Equipe multidisciplinar na saúde: entenda o papel das lideranças e os diferenciais

Contar com um time diverso e criativo traz grandes benefícios para equipes, colaboradores e, consequentemente, usuários. Um estudo realizado pela McKinsey indica que as empresas que se preocupam com essa questão têm 80% mais chances de promover confiança e diálogo aberto, além de 73% mais possibilidades de desenvolver culturas que beneficiam o trabalho em equipe e 66% mais chances de promover a inovação, que nada mais é que um resultado de curiosidade, mais dedicação e muita criatividade.

Diante desse cenário, na área da saúde, investir em equipes multidisciplinares - médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos - possibilita grandes avanços. No entanto, primeiramente, é importante entender os benefícios desse time.

Compostas por pessoas que se complementam, cada uma delas conta com habilidades, técnicas, vivências, personalidades e competências diversificadas e de formações variadas, trazendo diferentes perspectivas e contribuindo para soluções inovadoras e caminhos fora do comum.

Mas é fundamental ressaltar o papel da liderança para uma melhor fluidez do trabalho e das demandas das equipes. Como gestor de uma Organização Social de Saúde (OSS), que investe em ações de prevenção e promoção à saúde, incentivo que os líderes passem confiança, motivação e, principalmente, sigam o plano estratégico da empresa e implantem ambientes de trabalho criativos, adaptáveis a mudanças e atentos às mais diversas transformações tecnológicas, fortalecendo a cultura de melhoria contínua e a otimização de processos em cada área da instituição. Diga-se de passagem, para a obtenção de melhores resultados, o melhor é que seja de baixo para cima, contagiando os colaboradores e engajando-os na missão e nos propósitos.

Além disso, qualificamos as nossas lideranças e forças de trabalho com respaldo na ciência, técnica e dados, tendo como objetivo a excelência na gestão, qualidade dos serviços prestados e preservação da segurança de pacientes e colaboradores, ofertando, assim, atendimento e tratamento dignos, humanizados e acolhedores, levando em consideração os atributos básicos da comunicação, autonomia e integralidade do ser.

Mesmo as equipes autônomas, elas devem atuar de forma próxima, oferecendo feedbacks sempre que necessários e entendendo os desafios de seus liderados. Incentivamos, ainda, a liberdade e o aprofundamento em tópicos que vão além da carreira e que possam resolver desafios propostos pela gestão. E o que isso significa? Que várias pessoas podem pensar na mesma solução, mas com perspectivas, análises e estratégias diferentes, principalmente em momentos mais desafiadores.

Agora, para ampliar a produtividade do time e garantir que as entregas sejam positivas para os resultados da empresa, é preciso que os papéis de cada integrante sejam bem definidos, bem como os indicadores de performance, além dos treinamentos contínuos de desenvolvimento. Dessa forma, há a oportunidade de maximizar pontos positivos e aperfeiçoar habilidades e competências, gerando mais motivação, satisfação e engajamento aos colaboradores.

Vale mencionar ainda a importância de reuniões periódicas entre líderes e liderados, na qual os colaboradores mantêm uma comunicação aberta, pautam os tópicos importantes sobre o seu trabalho, recebem feedbacks de sua gestão e trazem, também, suas percepções sobre projetos e demandas.

Por fim, para gerenciar uma equipe multidisciplinar com qualidade, é necessário também o uso de plataformas de gestão de desempenho. Por meio delas, as pessoas têm a oportunidade de identificar como os seus objetivos e suas entregas se alinham com os da empresa, promovendo maior clareza para todo o time.

* Ademir Medina é CEO do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”)

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