Se o Brasil fosse uma marca, como seria sua gestão de crise reputacional?
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Milena Job
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* Luís de Magalhães
Embora não debatemos com tanta frequência, todos sabemos a importância de uma boa reputação. Na verdade, aprendemos isso na escola, desde crianças. Não devemos falar palavrões. Devemos sempre dizer obrigado. Entre muitas outras coisas que ajudam as pessoas a terem uma boa percepção sobre nossa pessoa.
No mercado, o racional é o mesmo. Para uma startup, por exemplo, convencer o mercado de que a empresa é sólida e inovadora ajuda a atrair investidores e dar mais fôlego ao negócio. Já para marcas maiores e consolidadas, uma percepção positiva do mercado pode ter um impacto robusto na conquista de market share.Porém, quando olhamos para o país como um todo, onde estaríamos do ponto de vista reputacional?
Como o leitor deve imaginar, não estaríamos em lugar bom. Quando olhamos internamente, os brasileiros estão mais pessimistas. De acordo com o Edelman Trust Barometer de 2022, por exemplo, o governo é visto como uma força desagregadora por 59% dos brasileiros. Já a mídia, para 43%. Outra pesquisa, essa do Datafolha, mostrou que no final de 2022 os brasileiros estavam mais pessimistas com a economia.
Mas para isso, não precisamos de números, certo? Basta conversarmos entre nós para ouvirmos que tudo está caro, está muito perigoso, entre diversas queixas. Em resumo, o brasileiro está cansado.
No exterior, a percepção também não é boa. A polarização política, o desmatamento, a corrupção, além da violência e dos recentes atentados terroristas à democracia são os temas mais associados ao Brasil no noticiário, de acordo com o Índice de Interesse Nacional.
Em resumo, se o Brasil tivesse uma agência, não tenha dúvidas de que o foco do momento seria gestão de crise reputacional.
E como uma boa gestão de crise, o primeiro passo seria retomar o controle da narrativa. Se a percepção é de que o Brasil é uma bagunça, mostrar iniciativas proativas de arrumar a casa seria indispensável neste momento. Culpar a gestão anterior, por mais que faça sentido lógico, não ajudaria na conquista dessa confiança. O baile tem que seguir.
Além disso, a transparência é indispensável. Sigilos centenários, desinformação e uma comunicação confusa e pouco assertiva só aumenta a desconfiança. Assumir os erros e propor soluções aumenta a credibilidade e aproxima o receptor da mensagem.Outro ponto é que a comunicação positiva precisa ser recorrente. Fomentar o ódio não só não acrescenta em nada, mas gera instabilidade. Precisamos de dados de crescimento, evolução, aceleração. Se não temos, o que estamos fazendo para conseguir? Isso tudo precisa estar na pauta dos responsáveis pela gestão do país, seja na esfera federal, estadual ou municipal.
Uma gestão de crise só funciona quando é levada a sério. Não há espaço para achismos. Sem reputação, não há evolução.
* Luís de Magalhães é sócio e head de PR da MOTIM. Com mais de 10 anos de mercado, já trabalhou na reputação de grandes marcas como Samsung e Citroën no Brasil e na América Latina.
Na aceleradora é responsável por criar estratégias de reputação para empresas de inovação e tecnologia que estão revolucionando o mercado, como NotCo, Glorify e Freeletics.
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