Oratória: um desafio extra para os executivos brasileiros
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Por Juliana Algodoal, especialista em Comunicação Corporativa e PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho
Existe uma cultura entre nós, brasileiros, de que a oratória é um dom. Ou seja, uma característica nata de cada pessoa - e não uma habilidade. Como se fosse uma qualidade restrita a pessoas extrovertidas, falantes etc. "Coisa que Deus dá", como muitos dizem por aí.
A consequência disso recai sobre o ambiente corporativo. Grandes executivos, de grandes empresas, muitas vezes tendo péssimo desempenho em congressos, palestras, conferências, entre outros eventos do gênero.
Culpa deles? Nem tanto. Afinal, a consciência quanto à importância de saber se expressar bem em público chega tarde por aqui - e, às vezes, não há tempo para se aprimorar e, assim, evitar os constrangimentos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, desde muito cedo as crianças são incentivadas a falar em público e lidar com a exposição nas mais variadas ocasiões. As escolas oferecem aulas de oratória em todas as etapas de ensino.
Também há tradicionalmente desafios voltados ao público infantil; prêmios aos alunos que conseguem fazer o melhor discurso. Ou seja, motivação e reforço positivo para que eles se apresentem diante do público e descubram suas habilidades com a fala. E esse processo é contínuo nos demais períodos escolares, até a universidade.
O resultado todos sabem. Executivos americanos (sejam juniors ou sêniors) sempre vão muito bem em suas apresentações - inclusive em outras línguas.
E nós? Que lição tiramos disso?
A nós cabe, sobretudo, concordar que existe uma cultura equivocada sobre a oratória, aqui no Brasil. E que ela impacta o nosso ambiente corporativo. Afinal, gera custos de treinamento; atrasa a evolução de carreiras e, às vezes, até mesmo desperta impressão (injusta) de despreparo em relação aos executivos.
Empresas estrangeiras, aliás, custam a entender a necessidade de financiar este tipo de capacitação - justamente por se tratar de uma defasagem pouco comum a elas.
Portanto, é certo que, muito mais do que ‘dom’, é preciso treino, preparo e o conhecimento das técnicas de aprimoramento da fala.
O Brasil tem grandes profissionais da comunicação corporativa - muitos, inclusive, reconhecidos internacionalmente. Aqui, são desenvolvidas técnicas das mais inovadoras e difundidas no mundo inteiro.
O que falta (não resta dúvida) é desmistificar culturas equivocadas e antecipar ao máximo o contato dos nossos futuros executivos com a oratória - se possível, ainda na fase escolar.
Juliana Algodoal
Considerada uma das maiores especialistas em Comunicação Corporativa do país, Juliana Algodoal é PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho - Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem e fundadora da empresa Linguagem Direta*. Acumula mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de projetos que buscam aprimorar a interlocução no ambiente empresarial - tendo como clientes grandes companhias, como Novartis, Pfizer, Aché, Itaú, Citibank, Unimed, SKY, Samsung, Souza Cruz, dentre outras.
Também é presidente do conselho administrativo Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
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