Jornada de trabalho com quatro dias na semana já é uma realidade no Brasil
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Bruna Raicoski
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Nesta semana foi divulgado que a Islândia obteve sucesso gigantesco na diminuição de carga horária semanal, sem perder a produtividade. Na startup Crawly, esse formato acontece desde 2018
A Islândia aumentou sua produtividade de trabalho com a jornada de trabalho de quatro dias por semana. Mais de 2500 pessoas em 100 locais de trabalho participaram dos testes apoiados pelo governo e não foi registrada nenhuma perda na produtividade, conforme os testes divulgados recentemente a respeito da redução de horas na jornada semanal.
Aqui no Brasil esse formato de 4 dias por semana ainda não é realidade na maior parte das empresas, mas algumas adotaram e os resultados estão sendo positivos. Na Crawly, startup pioneira no Brasil no desenvolvimento de soluções para busca, coleta e análise de dados não estruturados em grande escala para inteligência de negócios em empresas, grande parte dos funcionários trabalha quatro dias por semana desde 2018, além de 100% da equipe ficar de home office.
Segundo Pedro Naroga, cofundador e CTO da Crawly, ainda não são todas as áreas contempladas com jornada semanal menor, por uma questão de estrutura, mas a ideia é que no futuro 100% da empresa possa trabalhar apenas 4 dias. Assim como também na Microsoft Japão, mais de 90% dos funcionários da startup já atuam nesse formato.
“Acreditamos que um dia a mais de descanso por semana e a adoção home office, possa contribuir para deixar as pessoas mais felizes, mais saudáveis, gerando assim um ambiente de trabalho mais agradável. E é comprovado que pessoas mais felizes, descansadas e saudáveis produzem mais. Além disso, é um excelente diferencial de mercado para apresentarmos durante os processos de recrutamento”, conta Pedro.
O executivo aponta também que estruturar a empresa pensando não somente no lucro, mas na qualidade de vida do funcionário, faz com que tenha menos rotatividade de equipe.
“Embora a gente sempre tenha adotado o modelo home office e jornada de trabalho de 4 dias, não tendo como comparar ao modelo tradicional, podemos dizer que funciona, pois no último ano tivemos apenas 1 pedido de demissão e uma equipe extremamente comprometida que ajuda no crescimento da empresa. Outra vantagem é que durante os processos seletivos contamos com um pool de candidatos do Brasil inteiro (e até alguns de fora, como já foi o caso). Isso nos traz vantagem competitiva, pois temos maiores e melhores opções na hora de contratar”, avalia.
Historicamente o formato de redução de horas é benéfico tanto para empresas como para funcionários. O modelo de cinco dias por semana, por exemplo, foi introduzido por Henry Ford em 1926, que descobriu que a produtividade e o lucro aumentavam com semanas de 5 dias — até então, os trabalhadores tinham um dia de folga semanal, no geral. Outro exemplo foi a fábrica da Kellogg's que reduziu os acidentes em 41% ao diminuir a jornada de horas.
Embora os resultados sejam positivos, também existem desafios. É preciso que a organização seja muito bem feita para que não fique nenhum “buraco” no atendimento. Na Crawly, é preciso combinar dentro das equipes quais serão os turnos de atividade de cada um. João explica que as equipes têm alguns colaboradores que trabalham de segunda a quinta e outros que trabalham de terça a sexta, por exemplo.
“Assim garantimos que sempre teremos um mínimo de pessoas durante todos os dias da semana. Foi necessário também criar processos internos de intercâmbio entre projetos e de plantões rotativos, para que consigamos continuar a garantir disponibilidade total e irrestrita de suporte técnico aos nossos clientes que trabalham com semanas tradicionais”, fala.
Para quem quer aplicar o formato tanto de home office como de jornada de trabalho de 4 dias na semana, a equipe da Crawly não só indica, como dá algumas dicas.
“Home office em geral requer um nível de maturidade individual maior que o modelo tradicional, presencial. É necessário estar atento não somente aos critérios técnicos, mas também aos de personalidade - a equipe tem maturidade suficiente para lidar com modelo remoto? As pessoas são individualmente responsáveis e autossuficientes? Existem pessoas na equipe que requerem uma atenção individual maior e que talvez tenham dificuldade em evoluir com a transição para um modelo remoto”, observa Pedro.
Com equipes em diferentes estados, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a Crawly encontra como um dos principais desafios a comunicação. Eles apontam que normalmente é mais "burocrática" em um modelo remoto do que no presencial. “Não dá pra ir até a cadeira do colega e fazer uma pergunta, por exemplo. Adicionalmente, são necessárias ferramentas e processos de comunicação mais explícitos do que nas empresas presenciais”.
Sobre o futuro, Pedro acredita que não somente as pesquisas já mostram que são modelos mais econômicos, mais produtivos, escaláveis e sustentáveis, como também é tendência cada vez maior em relação à valorização da equipe.
“Estamos passando por uma era com índices recorde de stress e de outras doenças mentais, como ansiedade e depressão. Então adotar modelo home office ou um dia a mais de descanso na semana, ajuda a combater esses novos males da vida moderna e as empresas serão aos poucos obrigadas a perceber que a adoção de modelos humano-sustentáveis não é apenas para as campanhas publicitárias, é uma necessidade na nossa sociedade”, finaliza.
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