Até agosto, mercado lucrou R$ 10,3 bi
Vendas e contribuições chegaram a R$ 173 bilhões
As seguradoras acumulam lucro líquido de R$ 10,3 bilhões de janeiro a agosto de 2020, queda em relação aos R$ 11,3 bilhões do mesmo período do ano passado, de acordo com ranking elaborado pela consultoria Siscorp com base em dados estatísticos da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
A redução é justificada por vendas mais fracas durante a pandemia e recuou da taxa de juros. Mas o que se vê é um grande esforço para a retomada das vendas e lucratividade, uma vez que as seguradoras precisam do apoio dos acionistas para manter investimentos em tecnologia, inovação de produtos e formas de distribuição e retenção de talentos para se manterem competitivas num cenário cada dia mais desafiador do país e do setor.
As seguradoras ligadas a banco mantém as três posições na casa do bilhão, com Bradesco na liderança, com R$ 2,9 bilhões, seguida por Banco do Brasil, com R$ 1,6 bilhão, e Caixa Seguros, com R$ 1,55 bilhão. Elas respondem por mais de 50% do lucro de todo o setor.
As receitas dos segmentos supervisionados pela Susep totalizaram R$ 25,61 bilhões em agosto de 2020, segundo estudo divulgado hoje. Apesar da queda nas receitas em relação a julho de 2020, que foram de R$ 26,68 bilhões, destaca-se o melhor desempenho do setor, em todos os segmentos, em relação a agosto de 2019.
No acumulado de todo o setor há uma queda de apenas 1,7%, se comparado com mesmo período do ano anterior, para vendas e contribuições de R$ 173 bilhões. Em julho, a queda era de 3%. Os seguros de pessoas apresentam alta de 1,2% em relação a 2019, havendo um crescimento real do segmento, considerado o IPCA no mesmo período. Seguro de danos recua -0,3%, de acumulação -3,1% e capitalização -4,5%.
A autarquia destaca o crescimento de 3,9% nos prêmios dos seguros de danos, desconsideradas as receitas de seguro auto. Considerando a inflação medida pelo IPCA para o período, representa um aumento real de 3,2%. O seguro garantia estendida e microsseguros seguem em recuperação após queda no início da pandemia. Em relação a julho de 2020, as receitas destes seguros cresceram em agosto, respectivamente, 14,4% e 21,1%.
Nos produtos de acumulação, observa-se uma redução de 3,3% na receita, em comparação a julho de 2020. No entanto, quando comparado com agosto de 2019, o segmento apresentou um aumento de 9,2%. Ainda há umaquedade3,1%nascontribuiçõesnoacumulado até agosto, quando comparado com 2019. Em julho, a queda era de 5,1%.
O PGBL, em 2020, registrou crescimento de 0,9% no acumulado até agosto, em relação ao mesmo período de 2019. O VGBL e Previdência Tradicional, até agosto 2020, observa-se uma diminuição de 3% no VGBL e 13,8% na Previdência Tradicional, em comparação ao mesmo período de 2019. Apesar da queda, os produtos vêm apresentando recuperação – em julho, a diferença era, respectivamente, de 5,3% e 14,9%.
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