Coriolano comentou sobre o comportamento do mercado de seguros que, no caso brasileiro, segundo o dirigente é cíclico e segue a economia brasileira, mas que durante o agravamento da pandemia fez um movimento contrário. “Chegamos ao final de 2020 com um crescimento de 1,3%, mas o segundo semestre de 2020 já prenunciava crescimento. Agora, em junho, estava em 12% como se explica? O sentimento de risco aumentou muito fortemente. Isso despertou o sentimento de finitude que alavancou o seguro saúde, o seguro de vida, mas também o seguro residencial”, explicou.

Ele destacou ainda que o setor de seguros está tendo um desempenho melhor que outros setores porque está respondendo às preferências da população. E, para o futuro, ele acredita que o setor pode ajudar mais na desoneração do estado. “Quanto mais pessoas comprarem previdência privada, usarem o seguro saúde, mais livre fica o caixa do estado”, enfatizou.

Sobre Open insurance, ele ressaltou que o market place que tem sido destacado já acontece há tempos no setor. “É nele que atuam as seguradoras, os corretores, os clientes, são transações entre as partes”, disse. Para ele, o que se coloca é o fator tecnológico que o setor já tem.

Nesse sentido, Ivan Gontijo concordou com Coriolano e ressaltou que o mercado segurador, no âmbito da previdência, na questão da portabilidade, é open insurance já há algum tempo. “A portabilidade na previdência é uma realidade que existe há anos e funciona bem. O consumidor saiu ganhando”, pontuou.

O executivo ainda comentou sobre o sandbox que, na visão dele, foi criado, assim como o open insurance, para atender melhor o cliente. “Tenho que ter um olhar diferenciado para o cliente que é digital e para ao cliente que é analógico e essa fase de transição faz a necessidade de um olhar diferenciado. Precisamos melhorar o digital para atender melhor o consumidor. Mas também precisamos melhorar o digital para dotar o corretor das ferramentas necessárias para agilizar o processo para que ele possa oferecer o que há de melhor para os clientes”, destacou.

Já Murilo Riedel, CEO da HDI, disse haver desafios e oportunidades no mercado. Ele destacou o relacionamento do mercado brasileiro. “Há boa relação mesmo entre concorrentes. Parte do ativo que temos no nosso mercado é como funciona bem no sentido de relacionamento entre empresas. É um ecossistema organizado”, disse.

O executivo também apontou para a transparência do mercado brasileiro. “O Brasil é um dos mercados mais transparentes do mundo. De forma oficial e organizada, os consumidores estão sendo analisados diariamente de forma consentida”, disse. Para ele, o uso dessa informação precisa ter algum tipo de proteção. “O mercado segurador investiu um dinheiro importante em informação e essa disponibilidade de informações financeiras gerou no mercado financeiro, de modo geral, uma matéria prima positiva para o desenvolvimento de produtos e estrutura de precificação bastante eficiente”, explicou.

Já o presidente do Sindseg PR/MS, Altevir Dias, falou do papel importante dos sindicatos do setor. “O papel do sindicato tem sido desafiador nos últimos anos. O papel mais importante é agregar valor aos seus filiados”, ressaltou.

Ele comentou sobre o trabalho feito pelos Sindsegs de todo o país de promover a cultura de seguros para que o mercado de ordem técnica ou política seja um guia. “Para não cairmos tanto no modismo, mas promover a inovação necessária, mas com cuidado necessário”, disse.

O evento, além do aniversário da entidade, marcou a abertura do canal no youtube.