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7 mulheres empresárias dão dicas para você chegar na liderança

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, as mulheres terão que esperar 217 anos para ganhar um salário compatível com a renda dos homens e para conquistarem o mesmo nível de representatividade no mercado de trabalho. Mesmo com esse cenário desfavorável, muitas mulheres estão quebrando paradigmas e somam mais de 7,9 milhões no grupo das empreendedoras brasileiras, segundo o Sebrae, representando 8% da população feminina. Por isso, para inspirar outras mulheres a não desistirem de cargos de gestão, separamos aqui algumas lições de algumas líderes de 7 empresas, que contam como aprenderam a superar as barreiras de um mercado ainda masculino.

Isabela Ventura, CEO da Squid, empresa especializada em marketing de influência.

"Eu nunca fui liderada por mulheres. E acho que só me dei conta disso quando estava em uma reunião rodeada por 13 homens. A gente tenta se encaixar naquele ambiente masculino, e pensa "será que estou fazendo alguma coisa errada?" ou "será que meu jeito de liderar é errado?". Mas, quando eu percebi que meu time estava engajado e que atendia as demandas esperadas, notei que estava no caminho certo, e comecei a ver isso como uma força. Me apropriei dos meus próprios poderes, dessa minha habilidade como mulher. Por isso, minha primeira dica é: não se compare com ninguém e abrace suas fraquezas e suas forças, assim, você também envolve mais o seu time. Outra lição que absorvi é que o ambiente de trabalho deve ser saudável e colaborativo: seja uma empresa na qual as pessoas queiram trabalhar. Também é importante colocar em prática, na cultura da empresa, a igualdade de gênero. Desde que entrei aqui na Squid, em 2018, o percentual de mulheres subiu de 40% para 50%, e também igualamos os salários entre homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos."

Marcia Asano, COO da WAVY, empresa de customer experience do Grupo Movile.

"Toda minha trajetória profissional é na área de tecnologia, e estar cercada pelo universo masculino se tornou muito comum. Isso se deu desde a faculdade, onde a maioria dos meus colegas e professores eram homens. Acredito que essa é a primeira dificuldade que as mulheres enfrentam ao procurar por áreas que tendem a ser regidas por eles. As mulheres não encontram modelos e referências que as fazem se inspirar. Procurando, é muito difícil encontrar em cargos c-level, a representatividade feminina, ainda mais raro em empresas de tecnologia. Naturalmente associam a feminilidade positiva para áreas de gestão, uma vez que somos mais organizadas e disciplinadas. Temos esse tato de lidar melhor com os problemas, de saber ouvir, de ter conversas francas e abertas e devemos usar isso como fortaleza. É necessário entendermos como somos imprescindíveis em todos os processos, e que não precisamos nos intimidar com nada, nem ninguém. Na minha experiência, pude perceber que ser uma líder mulher é algo muito positivo e que eu posso me sair bem exatamente por isso, já que tenho mais espaço para tratar de difíceis assuntos que muitos homens não falariam com outros homens, podemos mostrar nossa força auxiliando, inclusive, em soft skills, algo fundamental nos dias atuais."

Maria Oldham, CEO da iZettle, fintech sueca de meios de pagamento.

Maria Oldham está há um ano e meio na liderança das operações brasileiras da fintech sueca iZettle, líder em meios de pagamento na Europa. Em junho de 2018, Maria foi surpreendida com o convite para assumir a posição máxima na operação do Brasil. Ela conta que durante sua trajetória profissional, muitas vezes se sentiu desafiada, principalmente pelo fato de ser mulher em um ambiente rodeado por homens. Teve um tratamento diferenciado por ser mulher e mais jovem, sendo algumas vezes, a única mulher na sala. De lição, Maria leva o fato de ter aprendido que, muitas vezes, as maiores barreiras para as mulheres são elas mesmas. "Você não precisa ter um exemplo. Também aprendi e levo comigo algo que minha chefe me disse ao me promover: ‘Você será uma profissional ainda melhor após ser mãe.’ Hoje em dia, posso comprovar isso. Com a maternidade, as mulheres têm o lado emocional mais desenvolvido, o que contribui muito para liderar e motivar o time, extraindo o melhor de cada um para perseguir e atingir os objetivos do negócio", conta a executiva.

Lívia Rigueiral, co-fundadora e CEO do Homer, plataforma gratuita e pioneira que conecta corretores imobiliários em todo o Brasil.

