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Cresce adesão ao trabalho híbrido no Brasil: veja como as empresas estão estruturando rotinas de trabalho mais flexíveis

Projetos piloto e a utilização de diferentes ferramentas de comunicação e gestão de workplace servem de base e dão segurança para a expansão deste modelo de trabalho em 2022

Prestes a completar dois anos de adaptações em meio a pandemia de Covid-19, é cada vez maior o número de empresas brasileiras que indicam adotar o escritório híbrido de forma permanente. O modelo que combina a prestação de serviço remoto com períodos de atividade em ambientes físicos de trabalho começou a despontar à medida que houve avanço na vacinação, redução no número de casos da doença e a retomada gradual para o presencial. O crescimento faz com que mesmo sob o efeito de diferentes variantes e novas ondas de transmissão, pesquisas de mercado já indiquem que, mesmo quando houver controle da pandemia, essa nova realidade deve permanecer e transformar o mercado de trabalho.

Empresas mais atentas, em especial startups e do setor de tecnologia — essencialmente disruptivas, já começam a estruturar e atualizar seus métodos de trabalho. As medidas visam reduzir custos com aluguel e itens de escritório (e aplicar em outros investimentos), manter a produtividade, atrair talentos de diferentes lugares e obter bons resultados para o negócio. A iniciativa estimula ainda o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores.

A HR tech Pulses - plataforma que permite acompanhar o clima organizacional, engajamento e performance das equipes, aponta para essa direção por meio da pesquisa Termômetro do Novo Normal, que mede a percepção dos colaboradores sobre como estão se adaptando ao novo formato de trabalho (híbrido ou home office), com perguntas sobre saúde mental, interação com o líder e sensação de segurança com as medidas adotadas pela empresa. A base de dados da ferramenta tem mais de 2 mil respondentes, e indica que 71% dos colaboradores que estão trabalhando na modalidade híbrida estão gostando muito do formato. Em comparação, só 49% dos que estão trabalhando presencialmente responderam que estão satisfeitos com o modelo.

Nas empresas, um dos impactos mais fortes vem da redução no tamanho dos escritórios físicos, o que já começa a demandar maior atenção nos setores de facilities e RH para otimização de equipamentos e espaços. Ferramentas de comunicação, gestão e serviços remotos estão avançando como nunca. Além disso, é crescente o número de empresas que já estruturaram modelos de trabalho mais flexíveis e estão obtendo novas experiências com a mudança para o sistema híbrido. Veja exemplos:

Desko: plataforma registrou 600 mil reservas de escritórios físicos em 2021

A tendência de fortalecimento do trabalho híbrido é confirmada por especialistas no segmento, como a Desko, plataforma líder em gestão do ‘workplace’ no Brasil, que conta com clientes como XP Inc, Nubank, iFood, Renault e BRF. Dados coletados pela plataforma mostram que, ao longo de 2021, houve viés de alta de check-ins na plataforma e adesão de reserva para uso de espaços nos ambientes físicos e agendamentos de posições de trabalho, salas de reunião, estacionamento, lockers e áreas colaborativas.

Segundo a Desko, a empresa mapeou mais de 2,5 mil andares de escritório em mais de 700 endereços, em 12 países. Desde o lançamento, em Janeiro de 2020, quase 150 mil colaboradores foram registrados na plataforma, totalizando cerca de 790 mil acessos em quase meio milhão de estações de trabalho e 57 mil salas de reunião. O ápice de acessos foi registrado em dezembro, pouco antes da descoberta da variante Ômicron, quando foram realizados, em média, 20 mil logins diários para reservas e check-ins em escritórios, sendo o recorde atingido no dia 7 de Dezembro de 2021.

“A Desko faz um controle, em tempo real, da ocupação das empresas conectadas a nossa plataforma de workplace, que reproduz no ambiente virtual a planta do espaço físico dos nossos clientes, com acesso tanto mobile como em desktop. Contabilizamos no ano passado mais de 200 novas contas de clientes, em sua grande maioria, empresas de tecnologia e startups-unicórnio. Atraímos, também, segmentos tradicionais como bancos, indústrias e escritórios de advocacia. Respeitadas as individualidades, isso indica que a adoção do híbrido está na pauta de organizações dos mais variados perfis.” aponta Mário Verdi, CEO da Desko. Com clientes em mais de 12 países no mundo, o próximo desafio é o lançamento da plataforma no mercado americano. “Os Estados Unidos têm um potencial gigantesco para adoção de uma solução voltada ao modelo híbrido de trabalho, mas, curiosamente, estão um pouco atrasados em sua adoção com relação ao Brasil, por exemplo”, completa Verdi.

Way2: espaço otimizado para uso flutuante

Em 2019, a Way2, empresa fornecedora de soluções tecnológicas para medição e gestão de energia, contava com 70 colaboradores. Agora já são cerca de 130 pessoas em mais de 30 cidades e 11 estados do Brasil. O aumento de mais de 85% no número de funcionários exigiu grandes mudanças na forma de trabalho da empresa: o espaço foi otimizado para uso flutuante. O escritório, localizado em Florianópolis/SC, fica aberto de segunda a sexta-feira, com 30% da capacidade máxima disponível. Um software é utilizado para controle de presença, onde o colaborador acessa pelo celular e escolhe o dia, horário e qual posição vai utilizar. “Todas as posições disponíveis contam com monitores e demais periféricos opcionais, sendo necessário trazer apenas o notebook de trabalho”, explica Marcelo Medeiros, gerente de Infraestrutura da Way2.

