Empresas brasileiras de sucata querem formalização de contratos para evitar práticas anticoncorrenciais
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Mauro Arbex
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As empresas que processam e comercializam a sucata de ferro e aço no Brasil, insumo utilizado pelas siderúrgicas na fabricação de aço, receberam com apreensão as notícias de prática anticompetitiva da ArcelorMilttal e outras 13 usinas da Europa nas negociações com seus fornecedores. A ArcelorMittal é uma das grandes compradoras de sucata no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), setor que reúne mais de 5,6 mil empresas, a maioria pequenas e médias.
A Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC) da Espanha, equivalente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Brasil, abriu um processo no final do mês passado por práticas anticoncorrenciais da Arcelor e subsidiárias no país entre os dias 27 e 29 de novembro de 2018. No Brasil, há algum tempo as siderúrgicas, inclusive a Arcelor, fez com que o setor de sucatas ficasse em alerta para este tipo de prática em relação aos preços, já que o mercado brasileiro de aços longos é controlado por poucas usinas e a concentração tem aumentado.
“A falta de contrato na aquisição de sucatas ferrosas no Brasil vem há tempos causando estranheza às empresas do segmento de mercado do comércio atacadista de sucatas metálicas, especialmente por se tratar de companhias multinacionais e de capital aberto, onde a formalização poderia ser um importante instrumento”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa. Segundo ele, um contrato formal de compra de sucatas metálicas daria a necessária segurança jurídica na relação comercial e melhor prognóstico do mercado a todos os integrantes da cadeia produtiva do aço, consumidor final e investidores.
O setor vê com preocupação o fato de as duas maiores produtoras de aço e consumidoras de sucata ferrosa do país (Gerdau e ArcelorMittal) não fazerem uso de contrato na política comercial para aquisição de materiais metálicos, sendo incompreensível essa postura ao considerarmos o excelente avanço tecnológico, administrativo e operacional de toda cadeia produtiva do aço.
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