Liderança do futuro: o que os CEOs podem esperar ao longo dos próximos anos?

Esse dia a dia se torna cada vez mais difícil. Nos últimos anos, essas figuras de liderança tiveram que lidar com pandemia, dificuldades nas cadeias de abastecimento, guerras em diferentes países, inflação e outras adversidades.

Além desses desafios, eles ainda precisam entender uma geração disruptiva, com novos dilemas e necessidades e que estão entrando no mercado de trabalho. Interna e externamente, é fundamental estar atento a tudo o que acontece.

Não que isso não tenha sido uma demanda das lideranças no passado. Porém, as mudanças nunca aconteceram de forma tão rápida, assim como o fluxo de informações jamais foi tão intenso.

Lidar com essa quantidade de dados, insights, tecnologias e sugestões passou a ser um obstáculo, assim como o desafio de lidar com gerações muito diferentes trabalhando juntas. É cada vez mais comum termos pessoas muito jovens e outras com mais idade ativas no mercado de trabalho.

Esses ingredientes exigiram das figuras de liderança uma mudança de comportamento, posicionamento e habilidades, assim como novas prioridades. Você já sabe quais são elas? Eu tenho uma opinião e, a seguir, compartilho algumas delas, como:

Saber usar a Inteligência Artificial Generativa em prol do negócio

Esse é o grande desafio dos próximos anos. Com a popularização das soluções com base em IA Generativa, milhares de empresas ao redor do mundo já usam interfaces simples para transformar suas práticas cotidianas e melhorar a experiência do cliente.

Segundo a McKinsey, a IA Generativa vai impactar de 60% a 70% do tempo dos profissionais, isso vai refletir diretamente na produtividade e na operação das organizações. No entanto, não basta apenas usar a tecnologia. O desafio do CEO é entender como ela pode beneficiar o negócio, como escalar o uso da tecnologia e de que maneira as ferramentas vão remodelar o setor.

Lidar com as novas gerações no mercado de trabalho

Existem diversos estudos que falam sobre a mudança de comportamento, interesses e necessidades dos jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Por mais que o CEO provavelmente não atue diretamente na gestão dessas pessoas, é importante fornecer orientações para que gerentes, supervisores e coordenadores saibam como liderar esses novos profissionais.

Para termos uma ideia, dados da Forbes mostram que os representantes da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) serão 25% da força de trabalho global até o fim de 2025. Cuidados com bem-estar, manutenção do aprendizado contínuo e gestão humanizada são pontos importantes neste novo cenário.

Tomar decisões melhores na chamada “Era da Urgência”

A tomada de decisões custa, para uma empresa típica da Fortune 500, aproximadamente US$ 250 milhões por ano. Já imaginou? E mais! Conforme a McKinsey, os executivos gastam em média 40% do seu tempo tomando decisões e 60% deles dizem que o tempo dedicado a esse processo ainda é mal utilizado.

Diante de mercados cada vez mais competitivos, saber escolher de forma rápida e correta será um grande diferencial para as empresas e, por isso, essa é uma das prioridades para os CEOs no futuro. No entanto, atingir esse objetivo pode exigir mais do que qualidade. Na verdade, será essencial o equilíbrio entre tecnologia, processos e uma cultura de dados bem estabelecida.

Compreender o significado de sucesso para a sua empresa

É curioso, pois muitas lideranças dizem que crescer é uma tarefa dos CEOs, mas o caminho para atingir esse objetivo não é tão claro. Conquistar uma participação relevante no mercado, expandir a marca para novos segmentos, estar mais próximo dos seus clientes, otimizar os processos e qualificar a entrega dos produtos e serviços, por onde devemos começar?

Ter foco diante de um fluxo gigante de informações é um dos principais objetivos das lideranças nos próximos anos. O que nós sabemos é que a tecnologia estará presente em qualquer um desses cenários e saber como utilizá-la já não é um diferencial, porém algo essencial na busca por melhores resultados.

Liderar nunca foi uma tarefa simples…

E cada vez mais, esses profissionais estão buscando maneiras de se qualificar e aprender diferentes formas de manter a organização dos processos, fortalecer a cultura e fazer a gestão de maneira humanizada, motivando a equipe na busca pela excelência.

Claro, essas são algumas das prioridades que levantei com base em estudos e pesquisas compartilhadas por institutos nacionais e internacionais. Existem outras e caso se lembre de alguma, você pode ficar à vontade para compartilhar nos comentários.

Por esses e outros motivos, os CEOs e outras lideranças devem buscar formas de compreender o cenário dentro e fora da empresa, sempre preparados para agir em qualquer adversidade.

Essa visão sobre o futuro é fundamental para manter a empresa relevante em seu segmento.

Sobre Cristovão Wanderley

Cristovão Wanderley é sócio-diretor da Stratlab Inteligência Digital, responsável por inovação, estudo de tendências de tecnologia e adoção de novas ferramentas, além de desenvolver estratégias de negócio por meio do marketing digital. É especialista em análise de dados para que informações sejam traduzidas em ações que resultem em aumento de ROI, receita e geração de leads. Desde 2023 faz parte do grupo Editorials do LinkedIn.