindo que o cliente escolha o período e a duração da proteção desejada. Em caso de sinistro, a regulamentação é feita via satélite, proporcionando ao cliente uma indenização de acordo com os valores e percentuais acordados na apólice.

Em suma, o seguro rural desempenha um papel crucial na proteção das lavouras contra os riscos climáticos, proporcionando benefícios tanto para os produtores rurais quanto para o conjunto da economia agrícola.