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Open Insurance é uma nova proposta de valor por seus dados

Christiano Sobral- Foto: Eudes Santana Christiano Sobral- Foto: Eudes Santana

Por Christiano Sobral, diretor-executivo do escritório Urbano Vitalino Advogados

Para quem acompanha jogos como o de Vôlei, sabe que, a cada sete, a pontuação começa zerada. Hoje, numa troca de plano de saúde, funciona da mesma forma. Seus hábitos de uso não são transferidos para quem vai suceder o serviço numa mudança eventual.

A ideia do Open Insurance é modificar essa característica. Ou seja, transformar seu histórico um fator para moldar a oferta de serviços que vai chegar para você.

Por esse sistema o usuário permitiria que um prestador conhecesse seus dados de utilização histórica em função de buscar uma melhor oferta, uma vez que, no final, o cálculo do valor a ser cobrado por um usuário será sempre influenciado por um cálculo de probabilidade chamado Esperança Matemática. Ferramenta que equivale a multiplicar o valor que se poderia gastar com a manutenção da sua saúde vezes a probabilidade de que você venha a usar.

É por isso, por exemplo, que se cobra mais dos mais idosos. Não sendo tanto pelo custo que se pode ter com eles, mas sim pela grande probabilidade de que eles precisem do serviço. Sendo o inverso com os mais jovens.

Entretanto, hoje, toda essa base é calculada a partir do grupo a que você faz parte. Estar num grupo de risco e não fazer uso do plano de saúde beneficia o conjunto, mas penaliza você. Isso por, em tese, com acesso aos seus dados históricos do plano anterior, ser possível adequar a oferta um pouco mais ao seu real nível de utilização.

A proposta não é de toda ruim, afinal quem não quer obter o mesmo serviço a um custo menor, não é verdade? Mas existe um risco embutido que precisa ser analisado.

Primeiro estamos falando de dados sensíveis segundo a lei atual de proteção de dados pessoais - a LGPD. Isso por ser tratar não só de dados que lhe individualizam, mas também que indicam o quão saudável, ou não, você é. Implicando nas operadoras em ampliar seus riscos para operarem esses dados entre elas.

Segundo por que pode levar a que se segregue as pessoas entre as que serão beneficiadas e as que não deverão ser, podendo justificar até futuras negativas pelas operadoras. Além de, ao extrair do grupo os que são mais rentáveis para os planos e lhes deixar pagar menos, onerar em excesso os demais e prejudicar a possibilidade de que tenham acesso à saúde complementar.

Numa extrapolação, isolar por completo aqueles que menos usam os serviços pode até inviabilizar a manutenção do prestador como um todo, ou tornar proibitivo ter que atender aos demais. Isso por ferir toda a lógica original sobre a qual esse tipo de atividade foi idealizada.

Está claro que, com a facilidade crescente do Big Data, esse deverá se tornar um caminho sem volta, e inovações como o Open Insurance vão surgir. Talvez, se não fosse pela trava legal que o livre compartilhamento de dados pessoais possui hoje, até ocorresse a nossa própria revelia. Não significando que devamos abraçar esses esforços sem cuidado e reflexão.

Hoje você pode se enxergar como uma pessoa forte e saudável, mas não deve se esquecer que somos apenas animais frágeis que evoluíram até aqui. Um simples vírus, que se quer dá para classificar como um ser vivo, pode lhe tirar a saúde, e até a vida, simplesmente por você precisar conviver e respirar.

Num futuro incerto, dependendo do possível benefício que se esteja oferecendo por seus dados, pode ser melhor negar. Mantendo a chance de, numa eventual troca, ver o placar zerado e não ser assombrado por seu uso passado.


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