Três dicas para os profissionais de diversas áreas enfrentarem o desafiador momento econômico

E para qualquer profissional, de diferentes áreas, se reinventar e mudar conceitos nunca foi tão fundamental

A economia mundial entrará em recessão. Isso é fato. Empresários de pequeno, médio e grande porte se preparam para o cenário mais desafiador deste século, do ponto de vista econômico. E para qualquer profissional, de diferentes áreas, se reinventar e mudar conceitos nunca foi tão fundamental.

Devido ao momento, infelizmente, muitos profissionais perderão o emprego, como afirma o estudo publicado na última semana pela Organização Internacional do Trabalho. Segundo a pesquisa, o coronavírus (covid-19) pode deixar, ao todo, 25 milhões de pessoas sem emprego, com uma perda de renda para os trabalhadores de US$ 3,4 trilhões em 2020.

Jorge Fernando Valério, economista, contador e fundador da Valério Perícias e Soluções Contábeis, elenca três dicas importantes para os profissionais modificarem conceitos e pensarem em como agir nesse turbulento período.

- Se tornar Pessoa Jurídica (PJ) não é um bicho de sete cabeças: apesar de parte considerável dos brasileiros trabalharem em regime CLT, é comum em tempos mais desafiadores alguns profissionais se tornarem PJ. Buscar um contador para esclarecer pontos-chave sobre essa modalidade, forma de tributação e avaliar as vantagens da modalidade é o primeiro passo. Embora a remuneração possa ser maior que a contratação CLT, é importante lembrar que despesas como INSS e FGTS precisam ser recolhidas à parte.

- Abrir empresa e se tornar empreendedor: alguns profissionais quando decidem empreender ficam com muitas dúvidas sobre a burocracia envolvida na etapa de abertura da empresa. Porém, com o auxílio de profissionais especializados nesse assunto, a tarefa de abrir (ou mesmo regularizar) a empresa não se torna árdua.

- É possível migrar uma empresa MEI para ME? É comum alguns profissionais, mesmo empregados em regime CLT, serem MEI (Microempreendedor Individual). Porém, algumas pessoas, após passarem a se dedicar exclusivamente ao negócio próprio, se esquecem que essa modalidade do Governo Federal possui limitações e é permitida apenas para alguns tipos de profissões, não inclui atividades intelectuais e profissões regulamentadas, possui limite de faturamento anual e pode ter no máximo um funcionário. É fundamental, caso a empresa infrinja alguma dessas situações, que o responsável busque orientação com um profissional da área contábil para regularizar a situação e avaliar se é necessária essa migração para a modalidade ME (Micro Empresa).