Importante cálculos das Pequenas e Médias Empresas na hora de investir no modelo remoto ou híbrido de trabalho organizacional

A avaliação ainda é importante, já que, em março, o regime home office completa um ano no Brasil, ocasionado pelas medidas de distanciamento social. Esse modelo tornou-se rotineiro para muitos profissionais e tende a permanecer diante das incertezas ainda existentes em relação ao controle da pandemia. Diante disso, o modelo de trabalho híbrido ganhou bastante força, em que as pessoas exercem suas funções tanto em casa como nos escritórios. E isso tem ocorrido em diversos meios, como no caso profissional e/ou acadêmico.

Segundo o levantamento da Fundação Instituto de Administração - FIA, cerca de 46% das empresas brasileiras adotaram o regime home office no período da pandemia e buscam cada vez mais aprimorar a sua gestão de equipe à distância.

Com esse cenário de incertezas e desafios, muitos questionamentos ainda têm surgido entre executivos e profissionais, principalmente das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) sobre o destino do trabalho. São dúvidas importantes e que precisam ser esclarecidas antes de iniciar os investimentos em um diferente modelo de trabalho definitivo. A decisão tem como premissa não prejudicar as atividades das corporações, além dos possíveis prejuízos financeiros.

Entre as dúvidas existentes, há exemplos de questionamentos como as empresas estão preparadas para a perpetuação desse modelo de trabalho remoto? Quais serão os investimentos primordiais para que o modelo híbrido ou home office faça parte da rotina das corporações? O que podem avaliar como perdas e ganhos para esses investimentos? Que cálculos são necessários para quem pensa em adotar a atividade híbrida ou remota?

A engenheira que atua no mercado financeiro há mais de 20 anos, Silvia Brunelli Machado, tem realizado um trabalho de mentora e análise sobre o tema para as PMEs que pretendem adotar esse modelo de trabalho e gostaria de oferecê-la como uma opção de fonte para a pauta. Com experiência em organizações como Banco Garantia e Deutsche Bank, Silvia é co-fundadora da Rosenberg Investimentos e da Paraty Capital e atualmente faz análises sobre investimentos financeiros, com foco na concepção comportamental de cada cliente. A sua avaliação tem como objetivo orientar as pessoas a verificarem, de maneira pessoal, o que precisam mudar em suas atitudes pessoais, antes de realizar um determinado investimento.

Com consultoria para PMEs de diversos segmento, a mentora indica que as premissas para aplicar o trabalho remoto ou híbrido organizacional definitivo estão relacionadas na obtenção - ou não - de economias com gastos iniciais e fixos de questões como espaços físicos, infraestrutura, sistema operacional e equipamentos. Essas análises iniciais trazem mais clareza na hora de colocar o projeto em prática e são importantes para os próximos passos de mudança.

"Há casos em que as empresas tiveram aumentos nos seus gastos mensais em questões operacionais como assinaturas de Internet dedicada (20%), serviços de telefonia (14%) e de TI (12%). Tudo para adequar as operações diárias corporativas às estruturas das casas do funcionários", explica Silvia.

Por outro lado, segundo a mentora, os ganhos das empresas com as adequações de trabalho são conferidos no aumento de produtividade, satisfação profissional e, principalmente, na qualidade dos funcionários. "Dependendo do projeto de migração para o trabalho remoto ou híbrido, as empresas conseguem obter uma economia entre 10% e 60%, além de uma produtividade com muita excelência, proporcionada pelo bom humor de seus colaboradores. Porém, essa mudança tem que ser boa para todos os envolvidos, porque há profissionais que preferem trabalhar na empresa. Por isso é importante conversar com os funcionários, antes de tomar a decisão", conclui Silvia.