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O cenário econômico mundial permanece desafiador

O Reino Unido apresentou um pacote de estimulo fiscal expressivo, o que trouxe um aumento na curva de juros de 200 bps. A Alemanha apresentou um pacote de cerca de 5% do PIB e os Estados Unidos aumentaram a taxa em 75 bps para 3,25%.

“Parte do fiscal vem para subsidiar diretamente o preço da energia, o que também impede a correção da quantidade frente à alta dos preços

Os acontecimentos no Reino Unido foram destaque nos mercados globais em setembro. O novo governo conservador de Liz Truss apresentou um pacote de estimulo fiscal expressivo, estabelecendo a estratégia de aumento do impulso fiscal diante do choque de oferta nos últimos meses. A curva de juros chegou a subir 200 bps, mas se acomodou parcialmente depois do Banco da Inglaterra anunciar operação de compra de ativos de curto prazo. Além do Reino Unido ser muito conectado com o resto do mundo pelo canal financeiro, esse episódio foi importante por expor o que tem sido uma reação frequente entre os governos ocidentais: a expansão fiscal em momento de aperto monetário, onde países com quadro fiscal mais frouxo necessitam uma política monetária mais apertada, por mais tempo, para reverter a espiral inflacionária.

Na Zona do Euro, o destaque foi o pacote anunciado pela Alemanha. Ainda que maiores detalhes não sejam conhecidos, a promessa de Olaf Scholz foi de um pacote de 200 bilhões de euros com estímulos distribuídos pelos próximos 2 anos. Para o Banco Central Europeu, resta um balanço desafiador, diante de inflação que acumulou 10% em setembro, sem sinais de arrefecimento. A atividade demonstrou fraqueza, principalmente nos indicadores qualitativos, porém o impulso fiscal pode novamente segurar o ciclo e atrasar a desinflação. Diz o economista Felipe Bernardi Capistrano Diniz, “de fato, parte do fiscal vem para subsidiar diretamente o preço da energia, o que também impede a correção da quantidade frente à alta dos preços. Por outro lado, há pacotes de transferências de renda, contraproducentes para as autoridades monetárias”.

Nos Estados Unidos, o FED aumentou a taxa em 75 bps para 3,25% e a comunicação mais dura sinalizou alta adicional de 75 bps na próxima reunião de novembro. Os dados de atividade continuam mostrando resiliência do consumo de serviços. Ainda tem-se o patamar de 4,5% de juros como o mais provável, devido à desaceleração da economia global imaginada na entrada de 2023. O risco, contudo, é de necessidade de alta mais pronunciada pela persistência da inflação. De todo modo, se antes via-se com clareza a necessidade de ajuste na precificação da curva de juros de mercado, hoje ela parece mais ajustada.

O Brasil passou o mês de setembro acompanhando as pesquisas eleitorais. A apuração do primeiro turno mostrou uma corrida presidencial apertada e composição de Congresso ainda mais ao centro. Para Felipe Bernardi Diniz, independentemente do vencedor, o próximo presidente deve iniciar o mandato com sinalizações de austeridade fiscal. Afinal, diante do mandato de quatro anos, não há por que iniciar o processo com uma piora da percepção de risco país. Ademais, o atual arcabouço legal e regulatório dos governos e das estatais dificulta arroubos nesse sentido. Nos juros, o BC terminou o ciclo em 13,75%, como era a expectativa do mercado. A inflação corrente tem trazido surpresas positivas, e o processo de afrouxamento monetário deverá ocorrer apenas em meados de 2023.


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