Corretores são alertados sobre os riscos de invasões

Para alertar os corretores sobre o assunto, a entidade convidou Claudio Macedo, da Clamapi Seguros, corretora especializada em seguros de riscos cibernéticos. Ele destacou que os corretores também devem ficar atentos aos sistemas de suas corretoras porque eles também estão sujeitos a invasões, além de, claro, oferecer o produto a seus clientes.

Cláudio levantou algumas questões para que os corretores refletissem: “Se ocorrer um incidente de segurança você sabe o que fazer?”; “O site da sua corretora é seguro?”; “Seus funcionários estão treinados com relação à segurança da informação?”

Ele alertou que o corretor precisa cuidar disso para não perder negócios. “Tornar seu site seguro custa em média 100 reais por ano. Faça isso para não perder negócios”, alertou.

Cláudio disse ainda que a venda do seguro cibernético é consultiva. “Diferente de outros seguros, as pessoas não conhecem os riscos digitais”, afirmou. O executivo disse ainda aos corretores que participavam do encontro remoto que não tem como evitar o risco digital. “Muita gente acha que antivírus é suficiente e não é. Ele é o básico e não evita golpes sofisticados”, ressaltou.

Ele alertou ainda que o corretor de seguros não deve achar que apenas grandes empresas são alvos dos cibercriminosos. “Isso é mito”.. E ainda acrescentou que fazer backups são necessários, mas não evitam prejuízos como lucro cessante, despesas com advogados, investigação e os danos a imagem da empresa. Outro ponto destacado por ele é quem pensa que usar o ambiente em nuvem também está seguro.

O corretor alertou que com a pandemia e o aumento no número de pessoas trabalhando em casa, aumentou também os ataques, já que os funcionários estão fora da proteção proporcionada pela empresa.

Diante disso tudo, ele explicou que o corretor, ao cuidar de sua corretora, também tem argumentos de venda para oferecer o seguro de riscos cibernéticos a seus clientes. O atendimento do cliente começa com uma avaliação do risco. Para isso, ele tem de responder um extenso questionário A cobertura abrange responsabilidade por dados pessoais ou corporativos, custos de defesa, ou de despesas em caso de ataque, isso incluindo o pagamento de resgate e as despesas diretas que o cliente tem, entre outras coberturas.

Ele ressaltou ainda que as seguradoras oferecem diversos profissionais que podem dar suporte aos segurado no caso de um incidente de segurança cibernética como peritos forenses, investigação interna e outros.

Cláudio Macedo compartilhou com os corretores da UCS que no mês de julho vai lançar uma plataforma, “a primeira do Brasil focada em auxiliar na contratação adequada do seguro cibernético”, disse.

Ele explicou que a plataforma estará disponível para parcerias com corretores. “O corretor parceiro terá uma landpage própria com o seu logotipo, suporte na pré e pós-venda, além da divisão da comissão 50-50 por meio da co-corretagem. Vamos fazer uma trilha de conscientização por atividade. A ideia não é só oferecer o seguro, é conscientizar os clientes”, afirmou.

O presidente da UCS, Arno Buchli Junior, disse que o evento promovido pela entidade teve como objetivo mostrar aos corretores a importância do seguro de cyber risk para a corretora se proteger. “O corretor não pode correr o risco de perder o seu ganha pão”, disse.