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2023: o ano da liderança feminina

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Por Lourdes Manzanares*

Em 2021, o número de mulheres que ocupavam cargos no topo da pirâmide organizacional era de 31% - o maior índice da história – e, no mundo, 90% das empresas contavam, ao menos, com uma mulher na liderança. 26% dos CEOs e diretores gerais no mundo eram mulheres, sendo que essa quantidade era de apenas 15% em 2019.

A revista Fortune Global 500 do mesmo ano, publicação que reúne a classificação das maiores corporações por receita em nível global, publicou que 23 mulheres ocupavam o cargo de CEOs, entre elas, seis negras.

Já em 2022, a quantidade de CEOs subiu para 32, sendo que a maioria das mulheres em sênior management foram localizadas na África, região seguida da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), América Latina e Europa.

Apesar das numerosas iniciativas para reforçar o rol feminino de liderança, continuamos subrepresentadas nas estruturas governamentais e, também, nas corporativas, o que me faz levantar uma questão: como melhorar os índices, uma vez que o talento e as habilidades não têm gênero?

Para desenvolver mulheres líderes e empreendedoras, é preciso impulsar iniciativas de capacitação, educação contínua e competitividade. É necessário, ainda, garantir igualdade nos programas de oportunidades de desenvolvimento profissional, gerar uma cultura inclusiva, permitir flexibilidade horária para que sejam valorizados os resultados em performance, e não as horas de presença.

Neste sentido, a pandemia foi uma grande chance para mulheres empreendedoras e executivas. Nesse período, as empresas se abriram para uma mudança importante em seus hábitos tradicionais de avaliação de performance, antes baseados em quantidade de horas trabalhadas. As companhias flexibilizaram e fizeram surgir novos modelos de avaliação, agora focados nos resultados e responsabilidade.

Por um lado, as próprias mulheres precisam se mobilizar e se motivar para entrar no mercado competitivo e, por outro, as empresas devem estar abertas para os resultados que serão colhidos.

A Agência Internacional do Trabalho, em um informe de 2021, mostrou o efeito positivo de incorporar líderes femininas. Uma pesquisa com 13 mil empresas de todo o mundo confirmou que, três em cada quatro corporações do setor privado que incorporaram mulheres, aumentaram a produtividade de 5 para 20%, sem precisar aumentar os recursos econômicos ou humanos. O levantamento também mostrou que 54% das empresas têm experimentado visões mais criativas e inovadoras, 57% apontaram que as executivas conseguiram reter profissionais e, ainda, atuaram como captadoras de novos talentos, além de terem melhorado a imagem externa e o perfil humano por meio da empatia e orientação às pessoas, características indispensáveis de um líder.

Esses números reforçam o que, nós mulheres, já sabemos há muito tempo. Somos multidisciplinares e temos grande capacidade para fazer alianças e criar relações humanas, não só na empresa, mas também junto aos fornecedores, clientes e sociedade. Temos um papel fundamental de geração de espaços de trabalho e lideranças mais equitativos e inclusivos, com maior sensibilidade, o que nos aproxima das pessoas e nos garante expressividade.

As corporações precisam de equipes diversas e inclusivas. É isso que caracteriza um ambiente corporativo mais justo e equitativo. A força de trabalho é a maior prioridade de uma corporação, inclusive mais importante que os próprios clientes, e as mulheres aparecem como líderes na comunicação, com uma liderança horizontal na qual o colaborador e a equipe são os verdadeiros agentes de mudança. A mulher não precisa, nem deve, se adaptar aos modelos de liderança, mas conservar sua essência e sensibilidade.

Encerro com mais alguns dados que provocam reflexão: o levantamento da Grant Thorton International mostra que, no Brasil, 34% dos cargos de liderança em empresas de médio porte são exercidos por mulheres, ficando acima da média mundial, que permanece em 29%. As líderes femininas trabalham como figuras inspiradoras para muitas outras mulheres e, de forma indireta, auxiliam no combate à discriminação.

Ter uma representatividade equiparável é crucial para discutir igualdade de gênero, salarial, licença maternidade e inúmeras outras questões sociais. Afinal, uma sociedade só consegue ser igualitária, justa e ter um crescimento econômico sustentável quando é pautada pela inclusão baseada nas pessoas, e não no gênero.

*Lourdes Manzanares é diretora geral da Interprint do Brasil e ocupa uma das cadeiras do Conselho da AHK Paraná (Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha)

Sobre a AHK Paraná – Estimular a economia de mercado por meio da promoção do intercâmbio de investimentos, comércio e serviços entre a Alemanha e o Brasil, além de promover a cooperação regional e global entre os blocos econômicos. Esta é a missão da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná), entidade atualmente dirigida pelo Conselheiro de Administração e Cônsul Honorário da Alemanha em Curitiba, Andreas F. H. Hoffrichter.


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