"Muito do que eu aprendi em minha trajetória é que a liderança não é dada, é conquistada. Como uma líder feminina, para alcançar patamares maiores, é importante manter a autenticidade, foco no resultado, disciplina, resiliência e espírito de liderança. A liderança conquistada exige pegar a meta para si e trilhar caminhos para alcançá-la, isso faz com que as pessoas te olhem de outra forma e sigam o exemplo. Outra coisa fundamental é ser disciplinado, para chegar onde queremos chegar é preciso traçar metas, planejar e buscar um plano de ação. Uma agenda bem definida não sobrepõe fatores pessoais da vida, então saber virar a chavinha também faz parte de uma vida com sucesso. Infelizmente, as mulheres ainda encontram muitos obstáculos no caminho, por isso, a resiliência é mais um fator essencial. Dias atrás, em um evento de investimento, onde 99% dos convidados eram homens, palestrei e fui surpreendida por pessoas interessadas no Homer. Depois, o comentário que pude ouvir foi: ‘acho que eles gostaram mesmo, não foi só a cor dos seus olhos’. É neste momento que mulheres precisam ser firmes, recuperar o fôlego e continuar. Eu sabia que a palestra tinha sido um sucesso, sei do meu potencial. É preciso superar, porque ainda vivemos em um mundo que nos subestima e, por enquanto, vamos continuar vivendo."

Tahiana D’Egmont, CMO da MaxMilhas, plataforma que vende passagens aéreas com desconto

Trabalha com Internet desde os 15 e é conhecida como especialista em marketing digital, growth hacking e startups. " Eu tinha um desafio recorrente que foi o de ter que trabalhar acima da média, me esforçar mais, para poder mostrar meu valor. Constantemente eu me via precisando mostrar mais a importância da minha presença. O que me ajudou a superar esse desafio foi sempre me preparar muito, buscar evoluir constantemente e entregar valor não só no discurso, mas, principalmente, na ação. Alegria constante para mim é ver meu time se desenvolvendo, outras lideranças sendo formadas e conquistando seu espaço. Com o tempo, passei a entender o valor de ser uma referência quando ainda temos poucas mulheres em posições de projeção profissional de sucesso. Precisamos nos reconhecer mais em posições assim, ter ainda mais mulheres em cargos de liderança, ganhando o mesmo salário e, principalmente, sem a necessidade de se esforçar o dobro para serem reconhecidas. Líderes, mulheres ou homens, precisam entender que seus resultados vêm do resultado do time, e não das suas conquistas pessoais. Isso passa por buscar entender quais as necessidades individuais de cada membro da equipe e como você pode ajudá-los a potencializar o que possuem de bom, suprir os pontos a desenvolver e cobrar resultados."

Miriam Yokoyama, cofundadora e CEO da EasyDeco, plataforma que conecta clientes a arquitetos e designers de interiores.

Durante sua trajetória profissional, Miriam sempre se sentiu muito respeitada por seus colegas de trabalho. Por mais que tenha passado por situações desconfortáveis, como em reuniões com potenciais investidores que a ignoravam na presença de outro homem na sala, a CEO se considera privilegiada no ambiente de trabalho. "Nesses casos em que me senti incomodada com a postura de outros profissionais, procurei sempre manter a educação, ouvir as pessoas, e fazer um esforço extra para expressar argumentos sólidos e conduzir a conversa quando necessário", conta Miriam. "Percebi um padrão no comportamento das mulheres nos escritórios. Em geral, elas participam menos de discussões e debates, se mostrando menos confiantes, mesmo quando tem o mesmo nível ou maior de conhecimento", continua. Para tentar mudar isso, a EasyDeco idealizou o programa Ladies Beer&Coffee, que reúne periodicamente as mulheres da empresa para debater e trazer autoconsciência, incentivando também a construção de um relacionamento de confiança, que permite apoio e troca de experiências.

Patrícia Carvalho, CMO da Revelo, a maior empresa de tecnologia em RH da América Latina:

"Não se sonha com o que não se vê. Se mulheres não ocuparem cargos de liderança, outras mulheres não se verão nesta posição, e, assim, não mudaremos os números. É importante incentivar e entender, que sim, as mulheres estão prontas para ocupar posições de decisões de uma empresa e sendo mães ou não, são capazes de conciliar suas vidas pessoais com as profissionais, fato que ainda chama a atenção de recrutadores ao selecionar mulheres para tais cargos. As mulheres precisam ser notadas como líderes possíveis, e, com esta visibilidade, participarem de processos de recrutamentos e seleções. Um estudo recente feito pela Revelo me trouxe um dado bastante impactante: 30% das mulheres colocam a sua pretensão salarial abaixo da dos homens, mesmo que para as mesmas vagas. O nosso papel é atuar no empoderamento destas mulheres e educá-las, instruindo que, para tal função, de acordo com suas habilidades, é possível receber uma melhor remuneração, equivalente à solicitada por homens. Fazer parte desse movimento de equiparação é muito gratificante para mim, como mulher. Tenho muito orgulho de contribuir neste setor para uma sociedade cada vez mais inclusiva e diversa", afirma Patrícia Carvalho, tem cerca de 10 anos de vivência no setor de marketing e já passou por grandes companhias como CargoX, Uber e Twitter até chegar à maior RH Tech da América Latina.


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