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O que “são” uma seguradora?

Artigo de Luiz Jurandir Simões de Araujo, colunista do Denarius (Boletim Econômico Financeiro da FipeCafi Projetos)

O aparente erro de concordância verbal do título foi de propósito, instigado pelo mote desse artigo: os vários processos cotidianos que uma seguradora gerencia, em particular somados às exigências do IFRS17, abrem espaço para uma seguradora ser uma atriz com vários personagens na mesma peça.

De forma bem esquemática e rápida, uma seguradora, diariamente, prospecta e organiza todas as informações viáveis e consistentes que ajudem a estimar a probabilidade de ocorrerem eventos futuros (mortes, incêndios, falências etc.) e as suas potenciais perdas (severidades), em geral, financeiras.

Com esses números ela define quanto os segurados devem pagar (em prêmios) para que, os que sofrerão essas perdas, recebam indenização (subsidiada pelos que não sofreram). A esse contrato social entre as partes, os atuários dão o nome de mutualismo. Como cada agente econômico é um elo de complexas correntes de trocas e contratos, aquele que sofrer algum infortúnio terá uma indenização para ajudar-lhe a manter-se e assim não enfraquecer as correntes de que faz parte.

Uma seguradora é, portanto, por dever de ofício, uma observadora sagaz do futuro e uma solda que ajuda a fortalecer os elos que foram enfraquecidos por vicissitudes. Observar o futuro? Clarividência? Charlatanismo? Não! Probabilidade, muita informação, muita perspicácia nas suas estimativas.

As seguradoras dão à luz as mais criativas ferramentas institucionais para oferecer à civilização métricas (em geral, probabilísticas) e tecnologias (produtos financeiros) que fortaleçam a manutenção e sustentabilidade das inúmeras e complexas inter-relações entre empresas, instituições, famílias, pessoas e governos.

Nesse ponto do artigo fica claro o porquê do “são” ao invés de “é”, que foi usado no título. Porque uma seguradora pode ser muito mais do que é, em geral, hoje. Ela sempre teve de precificar muito bem os riscos (probabilidades de ocorrência e severidades) dos seus clientes antes de assinar o contrato e, com o IFRS17, terá de acompanhar todas as informações para aferir e reprecificar se as estimativas iniciais se mantêm válidas.

Portanto, a seguradora mira o olhar para o futuro, para a sustentabilidade, para a disciplina corporativa, para a solidez das políticas públicas. Com esse olhar arguto poderá estimar muito melhor os impactos que a insensatez provoca e terá de manter essa argúcia diariamente.

Esse olhar inteligente sobre o futuro nutrirá muitos outros atores da economia. Os agricultores terão informações e tecnologias para mitigar seus riscos, as mineradoras saberão onde posicionar seus refeitórios para não colocar em perigo centenas de funcionários, os pequenos empresários terão indicativos (por exemplo, nível do prêmio cobrado) para alguns riscos que correm. Inúmeros atores (privados e públicos) poderão perguntar às seguradoras quais escolhas são mais sustentáveis, éticas e responsáveis e quais são mais inconsequentes e desagregadoras. Quais levarão a um futuro mais justo, digno e responsável.

Esse fluxo contínuo de mergulho nas informações que o IFRS17 cobra, exigirá um esforço árduo das equipes das seguradoras, mas o legado que ficará vai mudar muitos patamares, inclusive, civilizatórios.


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