Como a maior parte da equipe trabalha em home office, a Way2 adotou o modelo "remote first". Se uma equipe estiver trabalhando presencial e uma pessoa estiver remota, a orientação é para que as reuniões sejam online. “Dessa forma, evitamos uma experiência diferente para qualquer participante”. Para o futuro, a tendência é de que os recursos de trabalho estejam cada vez mais hospedados na nuvem. “Está deixando de fazer sentido manter uma estrutura física grande e usar somente uma pequena parte”, destaca Marcelo.

Involves: projeto piloto validou migração para rotina flexível

Na Involves, retail tech que desenvolve soluções para indústria e varejo, desde o início da pandemia no Brasil, as operações presenciais foram suspensas e o trabalho remoto se tornou a realidade das mais de 240 pessoas colaboradoras. Com o avanço da vacinação, a empresa definiu que seguirá em modelo híbrido em 2022.

Para testar a retomada das atividades na sede, em Florianópolis, a Involves realizou um projeto piloto com 25 pessoas. Para isso, toda a sede foi adaptada para garantir a segurança das pessoas. A Diretora de Pessoas da empresa, Thuany Schutz, explica que além da colocação de frascos de álcool em gel em todas as dependências, foram colocadas sinalizações nas estações de trabalho liberadas para o uso com o objetivo de garantir o distanciamento adequado entre as pessoas. Nos elevadores e salas de reunião placas informam o número máximo de pessoas permitidas por vez.

Saraga Schiestl, analista de conteúdo na Involves, está participando do projeto piloto e conta que se sente segura com todas as medidas adotadas pela empresa. “Nós recebemos todas as orientações sobre como devemos usar a sede, com informações sobre higienização, além de equipamentos de proteção individual, como máscaras PFF2 e álcool em gel”, comenta.

A segurança promovida pela empresa no piloto também tem tornado os reencontros entre as pessoas mais leves. “Está sendo muito importante rever algumas das pessoas com quem trabalhamos durante esse período de pandemia. A Involves preza muito pelo cuidado com as pessoas colaboradoras e com o piloto de retomada da sede não está sendo diferente”, explica. O projeto piloto encerrou em dezembro e a Involves já está com a sede disponível para todas as pessoas da empresa que quiserem trabalhar presencialmente em 2022.

Stoque: diferentes tecnologias auxiliam gestão

A Stoque, empresa de tecnologia que desenvolve soluções de automação inteligente e digitalização de processos e documentos, já possuía um projeto piloto de trabalho híbrido antes da pandemia, o que ajudou a companhia a acelerar essa adaptação. Gabriel Costa Santos, gerente de Gente e Cultura, explica que o primeiro passo para implementar o modelo de forma permanente com a volta gradual ao escritório foi ouvir cada área para entender suas necessidades específicas. "Setores como o de back office e TI se adaptaram muito bem no regime remoto. Nas áreas onde temos desenvolvedores, inclusive, foi um fator de retenção, além de termos acesso a profissionais antes inatingíveis pelos limites geográficos. Já outros setores adotaram o regime híbrido de escala por precisarem de uma proximidade com áreas de apoio e clientes".

Com 54% dos colaboradores atuando no modelo híbrido ou 100% remoto, a empresa implementou tecnologias para auxiliar na gestão e tem trabalhado com times e gestores para a adoção de uma cultura remote first. Ferramentas de comunicação assíncrona, de planejamento de projetos em estilo Kanban e mural para visualização colaborativa e o compartilhamento de documentos em nuvem foram alguns dos métodos já adotados, além do aplicativo da Desko para a reserva de uso do escritório, que está em implantação. As reuniões, mesmo para quem vai ao escritório, também ocorrem em salas virtuais para a integração de toda a equipe. "Essas adaptações na rotina geraram um reskilling de competências, com os colaboradores aprendendo de forma ágil e rápida novos meios de se realizar as entregas. No entanto, para que o híbrido funcione, primeiramente é preciso que a empresa tenha uma cultura que dê autonomia com responsabilidade ao invés do microgerenciamento", analisa Santos.

HostGator: pesquisa interna foi decisiva para mudança

A HostGator América Latina, multinacional de hospedagem de sites e registro de domínio, manteve todos seus colaboradores trabalhando em formato home office desde o início da pandemia na cidade sede, em 16 de março de 2020. Depois de dois anos no modelo, diferentes vantagens do trabalho remoto foram observadas e, em pesquisa interna, o cenário foi confirmado — em resposta à pergunta “Como você gostaria de trabalhar?”, mais de 90% dos respondentes escolheu o modelo híbrido flexível, onde existe um alinhamento entre liderança e equipe para decidir quais dias as pessoas estarão no escritório. “Ou seja, o espaço físico passa a ser um hub, nos conectando em momentos específicos, conforme a necessidade”, explica Giulianna Boscardin, head de Pessoas da HostGator.

As economias da adesão ao novo modelo já foram mapeadas na casa de milhões de reais por ano, valor que tem sido convertido em benefícios tanto para a equipe quanto para o negócio. Ajuda de custo para o home office — equipamentos, aumento de vale refeição, bolsa de estudos, cursos do LinkedIn Learning, entre outros — e expansão de escopo, para atração de melhores talentos, são alguns exemplos. Hoje, a empresa conta com colaboradores que residem em 10 estados diferentes. “O formato permite que as pessoas não percam tempo se deslocando ao trabalho todos os dias, tenham mais tempo com a família e, consequentemente, maior qualidade de vida — o que impacta na rotina de um'', afirma Raquel Hanauer, Talent Acquisition da multinacional.


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