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Como a recuperação judicial reergueu uma empresa

Ao adotar a ferramenta jurídica, empresa equalizou suas dívidas sem deixar de crescer, sem demitir e sem perder credibilidade

É importante requerer a recuperação judicial enquanto a empresa está ativa e com capacidade de caixa, diz Carlos Deneszczuk

A recuperação judicial é um instituto previsto na Lei n.º 11.101/05 para auxiliar empresas em dificuldades financeiras. Esse recurso permitiu que empresas não entrassem em colapso e mantivessem a atividade. Organizou o caixa e fez com que continuassem saudáveis e em crescimento.

Porém, em 2020, a crise econômica agravada pela pandemia fez com que os pedidos de RJ subissem 35,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da Boa Vista, empresa de inteligência analítica. O que foi a salvação para muitas dessas empresas não fecharem definitivamente suas portas.

Foi o caso da Procoating, líder nacional no segmento de termolaminação que um pouco antes, em 2014, precisou adotar a ferramenta jurídica para saldar suas dívidas.

O histórico começa em 2008, quando a empresa, por meio de empréstimos bancários, investiu 11 milhões de euros (72 milhões de reais, em valores de hoje) na compra de equipamentos de última geração para expandir a produção. Foi uma decisão tomada com base em argumentos financeiros sólidos. “O plano era triplicar o faturamento da empresa”, relembra Cukier. “Chegamos a construir um novo prédio e ampliamos o tamanho da equipe.”

Um inesperado atraso na entrega dos equipamentos, no entanto, complicou os planos da empresa. “A previsão de entrega era o primeiro semestre de 2009, mas o maquinário chegou somente no início de 2012”, conta Cukier. “Além do atraso, os equipamentos performaram abaixo de 50% do contratado.” Com os prazos de pagamento dos empréstimos bancários vencendo, a Procoating chamou os bancos credores para pedir o alongamento da dívida. Mas não teve sucesso.

Foi nesse momento que a empresa decidiu procurar um escritório de advocacia especializado em recuperação judicial. “Nosso objetivo era resolver a situação, manter a saúde da empresa, saldar a dívida e seguir nossas atividades sem precisar demitir funcionários”, conta Cukier. Após uma série de reuniões bastante técnicas, o plano de recuperação foi traçado pela DASA Advogados, escritório com mais de duas décadas de experiência na área de recuperação judicial. Em 2016, menos de dois anos depois, o acordo havia sido aprovado pelos credores. “Tudo foi feito com muita discrição e de maneira eficiente, sem interferir no andamento da empresa. Com o escalonamento da dívida, conseguimos inclusive crescer nesse período”, lembra-se o executivo.

Carlos Deneszczuk, sócio da Dasa Advogados, o escritório por trás do processo de recuperação judicial da Procoating, afirma que um dos fatores que ajudou nesse caso foi a busca por auxílio jurídico antes mesmo que a crise se impusesse sobre a empresa. “É muito importante requerer a recuperação judicial enquanto a empresa está ativa e com capacidade de caixa. Requerer a recuperação judicial em estado pré-falimentar reduz as chances de êxito”, diz Deneszczuk.

Quatro anos depois de aprovado o plano, a Procoating mantém suas operações rentáveis em duas plantas, em São Paulo e em Manaus, com planos de novos investimentos. “Ao contrário do que se fala em relação a empresas em recuperação judicial, a Procoating não teve sua credibilidade afetada junto ao mercado”, afirma Cukier. “Mantivemos nossa base de 200 funcionários, ampliamos nossa rede de clientes e voltamos a ter crédito com as instituições financeiras.” Com mais de 40 anos de experiência na área, Deneszczuk garante que a recuperação judicial não causa prejuízo à imagem da empresa. “Pelo contrário. Mostra que o empresário é prudente e quer deixar seu negócio em dia’’.


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